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TRANSFORMANDO DERROTAS EM CONQUISTAS: A JORNADA DE ACEITAR E CRESCER COM OS FRACASSOS
Assim como as árvores lançam suas folhas no outono, preparando-se para renascer na primavera, os fracassos semeiam a renovação da alma. Eles nos concedem a oportunidade de abandonar antigas crenças, florescendo com perspectivas renovadas, enquanto fortalecemos nossa essência como uma raiz que penetra ainda mais profundamente para aquilo que chamamos de vida. (Marcello de Souza)
Se há algo que está ligado à própria razão da existência humana, e que somos diariamente confrontados como um elemento que muitos buscam evitar, rejeitar e até temem: é o fracasso. O sentido do fracasso transcende sua aparente negatividade, revelando-se como uma peça fundamental na trama da vida. Ele é mais do que um obstáculo a ser evitado; é um valor implacável que nos guia em direção à autodescoberta e crescimento.
Sem o fracasso, acredite, não suportaríamos a própria vida! Não saberíamos lidar com a realidade de quem somos, muito menos com as próprias experiências! O fracasso desencadeia um processo de autodescoberta e crescimento que é essencial para nossa jornada na vida. Ele atua como um espelho que reflete o Ser e o Eu. Está nele nossas fraquezas e tudo que precisamos para nos tornarmos pessoas melhores.
Sem o fracasso, não seríamos desafiados a enfrentar nossas limitações e a confrontar nossa própria realidade. Sem o fracasso, com certeza, não estaríamos aqui hoje, onde exatamente estamos, não poderíamos sonhar sobre tudo que podemos ser. Está para o fracasso a lucidez que somos perfectíveis aprendendo lidar com nossas imperfeições.
O fracasso nos ensina a enfrentar as dificuldades de frente, a avaliar nossos objetivos e a continuamente nos adaptar. Nos faz abraçar plenamente com nossa própria vida e compreender quem somos, aceitando tanto nossas conquistas quanto nossas falhas, tudo como partes integrais de uma vida que realmente vale a pena ser vivida.
Pensando hoje sobre o fracasso, me fez lembrar de uma palavra alemã: “Übermensch” (Não se assuste caso nunca ouviu falar dela! Alias, hoje em dia tenho visto muito poucos capazes de querer entendê-la).
Übermensch é um termo alemão que significa “além do homem” ou “além do humano”. Ela está presente em uma das obras mais inquietantes e complexa de ser compreendida, chamada: Assim Falou Zaratustra (Also sprach Zarathustra). O conceito do Übermensch é explorado na proposta de um gênio da filosofia chamado Nietzsche. Friedrich Nietzsche, traz a proposta “além-homem” ou também “super-homem”, como fundamentos principais a proposta de “esquecer” e também a afirmação da lei do “eterno retorno’. Mas, não só. A terceira qualidade que complementa estas duas que está para a importância que atribui ao que existiu e o desejo de ocorrência por toda a eternidade do que foi vivido. Essa terceira qualidade é denominada Amor Fati, ou melhor dizendo, Amor Ao Destino. Em outras palavras, significa que não deve haver arrependimento do homem na vivência de seus valores, portanto, de suas escolhas. Neste sentido, ele destrói toda e qualquer forma de “ideal” ao dizer que Der Übermensch vive na vida, de forma real e na maneira que ela se apresenta, sem muletas metafísicas, com as dores e todas a limitações de todo e qualquer ser um humano.
Transcender limitações e buscar a autorrealização através do fracasso é profundamente enraizado na ideia “além do homem”. O pensamento nietzschiano nos ensina que o fracasso não deve ser temido ou evitado, mas sim encarado como um catalisador para um crescimento significativo e uma evolução interior. Fato é que o fracasso é sim uma oportunidade única de testar nossos limites, questionar nossas crenças e desafiar nosso potencial latente.
Em contra partida, fazemos parte de uma sociedade do vazio, liquida, como dizia Zygmunt Bauman. Pois é! Fracasso tornou-se o inimigo número um de uma sociedade vazia que muitas vezes se impera no conforto da mediocridade e nos faz esquivarmos de situações desafiadoras — tememos o fracasso e suas implicações na imagem tão espetaculosa. No entanto, quero aqui convidar você a olhar além desse medo e abraçar o fracasso como um impulso para a superação. Não entendeu? Então, seja sincero com você mesmo e responda: Sem os fracassos, as dificuldades e adversidades, seriamos levados a buscar novas perspectivas, explorar nossa força interior e nos tornar a melhor versão de nós mesmos?
