FELICIDADE ORGANIZACIONAL PARTE 3: QUAL A FELICIDADE QUE OS COLABORADORES VALORIZAM MAIS?
Adentrar o mundo corporativo é como entrar em um campo minado de emoções e expectativas. O que os colaboradores buscam em termos de felicidade é uma pergunta que, embora pareça simples, é repleta de complexidade. Imagine-se em uma jornada pelo mundo das organizações, onde cada indivíduo é um mundo de experiências, valores e aspirações. Nesse cenário, a busca pela felicidade no trabalho torna-se um desafio infindável.
Hoje quero aprofundar no entendimento que a busca pela felicidade no trabalho é uma questão repleta de complexidade, onde cada colaborador representa um mundo único de experiências, valores e aspirações. Neste texto, exploraremos a complexidade da felicidade no ambiente de trabalho e o papel crucial do Chief Happiness Officer (CHO) nessa jornada. Ao longo deste artigo, mergulharemos em duas perspectivas fundamentais: “Ser Feliz Em Sua Vida” e “Ser Feliz Sobre Sua Vida”, destacando como essas visões se entrelaçam e influenciam a busca pela felicidade dos colaboradores. Além disso, examinaremos as escolhas de felicidade a curto prazo versus a longo prazo, bem como a influência cultural nessas decisões. Refletiremos sobre a importância da cultura e do clima organizacional na promoção do bem-estar dos colaboradores e discutiremos o papel do CHO em criar um ambiente propício ao florescimento. Ao final deste texto, será evidente que a busca pela felicidade no trabalho é uma jornada repleta de nuances, que merece uma análise minuciosa e contínua, com a ênfase no bem-estar sustentável como objetivo central.
Para isso vamos relembrar o exemplo prático da empresa citada na “parte 2, publicada anteriormente”. Ela investiu pesadamente em programas de bem-estar, acreditando que ao fornecer serviços como academias, espaços de relaxamento e treinamento de mindfulness, garantiria a felicidade de seus colaboradores. No entanto, apesar de todas essas iniciativas, a empresa se depara com níveis de engajamento estagnados e uma alta rotatividade de funcionários. O que deu errado?
Como mencionado nas partes anteriores desta série de artigos, a felicidade não é algo que se possa encaixar facilmente em planilhas ou medir com precisão por meio de números e gráficos. Ela é um estado subjetivo profundamente enraizado em nossas experiências pessoais, influenciado por uma miríade de fatores, desde relacionamentos interpessoais até senso de propósito e realização. Por isso que ao questionar os colaboradores sobre suas percepções de felicidade no ambiente de trabalho, somos brindados com uma diversidade de respostas. Cada indivíduo traz consigo suas próprias experiências, valores, objetivos e aspirações, o que torna virtualmente impossível catalogar todas essas respostas em uma única definição de felicidade.
O Dilema: “Ser Feliz Em Sua Vida” ou “Ser Feliz Sobre Sua Vida”
Neste ponto, quero recorrer à provocação de Daniel Kahneman: “Ser Feliz Em Sua Vida” ou “Ser Feliz Sobre Sua Vida”? Embora, à primeira vista, essas duas perspectivas possam parecer intercambiáveis e muitas vezes confundidas, a profundidade de suas implicações nos leva a um território de reflexão e discernimento. Não estamos nos referindo à felicidade que se sente em um churrasco com amigos da faculdade ou à satisfação de concluir um projeto desafiador; estamos explorando a busca de uma felicidade que transcende o momento efêmero e se estende ao longo da jornada.
O que pretendo aqui ajudar você entende é que “Ser Feliz Em Sua Vida” ou “Ser Feliz Sobre Sua Vida” nem sempre andam juntos e todo CHO devem buscar encontrar ferramentas comportamentais para que se encontre esta convergência. Em outras palavras, mais que o sentido da felicidade, está para o ambiente saudável a perspectiva de instigar no colaborador o reconhecimento dos seus próprios valores. Em outras palavras, ao mesmo tempo que CHOs tentam há tempos entender qual forma de felicidade devem promover nas empresas, quase nunca pergunta de qual versão da felicidade os colaboradores estão atrás. Caso desejamos encontrar maneiras de estigar a felicidade junto aos colaboradores, talvez seja mais fácil tentar entender qual delas realmente queremos.
