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ENFRENTANDO A CRISE NA CARREIRA: REFLEXÕES E ESTRATÉGIAS PARA LIDAR COM A MEIA-IDADE PROFISSIONAL

Tem se tornado cada vez maior, pessoas procurarem ajuda para o enfrentando da crise na carreira. Há cerca de um mês, comecei a atender um novo cliente que está neste momento da sua vida. Professor Doutor efetivo no curso de engenharia em uma universidade respeitada, que sempre acreditou realmente ter uma carreira dos sonhos. Sobrevivera ao doutorado, às dificuldades de lidar com a evolução profissional tecnológica e ao estresse de buscar efetivação e promoção. Tem uma ótima família e uma boa qualidade de vida. No entanto, apesar de fazer o que ama e sentir-se seguro, começou a desenvolver um sentimento sufocante diante da perspectiva de continuar fazendo mais do mesmo, semana após semana, ano após ano. Foi quando se deu conta que estava entrando em um processo inexplicável depressivo – eis o enfrentando uma crise na carreira.

Quando me procurou, rapidamente percebeu que não estava sozinho nessa situação. Ao compartilhar suas dificuldades, fiz questão de contar além da minha própria história, outras inúmeras semelhantes de exaustão e arrependimento em meio ao que parecia ser um sucesso profissional de pessoas que já havia atendido.  

Talvez você também já tenha ouvido relatos semelhantes de colegas, ou quem sabe você mesmo esteja passando por isso atualmente. Pesquisas recentes confirmam que a meia-idade é, em geral, o período mais difícil da vida. Estudos demonstram que a satisfação pessoal segue uma curva em forma de U, atingindo seu ponto mais baixo por volta dos 40 anos, antes de se recuperar à medida que envelhecemos.

Sim! Acredite, a insatisfação profissional durante a meia-idade é um fenômeno comum, mas suas razões não são completamente compreendidas. A redução de opções, o sentimento de inevitabilidade do arrependimento e a tirania dos projetos sucessivamente concluídos e substituídos são alguns dos fatores que contribuem para essa crise na carreira.

Confesso que desde que atendi meu primeiro cliente recorri à filosofia em busca de insights para descobrir como lidar melhor com este assunto. Embora a meia-idade raramente seja abordada assim, na filosofia aprendi que tanto filósofos antigos como modernos oferecem ferramentas para refletir sobre nossa carreira e as atitudes que adotamos em relação a ela e que ajuda a discernir se nosso desconforto na meia-idade é um sinal de que precisamos mudar o que fazemos ou a maneira como fazemos, ou se é possível prosperar mesmo permanecendo onde estamos.

Um dos aspectos que hoje eu compartilho com meus clientes que aprendi categoricamente com a filosofia é a sua abordagem quanto ao arrependimento em relação ao passado. Não por menos, antes de publicar este artigo fiz questão de publicar um anterior intitulado como “A Crise Da Meia Idade E O Fastio Profissional”, no sentido de compartilhar com vocês a proposta de que é preciso compreender que à medida que envelhecemos, percebemos que algumas possibilidades desaparecem, opções são limitadas e as decisões que tomamos no passado moldam nossos limites presentes. Essa consciência de que há uma vida que jamais viveremos e a dor de tê-la perdido são frequentemente sentidas durante a meia-idade. Neste mesmo sentido vejo nos olhos dos meus clientes hoje que uma das suas maiores dificuldades está na capacidade de aceitar o que não podemos mudar. Ao olharmos retrospectivamente para nossa vida, é comum imaginar os caminhos que não trilhamos e sentir uma perda, mesmo quando as coisas estão indo relativamente bem.

“Não exija que as coisas aconteçam como você quer, mas quer que elas aconteçam como elas acontecem, e você prosperará”. Epicteto

Em contrapartida, como desenvolvedor cognitivo comportamental sempre convido meus clientes a questionar-se quanto suas crenças e valores subjacentes. Se algo que aprendi em todos estes anos e que pode ser que a crise na carreira seja um chamado para reavaliar nossa paixão e motivação no trabalho. Faço isto instigando-os a responder questões que nunca fazemos para nós mesmos, como: Você está realmente alinhado com seus valores? Está buscando significado em sua carreira ou simplesmente seguindo o fluxo? Isto porque, perdemos o hábito de questionar nossas intenções e propósitos e isso pode nos ajudar a identificar se é hora de buscar novos horizontes profissionais ou se devemos redescobrir a importância e a beleza do que já fazemos.