Übermensch
A noção do Übermensch é a ideia de se tornar um ser humano elevado, que transcende as limitações impostas pela sociedade, convenções e até mesmo pela própria natureza humana. É um chamado para buscar o domínio sobre si mesmo, as paixões e as circunstâncias, transformando o fracasso em um trampolim para a autorrealização. O fracasso, nessa visão, é uma ferramenta para desafiar nossas próprias noções de quem somos e do que somos capazes de alcançar. Fato é que o fracasso não é uma derrota definitiva, mas sim uma oportunidade de colocarmos no nosso real lugar, conscientizando-nos que é preciso existir se queremos ir mais distante em nossas conquistas. Ele nos convida a abraçar o processo de enfrentar a vida que nos pertence, da qual somos os únicos responsáveis. Usar esta lucidez como um degrau para nos elevarmos além de nossas próprias limitações autoimpostas. Alcançar um nível de autotranscedência que nos leva a uma realização mais profunda de Ser de significado e de significância.
Fracasso – Um paradoxo existencial
Fracasso não é uma experiência unidimensional, mas sim um ponto de interseção entre desafios e oportunidades, dor e crescimento, desconforto e transformação, resultando em uma complexidade inerente à experiência humana.
Entretanto, a cada tropeço, cada resultado aquém do esperado, nos lança em um ciclo interminável de autoquestionamento. Somos compelidos a examinar nossas fraquezas, nossas escolhas duvidosas e nossos objetivos agora desmoronados. Nesse contexto, o fracasso não apenas adiciona um novo capítulo à narrativa da nossa vida, mas também reforça a incômoda sensação de inadequação que temos tentado ignorar.
O fracasso, de fato, oferece um tipo peculiar de consolo, embora tardio. Ele nos fornece a justificativa de que, afinal, não estávamos destinados ao sucesso. É como se nossos erros fossem uma representação vívida e dolorosa de nossa própria incapacidade intrínseca. E assim, o fracasso se torna uma plataforma sólida para a marcha constante em direção à desistência. Um caminho que nos afasta não apenas do agora, mas da própria essência de quem somos.
De forma inegável, o fracasso atua como um mestre dissimulado, mas suas lições não são enriquecedoras; ao contrário, são instruções meticulosas para a nossa própria diminuição. Ele nos aponta para nossas fraquezas com uma precisão cruel, destacando nossos medos, inseguranças e tendências autossabotadoras. E, em vez de nos desafiar a ir além, o fracasso parece empurrar-nos na direção do mínimo esforço necessário. O resultado? Uma vida de mediocridade, onde nos escondemos confortavelmente nas sombras das bolhas e da conformidade.
Cada revés, longe de ser uma oportunidade de crescimento, pode ser visto como um presságio do retrocesso. O fracasso não apenas nos molda para o conformismo, mas também nos prepara para a regressão. Ele nos conduz ao beco sem saída da idiotização, nos empurra para bolhas isoladas onde nossos sonhos definham, e finalmente nos impede de transformar nossas aspirações em realidade tangível.
No coração do fracasso reside o medo, um medo compreensível que nos paralisa e nos impele a evitar o risco a todo custo. E dentro desse medo estão não apenas os começos, mas também os finais.
O fracasso não é apenas um capítulo a ser superado, mas muitas vezes se transforma em uma narrativa inteira, definindo-nos de maneiras que jamais poderíamos ter imaginado. Para muitos, a resposta ao fracasso não importa mais; é como se a inevitabilidade do fracasso tornasse todas as outras escolhas irrelevantes.
Uma distorção comportamental tão atual
Não faltam exemplos nesta trajetória como Desenvolvedor Cognitivo Comportamental de pessoas que se tornaram reféns e habilidosos em transformar o fracasso em um monstro que devora a esperança e a aspiração. Levando-os por um caminho sombrio, onde a desistência parece ser a única opção razoável, onde a mediocridade é o destino final.
Tenho dedicado parte do meu tempo para entender o porquê tenho atendido cada vez mais pessoas que não só estão tendo dificuldades em lidar com o fracasso, mas como se sentem cada vez mais fracassados. Que chegam a um ponto de ver o fracasso como um monstro devorador de esperança e aspiração.
