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A CULTURA FAZ DA GESTÃO A ESCOLHA DE SEUS LIDERES

O modo no qual vivemos hoje é influenciado por novas tecnologias digitais, e isto indiscutivelmente está provocando modificações em praticamente todas as áreas humanas sejam nos negócios ou nas relações sociais. As mudanças são ininterruptas e cada vez mais lídimas, e que agora, mais do que nunca, nos leva a inevitável, senão, uma obrigação, de rever conceitos, quebrar paradigmas e buscar compreender não só para onde estamos indo, mas, mais do que isto, par que e quais os caminhos que devemos escolher para chegar lá. As escolhas são inúmeras, bem como o número de possibilidades e de armadilhas que convivemos no dia a dia em um mundo que não para de mudar. É determinante o entendimento que a contemporaneidade traz por si uma necessidade de perceber as mudanças da mesma forma no qual observamos a vida repleta de incertezas.

Além das ameaças que tangíveis, concretas, visíveis, facilmente nomeadas, impostas pelas próprias mudanças sociais, econômicas e tecnológicas, existem outras ameaças que traz por si a banalidade, seja na repetição do comportamento, nas estratégias da autoajuda, políticas individualistas, sociais e introspectivas, das respostas prontas, da moral liquida e das escolhas pertencentes futilmente as megatendências. Desta forma, pode-se afirmar que o desejo de destruição do autoritarismo pela busca da própria liberdade e da necessidade do reconhecimento identitário, tornou-se imperativos pelos regimes despóticos modernos e é realidade também no mundo corporativo.

Claro que tudo isto reflete nas organizações produtivas. A ruptura das mudanças comportamentais humanas, foi desconstruindo a hegemonia dos modelos tradicionais autocráticos e burocráticos, que se estabeleceu ao longo de décadas. Com a proliferação de estruturas colaborativas para desenvolvimento de projeto e soluções ágeis, adhocracias, o mercado foi demostrando outras formas mais eficientes de fazer gestão, com isto, novas maneiras de enxergar a liderança também foram necessárias. A desverticalização que cada vez mais são estimuladas no mundo corporativo vem com a proposta de iniciativa individual de seus colaboradores e coloca como virtude a condição de encontrar em seus trabalhos também a capacidade não mais de participar apenas como empregado, mas agora sim, sentem a necessidade de agregar valor intelectual.

Fato é que cada organização hoje, busca seu próprio reconhecimento, sua identidade pertencente a um conjunto ainda maior de relações e interações e por si possui sua própria cultura organizacional que diz respeito a muito daquilo que mantém a integridade do seu sistema. A identidade de uma empresa representa exatamente a constituição da sua própria cultura. É a representação da forma como se relaciona com o mundo ao seu redor. A identidade de uma empresa configura sua própria imagem. O reconhecimento da identidade corporativa está na capacidade de conhecer profundamente a cultura da própria empresa, com isto seu ambiente e sua forma de fazer a gestão.

Conhecendo o ambiente é possível entender o comportamento de seus colaboradores. Entender o comportamento dá oportunidade para singularizar o nível e a capacidade de cada um, bem como quais são os valores e as crenças que os influenciam dentro do próprio ambiente. Daí então se torna possível discernir ações estratégicas mais precisas e que realmente sejam uteis, customizadas de acordo com uma real necessidade. A cultura é uma alavanca mais esquiva, porque boa parte dela está ancorada em comportamentos, modos de pensar e padrões sociais tácitos e a liderança é reflexo de toda e qualquer condição cultural. Para tanto, pode-se dizer que diante a um mundo de incertezas, empresas constantemente estão buscando encontrar mecanismos que possam criar um ambiente melhor de trabalho, composto por colaboradores efetivamente eficientes. Entretanto, embora os ambientes modernos tentam ser mais atraentes e tecnológicos, muito dos seus mecanismos e ferramentas não são suficientes para manter e atrair talentos. A realidade é que, a falta de consciência da realidade corporativa distorce toda e qualquer pretensão organizacional. 

Um dos grandes equívocos que continuam prevalecendo no mundo corporativo está justamente na incapacidade de enxergar a realidade cultural, portanto, organizacional. Desprovida de ações coerentes com a realidade que se busca, clara, bem definida e estrategicamente estruturada, tudo passa a ser uma ilusão. Acreditando naquilo que não condiz com a realidade. A verdade é que, quando a capacidade de desenvolver e atrair os grandes talentos não são mais suficientes é porque chegou a hora dos executivos deixarem sua posição de poder e, de alguma forma, concentrarem seus esforços no reconhecimento limitante da sua gestão e focar no aprimoramento das atribuições culturais. A cultura de uma empresa é a principal razão para alavancar o sucesso no desenvolvimento de seus colaboradores em uma organização. Independentemente das competências e habilidades técnicas, somente quando se conhece a cultura da empresa é que surge possibilidades de reconhecimento fundamentais para o desenvolvimento comportamental de seus colaboradores. E entender isto é simples, o ambiente é a base fundamental que influência o comportamento de uma pessoa. Não é à toa que, em geral, empresas que não se preocupam com sua cultura, com o tempo vão sendo contaminadas e quanto a cultura de uma empresa é contaminada, ela vai se tornando tóxica, e com isto, mais colaboradores parasitas aparecerão, da mesma maneira que uma bactéria consegue se espalhar em ambientes que propiciam a contaminação. É fácil encontrar esse cenário numa empresa, onde há um gap evidente entre o perfil de seus líderes e seu real desempenho e suas competências. Uma das grandes razões destes ambientes sobreviverem e persistentemente permanecerem é fundamentalmente porque são ambientes que disfarçam a incompetência e os erros daqueles que estão à frente do poder, normalmente onde se patrocina lideranças que atuam diante a sua individualidade de interesses. Não há pensamento, o que existe são chefes e empregados, culpa e culpados, ordens e obrigações. Facilitando a opinião sem aprofundamento, o julgamento sem razão e a distribuição de culpados e incompetentes. Movidos por um sistema imperioso. Em outras palavras, prevalece a autocracia da improficiência daqueles que comandam e o objetivo de existência é basicamente único, dar lucro.