Além disso, é preciso reforçar que todo o processo cognitivo comportamental ajuda a nos lembra da importância de viver no presente. A meia-idade é um momento em que podemos ficar presos nas armadilhas do passado ou nos preocuparmos excessivamente com o futuro. No entanto, concentrar-se no aqui e agora, no trabalho diário e nas pequenas alegrias que encontramos pode nos ajudar a encontrar significado e satisfação, independentemente do estágio da carreira em que estamos, quase sempre é negligenciado nesta fase da vida.

Enfrentar uma crise na carreira pode ser um desafio significativo, mas há profissionais que oferece uma abordagem reflexiva para nos ajudar a lidar com essa situação. Seja questionando nossos valores, aceitando o que não pode ser mudado ou encontrando significado no presente, essas reflexões podem nos guiar na busca de respostas e soluções.

Agora, o mais importante de um bom processo é entender que quanto mais explorar o autoconhecimento em relação à própria crise na carreira, vai descobrir que não há respostas definitivas. No entanto, o processo de reflexão e a busca por significado são, por si só, valiosos e podem ajudar a enfrentar essa fase desafiadora da vida.

Com isso até aqui escrito, espero que essas reflexões possam ser úteis para o enfrentando de uma crise na carreira e a partir daqui vou procurar orienta-los para encontrar o melhor caminho para lidar com ela.

A Crise Na Meia-Idade: Uma Realidade Comprovada

Viver uma vida aparentemente bem-sucedida em uma carreira dos sonhos pode parecer o ideal para muitos. No entanto, é comum que, em algum momento da vida profissional, especialmente durante a meia-idade, surja uma sensação de sufocamento e insatisfação. Essa crise profissional na meia-idade é um fenômeno enfrentado por muitos indivíduos, independente da área de atuação. Este artigo explora a natureza dessa crise, suas possíveis causas e como a filosofia pode oferecer insights e estratégias para lidar com ela.

Pesquisas recentes têm confirmado que a meia-idade é um período desafiador na vida de muitas pessoas. Estudos mostram que a satisfação pessoal segue uma curva em U, atingindo o ápice na juventude, declinando durante os 40 anos e gradualmente se recuperando à medida que envelhecemos. Essa curva é observada em diferentes culturas e afeta homens e mulheres, mesmo considerando variáveis como a parentalidade. A lacuna de satisfação experimentada entre os 20 e os 45 anos é comparável ao impacto de eventos como demissão ou divórcio.

Além disso, como já dito anteriormente, a insatisfação profissional quando na meia-idade, também segue uma curva em U. Estudos mostram que, em média, a satisfação profissional atinge seu ponto mais baixo por volta dos 39 anos. O psicanalista Elliot Jaques, que cunhou o termo “crise de meia-idade”, referia-se não apenas a casos extraconjugais, mas também às mudanças dramáticas na vida criativa de artistas renomados que não se sentiam realizados por suas obras anteriores.

As Razões Por Trás Da Crise Profissional Na Meia-Idade

Embora as razões para a crise profissional na meia-idade possam variar de pessoa para pessoa, algumas causas comuns podem ser identificadas:

  1. Redução de opções: Durante a juventude, muitas opções de carreira estão disponíveis, mas com o tempo, as escolhas podem se tornar limitadas, levando a uma sensação de estagnação e falta de novos desafios.
  2. Inevitabilidade do arrependimento: À medida que envelhecemos, é natural refletir sobre as escolhas de carreira feitas no passado e questionar se tomamos o caminho certo. O arrependimento pode surgir, especialmente quando as expectativas não correspondem à realidade atual.
  3. Tirania dos projetos que se repetem incessantemente: Em muitas profissões, especialmente aquelas que envolvem projetos ou tarefas semelhantes ao longo do tempo, pode surgir um sentimento de monotonia e falta de propósito, o que contribui para a crise profissional.