Não há uma resposta concreta, mas com certeza está intrínseco uma combinação complexa de fatores emocionais, cognitivos e sociais. Este ciclo de autoquestionamento que surge a cada tropeço e resultado abaixo do esperado tem gerado uma intensa pressão interna. Isto porque a necessidade de examinar nossas fraquezas, escolhas questionáveis e objetivos desmoronados muitas vezes leva a um aumento da autocrítica e da insegurança.
Neste sentido, remeto-me ao que talvez Zygmunt Bauman teria a nos dizer. Ele que categoricamente soube explorar amplamente a natureza líquida e volátil da sociedade contemporânea, deixa claro o impacto das pressões sociais, as expectativas mutáveis e a busca por validação externa (sem se importar com os meios) têm um impacto significativo nas vidas das pessoas.
Não há como negar! Todos nós, indiscutivelmente vivemos em um momento da história marcada pela incerteza e pela fluidez imoral, onde as normas sociais e as definições de sucesso são fugazes e inatingíveis. Nesse contexto, as pessoas estão constantemente buscando validação e aprovação externa para se sentirem valorizadas e aceitas. É o pleno esvaziamento do Ser e a hipervalorização do Ter (aliás tema do meu próximo livro – A Sociedade Da Dieta), o ciclo de autoquestionamento e autocrítica após o fracasso tem se tornado cada vez mais à luz dessa busca por validação.
A ênfase contemporânea no sucesso, na tal “pseudoperfeição” e nas representações idealizadas de vida muitas vezes resulta em uma pressão avassaladora sobre os indivíduos. Essa pressão é amplificada pela comparação social, à medida que as pessoas se comparam constantemente com os padrões de sucesso e felicidade projetados pela sociedade e pelas mídias sociais. O fracasso, nesse contexto, não é apenas uma experiência pessoal, mas também uma confrontação com a percepção de não estar à altura desses padrões em constante mudança. Vale então lembrar quando Bauman explora o conceito de “sociedade do consumo”, onde as relações e identidades são frequentemente construídas em torno do que é temporário e superficial. Nesse cenário, o fracasso toma força como uma ameaça à imagem construída e à validação externa que as pessoas procuram.
Bauman está certo ao alertar que a intensa pressão interna que sofremos, que aliás, após o fracasso é uma manifestação da natureza líquida da sociedade contemporânea, onde a busca por validação, a comparação social e a ênfase no sucesso contribuem para a sensação de inadequação experimentada por muitos indivíduos.
Na verdade, a sensação de inadequação que o fracasso traz é amplificada pela comparação social e pela busca por toda esta vitrine de espetáculo. Vivemos em uma sociedade que frequentemente enfatiza a imagem, o sucesso e a perfeição, criando expectativas irrealistas sobre o que é considerado aceitável ou digno de reconhecimento, mas não só, também distorcia princípios como ética e moral. Quando confrontados com o fracasso, muitos sentem que não são mais parte de um contexto social e, assim, experimentam uma profunda sensação de vazio e desvalorização.
Além disso, a natureza humana muitas vezes nos leva a buscar explicações para o que acontece em nossas vidas. O fracasso oferece uma explicação aparentemente clara e tangível para nossas dificuldades, dando-nos uma razão tangível para não termos alcançado o sucesso desejado. Essa justificativa pode ser tentadora, pois alivia temporariamente o desconforto de não atender às expectativas, mesmo que à custa de nossa autoestima.
O medo do fracasso também desempenha um papel significativo nesse processo. O medo do julgamento, a perspectiva de enfrentar desafios futuros e a possibilidade de repetir os erros passados podem se tornar avassaladores. Esse medo paralisa, impedindo-nos de assumir riscos necessários para o crescimento e a realização. O medo do fracasso se entrelaça com a autocrítica, reforçando a ideia de que somos inadequados e, portanto, incapazes de enfrentar futuras situações desafiadoras.
A narrativa imperativa econômica e social e a mentalidade negativa também podem contribuir para a forma como as pessoas percebem e lidam com o fracasso. Muitos indivíduos crescem em ambientes que estigmatizam o fracasso e o associam ao fracasso pessoal e à desvalorização. Essas percepções negativas podem criar um ciclo de autossabotagem, onde o medo de fracassar se transforma em uma profecia autorrealizável.
A transformação do fracasso em um monstro devorador de esperança também pode ser agravada por experiências passadas de falha, especialmente quando essas falhas foram internalizadas como traços permanentes de caráter. Isso pode minar a confiança e a autoeficácia, dificultando ainda mais a capacidade de lidar com o fracasso de maneira saudável.