O mundo está em transformação e as mudanças organizacionais tornaram-se necessárias em uma velocidade cada vez maior. Empresas de todos os tipos e em todas as áreas sentem cada vez mais o impacto das mudanças contemporâneas e não resta duvidas que para sobreviver num ambiente volátil, incerto, complexo e ambíguo é preciso desenvolver habilidades que trazem consigo as competências organizacionais diferentes daquelas que um dia funcionaram. Mesmo os grandes conglomerados que se tornaram bem-sucedidas no passado e ficaram presos dentro das suas certezas, hoje já não são enquadradas neste dinamismo de mudanças e por isto, boa parte deles desapareceram e se ainda persistem em continuar com suas culturas ultrapassadas e não desapareceram, correm sério risco para isto. A capacidade de adaptação, velocidade de decisão e flexibilização, são fatores primordiais para sobreviver diante as tantas inovações e a cultura é fundamentalmente parte disto.

Como condição contemporânea, os membros diretivos das organizações modernas devem ter por objetivo o estabelecimento de condições para que cada colaborador estejam categoricamente alinhamento ao conhecimento suficientemente necessários nas deliberações tomadas a partir de decisões importantes que se ordenem com a estratégia organizacional e vice-versa, em uma relação de ganha-ganha. Estratégia descentralizadora, facilitando a flexibilidade diante ao desenvolvimento do conceito de focalização, aonde se pôde realmente concentrar-se em atividades que efetivamente faça a diferença ao atender o público alvo. Muito já mudou e muito mudará. Eis então, a relevante reflexão quanto a importância fundamental de uma cultura organizacional na construção de uma estrutura de gestão e uma liderança diferenciada, capaz de atender as necessidades atuais.

É claro que quando se há uma boa gestão então há bons líderes e a necessidade de desenvolvimento de lideranças nunca foi tão urgente. Fato é, o universo corporativo já entendeu que, o reconhecimento cada vez maior do desempenho da liderança não deve se restringir aos poucos executivos, da mesma forma que não se trata mais só do domínio comportamental ou do conhecimento técnico, mas de um ajuste organizacional para que haja uma participação maior dos colaboradores, fazendo com que as empresas estejam equipadas com habilidades ajuntas, fundamentalmente capazes de saber lidar e desenvolver afetos, relacionamentos concretos e duradouros e principalmente uma comunicação efetivamente eficaz, inter e intrapessoal. As habilidades interpessoais e intrapessoais são essenciais para o desenvolvimento dos modelos mais modernos de organizações. O comportamento humano é uma questão cultural. Diante a tantas mudanças, o mercado corporativo hoje busca encontrar maneiras mais eficientes de desenvolver seus líderes. O fortalecimento e estruturação de uma liderança competente é mais do que tudo, uma ação estratégica. É a estratégia que fornece a clareza e o foco para a ação coletiva e as tomadas de decisão. Ela se baseia em planos e conjuntos de escolhas para mobilizar as pessoas e é responsável pelo alcance atingir metas e também pelas consequências de não as atingir. Incorporando elementos adaptativos que podem monitorar e analisar o ambiente externo e sentir quando as mudanças são necessárias para manter a continuidade. O fortalecimento da liderança tornou-se vital as empresas.

Da mesma forma que para o sucesso é necessário desenvolver liderança essencial e talentos empresariais, só há possibilidade de que isto ocorra quando se concretiza um alinhamento cultural com o propósito desejado, engajado em modelos de gestão eficientes. Em outras palavras, a grande questão aqui é que uma organização é representada pela sua cultura através das ações de seus próprios gestores e são eles que influenciam a liderança e que continuam sendo responsáveis pela concepção do comportamento, da gestão e da forma de fazer negócio. A resultante da conduta de um conjunto de pessoas, é o reflexo exato do ambiente no qual se está inserido e em uma organização o perfil do poder está na concepção da própria cultura organizacional. A cultura, é o meio de ação mais esquivo, porque boa parte dela representa o comportamento, modo de pensar e padrões relacionais.

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