As Escolhas de Felicidade: Curto Prazo vs. Longo Prazo
Há alguns estudos muito interessantes sobre o assunto que vale ser aqui destacado referente a este assunto dentro das empresas no mundo. É bem possível perceber que entre as milhares de profissionais pesquisados com idade entre 21 e 65 anos há uma semelhança a qual escolha fariam entre felicidade vivida e a felicidade experienciada (histórico de vida). Uma das conclusões é que as escolhas variavam de acordo com o período vivido que lembravam – e de acordo com a cultura.
Por exemplo, para os profissionais americanos, a felicidade que desejavam para o dia seguinte era diferente da qual disseram desejar para o resto da vida, mesmo salientando que o dia seguinte faça parte da vida. O que é mais interessante, é perceber que as pessoas tomam decisões de hora em hora, tendem a viver diferentes tipos de felicidade daquela que desejam para a vida toda e com isso distanciam cada vez mais da própria felicidade buscada.
O Dilema da Escolha: Vivenciar o Presente ou Planejar o Futuro
Em um estudo realizado com empresas americanas, foi solicitado aos colaboradores, de diferentes níveis hierárquicos, que escolhessem entre felicidade vivenciada (“o momento em que você sente a felicidade”) e a felicidade experienciada (“quando você se lembra de momentos na vida e fica feliz”) — por um período mais longo (por toda a vida ou no ano que vem) ou por um período mais curto (o dia ou a hora seguinte). Os resultados mostraram que a maioria preferia a felicidade vivida ao escolher para toda a vida (82%) ou o próximo ano (69%). Em contrapartida, houve um empate técnico entre os participantes que escolhem ambas a felicidade vivida e a felicidade experienciada ao serem questionados o que gostariam de ter na hora seguinte. Tais resultados não tiveram a influência de questões como cargo, idade, renda familiar, estado civil ou se tem filhos ou não.
A Influência Cultural nas Escolhas de Felicidade
Neste estudo, após eles informarem suas escolhas foi solicitado que escrevessem em poucas linhas o motivo da escolha. Para os que escolheram a felicidade vivida o motivo mais convergente é que eles adotam uma ideologia do viver o presente, já que para eles o momento presente é mais importante, uma vez que o futuro é incerto e a vida é curta. Por outro lado, as explicações dadas por terem escolhido a felicidade experienciada variavam entre o desejo de ter uma felicidade mais significativa e duradoura e o sentimento de construir uma vida de boas lembranças à motivação a ser alcançada, para se sentirem uteis, engajados, produtivos e orgulhosos com aquilo que faz.
Neste mesmo estudo foi feita uma nova provocação aonde as pessoas ficaram mais reflexivas quando tiveram de pensar em períodos mais longos, como a vida até sua aposentadoria — neste momento, a grande maioria respondeu que desejariam viver a felicidade do momento. Mas, o que chamou mais a atenção é que ao pensar no dia ou na hora seguinte, ficou claro que uma “ética” tomou a maioria das pessoas, que naquele momento fez com que estes trabalhadores pesquisados demostrassem querer deixar de lado os momentos de felicidade, e dar mais atenção e valor ao trabalho atual a fim de, no futuro, poder olhar para trás e ficarem orgulhosos com sua própria trajetória.
Lições para o CHO e Reflexões para Todos
Nesta parte da pesquisa vale a pena a ressalva para o CHO, já que essa ideia de postergar a felicidade é necessária, lógico, durante certos momentos da vida. No entanto, fazer disso estratégia para a vida seja pessoal ou profissional, tende a acarretar na impossibilidade de perceber oportunidades no presente que também são importantes para a vida e que são dignas de serem alegradoras. Tais momentos estes que descartados vão se transformando e, quando se vê, na linha do tempo, percebe que não saber reconhecer seus próprios sentimentos também é um estado de infelicidade.