As principais características comuns dessa crise normalmente são:

  • Insatisfação e desânimo: Muitas pessoas na meia-idade começam a sentir uma crescente insatisfação com sua carreira. Sentem-se estagnadas, entediadas ou desmotivadas com o trabalho que estão realizando. O que antes parecia significativo e gratificante pode perder seu apelo.
  • Questionamento e reflexão: Durante a meia-idade, é comum questionar as escolhas de carreira feitas no passado. As pessoas podem se perguntar se estão no caminho certo, se alcançaram seus objetivos, se estão realizando seu potencial máximo ou se há algo mais significativo que poderiam estar fazendo.
  • Desejo de mudança: Muitas pessoas na meia-idade sentem um desejo profundo de mudar de carreira. Elas podem procurar por novas oportunidades, explorar interesses não realizados anteriormente ou buscar um novo sentido em seu trabalho. A sensação de urgência para encontrar algo mais gratificante pode ser intensa nessa fase.
  • Conflito interno: Durante a crise profissional da meia-idade, é comum experimentar um conflito interno. As pessoas podem se sentir divididas entre a segurança e estabilidade de sua carreira atual e o desejo de seguir uma paixão ou buscar um novo desafio. Tomar decisões pode ser difícil, pois envolve avaliar os prós e contras de diferentes opções.
  • Preocupação com o envelhecimento e o futuro: A meia-idade é um momento em que muitas pessoas começam a refletir sobre o envelhecimento e o futuro profissional. Preocupações sobre a segurança financeira, a aposentadoria e a capacidade de se reinventar profissionalmente podem surgir.
  • Busca por significado e propósito: Durante essa crise, muitas pessoas anseiam por encontrar um trabalho que tenha um significado mais profundo. Elas podem desejar contribuir para algo maior, ter um impacto positivo na sociedade ou encontrar um propósito mais alinhado com seus valores pessoais.
  • Autoavaliação e reavaliação: A meia-idade é um momento em que as pessoas tendem a fazer uma autoavaliação de suas habilidades, talentos e conquistas. Elas podem refletir sobre o que alcançaram até agora em suas carreiras e se sentirem pressionadas a atingir determinados objetivos antes que seja tarde demais.

Como Lidar Com A Crise Profissional

Procure um especialista para enfrentar uma crise na carreira, afinal ela pode ser desafiadora, mas existem algumas abordagens que podem ajudar a refletir e lidar com essa situação. Aqui estão algumas dicas que podem ser úteis:

  1. Autoavaliação: Tire um tempo para refletir sobre seus sentimentos e avaliar sua carreira atual. Pergunte a si mesmo o que está causando essa crise e quais são suas principais preocupações e insatisfações. Identificar os problemas é o primeiro passo para encontrar soluções.
  2. Busque suporte: Converse com amigos, familiares ou colegas de confiança sobre seus sentimentos e preocupações. Compartilhar suas experiências pode ajudar a obter perspectivas diferentes e conselhos úteis. Além disso, considere procurar orientação profissional, como um coach de carreira, para ajudá-lo nesse processo.
  3. Explore novas opções: Se você sente que está preso em uma rotina ou que não está satisfeito com o seu trabalho atual, pense em possibilidades de mudança. Identifique suas paixões, habilidades e interesses e veja como eles podem se traduzir em outras áreas ou carreiras. Pesquise e descubra novas oportunidades que possam ser mais alinhadas aos seus objetivos e desejos.
  4. Desenvolva novas habilidades: Investir em seu desenvolvimento profissional pode abrir portas para novas oportunidades e ajudar a superar a crise na carreira. Considere participar de cursos, palestras, workshops ou programas de treinamento para adquirir novas habilidades e conhecimentos relevantes para sua área de interesse.
  5. Estabeleça metas realistas: Defina metas claras e alcançáveis para si mesmo. Isso pode ajudá-lo a se concentrar em direções específicas e acompanhar seu progresso ao longo do tempo. Divida suas metas em etapas menores e crie um plano de ação para alcançá-las.
  6. Encontre equilíbrio: Uma crise na carreira muitas vezes está ligada a uma sensação de esgotamento ou falta de satisfação pessoal. Portanto, é importante encontrar um equilíbrio saudável entre o trabalho e a vida pessoal. Reserve tempo para atividades que lhe tragam alegria e relaxamento, cuide da sua saúde física e mental e mantenha relacionamentos positivos.
  7. Considere terapias e o coaching: Para mim o mais importante. Às vezes, a crise na carreira está relacionada a questões mais profundas, como valores pessoais, propósito de vida ou arrependimentos passados. Nesses casos, terapias, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) ou a terapia de aceitação e compromisso (ACT) ou coaching, podem ser úteis para explorar essas questões e encontrar maneiras de seguir em frente.

Lembre-se de que cada situação é única, e o caminho para superar uma crise na carreira pode variar de pessoa para pessoa. Se necessário, não hesite em buscar apoio profissional especializado para ajudá-lo nesse processo de enfrentamento e tomada de decisões.

Quando A Ajuda É Necessário (Sempre É!)