No ponto em que as pessoas veem o fracasso como um monstro que devora a esperança e a aspiração é uma interseção complexa de fatores psicológicos, sociais e emocionais. A pressão social, o medo do julgamento e a autocrítica podem criar uma mentalidade que amplifica os efeitos negativos do fracasso, levando à desistência e à adoção de uma mentalidade de mediocridade. Superar essa perspectiva requer um processo de autocompreensão, aceitação das imperfeições e trabalho em direção a uma mentalidade mais saudável em relação ao fracasso. Por isso, reforço a ideia de que o fracasso é sim um Paradoxo Existencial. Há e sempre haverá contradições ou uma dualidade inerente à experiência humana e o fracasso. Por exemplo:
- Lições e Crescimento: O fracasso, embora muitas vezes seja visto como algo negativo, pode ser uma fonte de aprendizado e crescimento. Ele pode ser paradoxal no sentido de que algo que parece ruim à primeira vista pode, na verdade, conter lições valiosas que nos ajudam a nos tornarmos melhores e a evoluirmos.
- Desafio e Oportunidade: O fracasso apresenta um desafio, mas também oferece uma oportunidade. Essa dualidade é um paradoxo, pois algo que aparentemente nos coloca para baixo pode ser um impulso para nos elevarmos a novos níveis de superação e realização.
- Dor e Transformação: O fracasso muitas vezes traz dor e desconforto emocional, mas também pode ser um catalisador para uma transformação interior profunda. O paradoxo aqui é que a dor do fracasso pode levar a um crescimento interno que é difícil de alcançar em tempos de sucesso contínuo.
- Redefinição de Valores: O fracasso pode forçar uma reavaliação dos nossos valores e prioridades. Esse processo pode ser paradoxal, já que algo que inicialmente nos desanima pode, na verdade, nos levar a uma compreensão mais clara do que é realmente importante para nós.
- Aceitação e Autenticidade: O fracasso pode nos levar a uma maior aceitação de nós mesmos e a uma busca por autenticidade. O paradoxo reside no fato de que, ao enfrentar nossas falhas e imperfeições, podemos nos tornar mais verdadeiros e completos em nossa jornada.
Espero que agora perceba que mesmo dentro desse cenário desolador, ainda há uma centelha de oportunidade. Pois mesmo nas profundezas do fracasso, podemos escolher resistir, encontrar força nas sombras e, contra todas as probabilidades, buscar um vislumbre de luz em meio à escuridão.
Podemos escolher permitir que o fracasso nos defina e nos paralise, ou podemos escolher usá-lo como um trampolim para o sucesso. Aprender a aceitar o fracasso como parte intrínseca da jornada é o primeiro passo para transformar adversidades em oportunidades e transformar desafios em triunfos.
Como lidar com o fracasso – Na prática:
Como coach que sou, não posso terminar esta reflexão sem deixar alguns exercícios que você pode fazer com você mesmo caso e que, com certeza vai ajudar a lidar com os fracassos tão pertinentes em nossa vida. São exercícios simples, que claro, são sugestões práticas para trabalhar suas próprias questões, mas que não substitui o acompanhamento junto a um bom profissional comportamental. A ideia é auxiliar a mudar a perspectiva em relação ao fracasso e a desenvolver habilidades emocionais, cognitivas e sociais para lidar de forma mais saudável e construtiva com os desafios que surgem em suas vidas. Lembre-se, você pode adaptá-los para sua realidade:
Exercício de Reflexão e Aceitação:
- Reserve um tempo tranquilo e sem distrações para refletir sobre momentos passados de fracasso em sua vida.
- Escreva em um diário ou em uma folha de papel sobre como se sentiu durante esses momentos, quais foram as lições que puderam ser aprendidas e como o fracasso impactou seu crescimento pessoal.
- Tente identificar as crenças negativas associadas ao fracasso e como essas crenças podem ser desafiadas ou modificadas.
Exercício de Autoempatia:
- Imagine-se como um amigo próximo que enfrentou um fracasso semelhante ao que você passou.
- Escreva uma carta ou uma mensagem de apoio para esse amigo, oferecendo palavras de compreensão, encorajamento e empatia.
- Leia a mensagem como se estivesse falando consigo mesmo, internalizando a gentileza e a compaixão.