Enfrentar uma crise de carreira pode ser assustador e desafiador, mas também pode ser uma oportunidade para o crescimento e o desenvolvimento pessoal. Ter um profissional comportamental para auxiliar nesta hora pode fazer toda a diferença em como lidar com este momento assim como abrir outras oportunidades para um futuro que pode ser ainda mais promissor. Isto porque este profissional se destaca como uma abordagem poderosa para navegar por essa fase de incerteza, ajudando seus clientes a lidar melhor consigo mesmo, identificar suas paixões, estabelecer metas claras, desenvolver habilidades e superar obstáculos. Ao oferecer suporte emocional e orientação prática, todo bom desenvolvedor cognitivo comportamental capacita os indivíduos a se reinventarem, ressignificarem, encontrarem significado e satisfação em suas carreiras e abrirem caminho para um futuro promissor. Entre as linhas de processo de desenvolvimento cognitivo comportamental, destaco três que podem serem mais uteis quando o assunto é carreiro e crise da meia idade. Assim, considerar fazer um processo de terapia cognitivo-comportamental (TCC), de terapia de aceitação e compromisso (ACT) como também o coaching, como parte do processo de recuperação da crise de carreira pode ser um investimento valioso para o sucesso e a realização profissional.

Quais são as diferenças entre Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), a Terapia De Aceitação E Compromisso (ACT) e o Coaching?

Vale sempre ressaltar que são abordagens distintas, embora possam ter algumas semelhanças, na maioria bem superficiais. Parte de cada pessoa identificar o momento e escolher qual o melhor processo para lidar com o momento presente, que sempre pode ser assustador e desafiador. Por isso mesmo é preciso pedir ajuda quando se perde a capacidade em saber lidar com esta crise. Não se engane, por causa dela pode-se criar gatilhos e desenvolver outras questões psíquicas muito mais sérias prejudicando diretamente a saúde física e mental.  Agora, com um bom profissional e o processo correto, também pode ser uma oportunidade para o crescimento e o desenvolvimento pessoal. As principais diferenças entre essas abordagens:

Objetivo e foco:

  • TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental): Tem como objetivo principal a ressignificação, baseada na ideia de que nossos pensamentos, emoções e comportamentos estão ininterruptamente interconectados. Amplamente utilizada no tratamento de transtornos psicológicos, como depressão, ansiedade, transtornos alimentares, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático, burnout, boreout, entre outros. A TCC se concentra em ressignificar os pensamentos negativos por pensamentos mais realistas e adaptativos, busca sempre mudanças comportamentais concretas – mudando o comportamento e a assim o modo de ver e lidar com a vida e vice versa. O terapeuta trabalha com o indivíduo para desenvolver estratégias específicas, habilidades de enfrentamento e técnicas de resolução de problemas para lidar com os desafios da crise de carreira.
  • ACT (Terapia Cognitivo-Comportamental De Terceira Onda): Também conhecida como terapia de aceitação e compromisso, tem como objetivo ajudar as pessoas a aceitar as dificuldades e emoções negativas, ao mesmo tempo em que se comprometem com comportamentos que são consistentes com seus valores pessoais. Fundamentalmente é aplicada no tratamento de uma ampla gama de questões, incluindo transtornos de ansiedade, depressão, dor crônica, vícios, estresse ocupacional e melhoria do desempenho cognitivo e físico. O foco é na aceitação, no desenvolvimento da flexibilidade psicológica e na ação direcionada por valores. Ela enfatiza a importância de aceitar as emoções negativas, os pensamentos e as experiências difíceis relacionadas à carreira, em vez de tentar evitá-las ou controlá-las. A ACT concentra-se em ajudar a pessoa a identificar seus valores essenciais e a tomar ações comprometidas alinhadas com esses valores, mesmo na presença de desconforto emocional. O objetivo é ajudar a pessoa a desenvolver uma relação saudável e compassiva com seus pensamentos e emoções, enquanto toma decisões conscientes e orientadas pelos seus valores profissionais.
  • Coaching: O objetivo principal do coaching é apoiar seu cliente a alcançar metas específicas e promover seu desenvolvimento pessoal e profissional. O foco do coaching se concentra no desenvolvimento pessoal e profissional, visando ajudar o indivíduo a identificar e alcançar metas específicas relacionadas à carreira. Um coach profissional pode trabalhar com a pessoa para explorar seus valores, interesses, habilidades e objetivos profissionais. Seu enfoque está no presente e no futuro, concentrando-se em estratégias práticas para alcançar o sucesso na carreira. O coach pode fornecer orientação, suporte, feedback e estabelecer um plano de ação para ajudar a pessoa a superar a crise de carreira, explorar novas oportunidades e atingir seus objetivos.