Exercício de Reavaliação de Valores:
- Liste os valores mais importantes em sua vida, como honestidade, resiliência, família, criatividade, etc.
- Reflita sobre como o fracasso pode ter influenciado sua compreensão e vivência desses valores.
- Escreva sobre como suas prioridades podem ter mudado ou se tornado mais claras devido às experiências de fracasso.
Exercício de Autenticidade:
- Escolha um profissional comportamental, ou mesmo dois amigos próximos, familiares ou grupos de apoio confiáveis.
- Compartilhe sua história de fracasso com eles de maneira honesta e aberta, incluindo seus sentimentos, desafios e o que você aprendeu.
- Observe a resposta e o apoio que recebe, percebendo que todos enfrentam desafios e você não está sozinho.
Exercício de Gratidão pelo Fracasso:
- Pense em um fracasso específico que você enfrentou no passado.
- Identifique pelo menos uma coisa positiva que você aprendeu com essa experiência, como uma habilidade adquirida, uma lição valiosa ou um novo entendimento sobre si mesmo.
- Escreva uma nota de empoderamento pelo que o fracasso trouxe para sua vida.
Exercício de Visualização Criativa:
- Encontre um lugar tranquilo onde você possa sentar ou deitar confortavelmente.
- Feche os olhos e imagine-se enfrentando um desafio que você teme.
- Visualize-se experimentando o fracasso, sentindo as emoções associadas a ele.
- Agora, imagine-se recuperando e prosperando após o fracasso, superando obstáculos e alcançando seus objetivos.
Exercício de Desconstrução do Medo:
- Identifique um medo específico relacionado ao fracasso que você enfrenta.
- Divida esse medo em partes menores e mais concretas, tornando-o mais gerenciável.
- Descreva cenários realistas nos quais você enfrentaria esses medos e considere estratégias para lidar com cada parte do medo.
Por fim,
Na filosofia existencialista há uma sublime frase de Sartre que diz: “A Existência Precede A Essência”. Sartre deixa claro que em nossa jornada pessoal somos desafiados a criar significado a partir das experiências que vivemos, claro, incluindo os fracassos. Assim como não somos limitados por uma essência predefinida, também não somos definidos pelos nossos fracassos. Essa compreensão nos permite libertar-nos das expectativas rígidas de sucesso e perfeição, abrindo espaço para explorar a maneira como enfrentamos os desafios.
Assumir a responsabilidade pelo modo como encaramos os fracassos é uma extensão natural desse princípio. Em vez de nos tornarmos reféns do fracasso, podemos escolher conscientemente como reagir e como usar essas experiências para moldar nosso crescimento. Aceitar a responsabilidade por nossas reações e escolhas pós-fracasso nos empodera a direcionar nossa jornada de maneira mais construtiva.
À medida que aceitamos o fracasso, também encontramos uma encruzilhada que nos desafia a fazer uma nova escolha — estagnadas da autocomiseração, ou o caminho da transformação, onde nos erguemos revigorados pela resiliência interior.
Olhar para o passado é reconhecer as sombras que dançaram ao longo de nossa jornada. Cada momento de derrota e decepção é uma tela em branco onde as tintas da autodescoberta e crescimento podem ser habilmente aplicadas. Cada revés, cada escolha equivocada, todos os obstáculos que nos fizeram questionar nosso caminho, são de fato as pedras fundamentais sobre as quais construímos nossa fortaleza interior. Assim como a filosofia existencialista nos encoraja a criar nosso próprio significado, os fracassos podem nos impulsionar a encontrar valor e aprendizado nas situações desafiadoras. Não somos derrotados por nossos fracassos, mas sim desafiados a redefinir nossos objetivos e a aprender com nossas dificuldades.
O fracasso não nos define, mas nos molda para uma versão mais autêntica e consciente de nós mesmos. (Marcello de Souza)
Não é apenas a capacidade de superar o fracasso que nos define, mas também como integramos cada lição dolorosa em nossa alma. Cada cicatriz é uma representação viva de histórias que testemunha nosso percurso de luta, e é precisamente essa autenticidade que se torna nossa conexão com nossos valores. Em vez de permitir que o medo nos impeça de agir, podemos enfrentar os fracassos como oportunidades para superar desafios e nos autodescobrir. Assim como a filosofia existencialista nos encoraja a confrontar o desconhecido, enfrentar o fracasso se torna uma maneira de abraçar o inesperado e crescer com ele.
Desvendar o verdadeiro significado do fracasso é como descobrir um tesouro escondido nas profundezas do desconhecido. É compreender que o fracasso não é uma derrota final, mas uma oportunidade de redefinir nossas narrativas, de moldar nosso destino com as próprias mãos. É enfrentar o espelho com coragem e enxergar não apenas nossos defeitos, mas também nosso potencial inexplorado.
À medida que abraçamos o fracasso como nosso professor mais severo e, ao mesmo tempo, mais compassivo, encontramos um convite constante para explorar as fronteiras de nossa própria alma. É ao cair que aprendemos a nos erguer, e é na escuridão do fracasso que encontramos a centelha de luz que nos guiará adiante.
Assim como a filosofia existencialista destaca o papel da liberdade e da escolha na construção de nossa identidade, os fracassos podem ser vistos como momentos para escolher uma perspectiva de crescimento. Enquanto a tentação de se resignar à mediocridade pode ser forte, aplicar essa filosofia nos incentiva a usar os fracassos como trampolins para o desenvolvimento pessoal e a superação de obstáculos.
Certa vez ouvi de uma pessoa muito especial que ao perceber que sempre estamos na encruzilhada entre a luz e a escuridão, entre o sucesso e o fracasso, tornamos verdadeiro autor da nossa própria história. Assim, deixe que a jornada pelo fracasso seja uma ode à sua resiliência, uma homenagem à busca inabalável pelo significado e uma lembrança de que, em cada tropeço, reside a oportunidade de transcender a si mesmo e abraçar a imensidão do que é capaz de alcançar.
—
Assim como o sol emerge após a noite escura, o fracasso brilha como um farol em nossa jornada. Ele nos incita a transcender limites, nutrir a resiliência e cultivar a humildade. O fracasso desperta nossa sensibilidade, lembrando que somos imperfeitos, mas perfectíveis. Abraçá-lo como guia revela seu poder de catalisar uma vida de valores, profunda e significativa. (Marcello de Souza)
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OBRIGADO POR LER E ASSISTIR MARCELLO DE SOUZA EM MAIS UMA PUBLICAÇÃO EXCLUSIVA SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO
Olá, Sou Marcello de Souza! Comecei minha carreira em 1997 como líder e gestor de uma grande empresa no mercado de TI e Telecom. Desde então atuou frente a grandes projetos de estruturação, implantação e otimização das redes de telecomunicações no Brasil. Inquieto e apaixonado pela psicologia comportamental e social. Em 2008 resolvi me aprofundar no universo da mente humana.
Desde então, tornei-me profissional apaixonado por desvendar os segredos do comportamento humano e catalisar mudanças positivas em indivíduos e organizações. Doutor em Psicologia Social, com mais de 25 anos de experiência em Desenvolvimento Cognitivo Comportamental & Humano Organizacional. Com uma ampla carreira, destaco minha atuação como:
• Master Coach Sênior & Trainer: Oriento meus clientes em busca de metas e desenvolvimento pessoal e profissional, proporcionando resultados extraordinários.
• Chief Happiness Officer (CHO): Promovo uma cultura organizacional de felicidade e bem-estar, impulsionando a produtividade e o engajamento dos colaboradores.
• Expert em Linguagem & Desenvolvimento Comportamental: Potencializo habilidades de comunicação e autoconhecimento, capacitando indivíduos a enfrentar desafios com resiliência.
• Terapeuta Cognitivo Comportamental: Utilizo terapia cognitivo comportamental de ponta para auxiliar na superação de obstáculos e no alcance de uma mente equilibrada.
• Palestrante, Professor, Escritor e Pesquisador: Compartilho conhecimento e insights valiosos em eventos, treinamentos e publicações para inspirar mudanças positivas.
• Consultor & Mentor: Minha experiência em liderança e gestão de projetos permite identificar oportunidades de crescimento e propor estratégias personalizadas.
Minha sólida formação acadêmica inclui quatro pós-graduações e doutorado em Psicologia Social, bem como certificações internacionais em Gerenciamento, Liderança e Desenvolvimento Cognitivo Comportamental. Minhas contribuições na área são amplamente reconhecidas em centenas de aulas, treinamentos, palestras e artigos publicados.
Coautor do livro “O Segredo do Coaching” e autor do “O Mapa Não É o Território, o Território É Você” e “A Sociedade da Dieta” (1º de uma trilogia sobre o comportamento humano na contemporaneidade – 09/2023).
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