Abordagem:

  • TCC: Baseia-se na ideia de que os pensamentos, emoções e comportamentos estão interconectados e influenciam-se mutuamente. Ela se concentra em identificar e modificar padrões de pensamento disfuncionais e comportamentos associados por meio de técnicas e ferramentas específicas, como reestruturação cognitiva, exposição gradual, treinamento de habilidades sociais, entre outras.
  • ACT: Baseia-se na teoria do contexto comportamental, que enfatiza a importância de aceitar experiências internas, como pensamentos e emoções, enquanto se compromete com ações que são consistentes com os valores pessoais. Ela utiliza técnicas como a desfusão cognitiva, a aceitação, o mindfulness e a clarificação de valores.
  • Coaching: Baseia-se em uma parceria entre o coach (profissional de coaching) e o coachee (cliente) para alcançar metas específicas e promover o desenvolvimento pessoal e profissional. Entre suas abordagens estão avaliação da situação, autoconhecimento e identificação de valores, exploração de opções e possibilidades, definição de metas e plano de ação, desenvolvimento de habilidades e competências, apoio contínuo, entre outros.

Relação Entre Profissional E Cliente:

  • TCC: O terapeuta desempenha um papel ativo na orientação do cliente, fornecendo estratégias, ferramentas e técnicas específicas para modificar pensamentos e comportamentos disfuncionais. O relacionamento terapêutico é importante, mas pode ser mais focado na aplicação de ferramentas e das técnicas. É um processo de médio a longo prazo.
  • ACT: O terapeuta atua mais como um facilitador, ajudando o cliente a desenvolver habilidades de aceitação, defusão cognitiva e ação direcionada por valores. A relação terapêutica é caracterizada pela empatia, aceitação e apoio ao cliente em seu processo de aceitação e mudança. É um processo de médio a longo prazo.
  • Coaching: A relação entre o coach e o coachee é extremamente profissional e baseada em colaboração. O coach não dita as decisões ou soluções para o coachee, mas sim facilita o processo de autoexploração, desenvolvimento de habilidades e tomada de decisões, estimulando a geração de insights sob a perspectiva da realidade presente. Ambos trabalham juntos em direção aos objetivos estabelecidos pelo coachee. O coach atua como um facilitador, fornecendo suporte, orientação e feedback ao longo do processo. É um processo de curto a médio prazo.

O Que Realmente Importa

Diante da crise profissional na meia-idade, saiba primeiro que você não está sozinho, ela é parte de todos. Em outras palavras, em algum momento todos nós passaremos por ela. Agora a escolha de como lidar com ela é singularmente da responsabilidade de cada um.  Em todo este tempo como profissional não tenho dúvidas que todos nós precisamos de alguém que possa nos auxiliar a novos insights valiosos, criar novos objetivos e construir novas estratégias para lidar com essa fase desafiadora. Aqui estão algumas dicas que podem ser úteis e você pode começar agora em um diálogo direto e sincero de você com você mesmo:

1º. Entendendo a crise de carreira: A crise de carreira pode se manifestar de várias maneiras. Alguns profissionais podem sentir um desânimo constante em relação ao trabalho, uma sensação de estagnação ou até mesmo uma falta de propósito. Esses sentimentos podem ser esmagadores e afetar negativamente a produtividade, a motivação e a satisfação geral no trabalho. Identificar os sinais precoces dessa crise é fundamental para iniciar o processo de recuperação. Neste sentido lembre-se que um bom profissional cognitivo comportamental que possui uma base significativa de estudos e experiencia faz toda a diferença, não só porque ajuda a compreendermos este momento como também auxilia na identificação de possíveis combinações com outras questões de nossas vidas.

2º. Autoconhecimento: Somente olhando profundamente para nós mesmos e que se torna capaz de nos encorajarmos a nos conhecermos mais profundamente. Refletir sobre nossos valores, paixões e interesses pode nos ajudar a realinhar nossa carreira com o que realmente importa para nós. Antes de iniciar qualquer mudança na carreira, é crucial desenvolver um entendimento claro de si mesmo, de suas habilidades, valores e interesses. O autoconhecimento é a base para tomar decisões informadas e alinhar suas escolhas profissionais com seus objetivos pessoais. Neste sentido lembre-se que um bom profissional cognitivo comportamental desempenha um papel essencial ao ajudar os indivíduos a explorar e descobrir seu potencial, identificar suas paixões e compreender seus pontos fortes e fracos.

3º. Aceitação E Ressignificação: Um bom processo cognitivo comportamental nos ensina a aceitar as coisas que não podemos controlar. Em vez de resistir à crise, podemos encontrar significado e propósito dentro dela, reavaliando nossa visão de sucesso e felicidade.

4º. Estabelecendo Metas Claras:Uma vez que o autoconhecimento e a compreensão da importância da resignação tenham sido alcançados, é hora de estabelecer metas claras e realistas. Neste sentido lembre-se que um bom profissional cognitivo comportamental oferece um ambiente seguro e de apoio, no qual os profissionais podem definir objetivos significativos e estratégias para alcançá-los. Trabalhando em colaboração com o cliente para criar um plano de ação detalhado, definindo etapas alcançáveis ​​e mensuráveis ​​que impulsionem o progresso na carreira.

5º. Explorando opções e possibilidades: Durante uma crise de carreira, pode ser difícil enxergar além das circunstâncias atuais. O desenvolvimento comportamental ajuda os indivíduos a expandir sua visão, explorar diferentes opções e considerar novas oportunidades profissionais. Ao desafiar crenças limitantes irá aprender a observar novas perspectivas – um bom processo irá capacitar o cliente a superar medos e incertezas, abrindo caminho para um futuro promissor.

6º. Desenvolvendo Habilidades E Superando Obstáculos: Neste sentido lembre-se que um bom profissional cognitivo comportamental tem a oportunidade de desenvolver habilidades específicas que podem ajudá-los a superar obstáculos e se destacar em suas carreiras. Essas habilidades podem incluir comunicação eficaz, liderança, gerenciamento do tempo, resolução de problemas e inteligência emocional, autocontrole, autoestima, amor próprio, etc. O desenvolvimento cognitivo comportamental trabalha individualmente com cada cliente, fornecendo orientação personalizada e feedback construtivo para fortalecer essas habilidades essenciais.

7º. Resiliência E Adaptação: Não se engane! Em tempos de crise, a resiliência é uma qualidade fundamental para lidar com a adversidade e se adaptar a novas circunstâncias. É preciso ter suporte emocional e estratégias práticas para ajuda-los a desenvolverem resiliência, enfrentar desafios com confiança e encontrar soluções criativas para superar obstáculos. Essa capacidade de adaptação é especialmente valiosa em um mundo em constante mudança, onde as carreiras estão sujeitas a transformações rápidas e imprevisíveis.

O Profissional Cognitivo Comportamental desempenha um papel crucial no enfrentamento da crise de carreira, fornecendo orientação, suporte e recursos necessários para uma transição bem-sucedida. Possuem habilidades especializadas em ajudar seus clientes a identificar seus pontos fortes, superar obstáculos, definir metas claras e desenvolver estratégias eficazes assim como ressignificar questões que precisam ser resolvidas para alcançar o sucesso profissional. Além disso, um bom profissional oferece um espaço seguro para explorar emoções, medos e inseguranças, permitindo que os indivíduos desenvolvam confiança e autoestima durante o processo de recuperação.

Por fim, nunca se esqueça que o mais importante de tudo é a permissibilidade de sempre se desafiar, buscando sempre pelo conhecimento. O tempo sempre nos lembra que a vida é uma jornada contínua de aprendizado e crescimento. Nessa perspectiva, a crise profissional pode ser vista como uma oportunidade para explorar novas áreas de interesse, adquirir novas habilidades e expandir nossos horizontes.

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OBRIGADO POR LER E ASSISTIR MARCELLO DE SOUZA EM MAIS UMA PUBLICAÇÃO EXCLUSIVA SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO

 Marcello de Souza começou sua carreira em 1997 como líder e gestor de uma grande empresa no mercado de TI e Telecom. Desde então atuou frente a grandes projetos de estruturação, implantação e otimização das redes de telecomunicações no Brasil. Inquieto, desde 2008 vem buscando intensamente compreender a relação do comportamento humano com a liderança e a gestão. Dentro do universo do desenvolvimento comportamental, não mede esforços para sua busca contínua de conhecimento, com isso se tornou pesquisador, escritor, facilitador, treinador, consultor, mentor e palestrante além de atuar como coaching e terapeuta cognitivo comportamental. Como amante da psicologia comportamental, psicologia social e neurociências criou o seu canal do YouTube para compartilhar com mais pessoas a paixão pelo desenvolvimento cognitivo comportamental.

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4 Comentários

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