Este estudo citado foi apresentado sob diversas perspectivas e robustez para fins de não haver distorção nos resultados. Por exemplo, houve a preocupação dos participantes receberem definições variadas de felicidade experienciada para verificar se alguma peculiaridade estava manipulando o resultado. Também foi considerado a perspectiva dos horários que os participantes estavam considerando (“uma hora hoje” versus “uma hora no final da vida”) para verificar se a iminência ou até a impaciência estava interferindo nas escolhas. Fato é que ao considerar a vida, estes trabalhadores escolheram a experiência vivida, ao passo que, em se tratando da hora seguinte, a metade delas escolheu a felicidade experienciada.
A Influência da Cultura nas Escolhas de Felicidade
Um outro ponto muito importante é que eles estenderam para outras culturas. Sob a mesma perspectiva — entre a felicidade vivida e a felicidade experienciada – para a hora seguinte ou para a sua vida, para com quase 500 pessoas em outros países europeus e no mesmo número nos países orientais, como China e Japão. Assim como os americanos, ao escolher a felicidade para a vida, a maioria dos trabalhadores europeus (69%) preferiram a felicidade vivida à felicidade experienciada; porém, ao escolher a felicidade para a hora seguinte, o sendo ético também surgiu com muito mais evidência, com a maioria (65%) optando pela felicidade experienciada. Em contrapartida, os orientais prefeririam que a felicidade permeasse por décadas. A maioria dos orientais preferiu escolher a felicidade vivida à felicidade experienciada independentemente de a escolha ser para a vida toda (89%) ou para a hora seguinte (80%). Acredita-se que os orientais tem mais convicção ao escolher a experiência vivida devido ao longo histórico religioso cultural que é tão presente nestes países e que ensina o valor da meditação e a valorização para com o presente momento.
A Versatilidade das Escolhas de Felicidade
Fato é que as respostas dependiam do fato de as pessoas escolherem os pequenos momentos da vida ou a vida como um todo, e do seu local de origem. Embora a busca pela felicidade seja tão essencial a ponto de ser chamada de um direito inalienável, o tipo de felicidade que as pessoas escolhem é e sempre será surpreendentemente maleável.
Fato é que a busca pela felicidade no ambiente de trabalho é um desafio complexo e multifacetado, refletindo a diversidade das pessoas e suas culturas. A percepção da felicidade varia entre indivíduos, sendo influenciada por fatores como valores pessoais, perspectivas culturais e a duração do horizonte temporal. No entanto, a chave para o sucesso no ambiente corporativo está em reconhecer que essas perspectivas não são mutuamente exclusivas. Elas podem ser integradas de maneira a criar um ambiente saudável e motivador. Em vez de impor uma única definição de felicidade, criar um ambiente que valorize e integre ambas as perspectivas e isto sim é fundamental.
Reflexões sobre a Complexidade da Felicidade no Trabalho e o Papel do CHO
Atuar como Chief Happiness Officer (CHO) é entrar em um labirinto emocional e sentimentos do mundo organizacional. A busca pela felicidade dos colaboradores é uma jornada que nos desafia a explorar as profundezas das experiências humanas, um enigma plural que merece uma análise minuciosa. Em outras palavras, quero que se imagine em um mundo organizacional onde cada indivíduo é um universo único de experiências, valores e aspirações. Nesse cenário, a busca pela felicidade no trabalho se torna uma jornada repleta de mistérios, uma busca que nos leva por trilhas sinuosas e desafia nossa compreensão.
Como mencionado anteriormente nesta série de artigos, a felicidade não se deixa aprisionar em planilhas ou medir com números, como também está muito distante de ser explicada ou definida. Ela é uma experiência profundamente pessoal, enraizada em uma teia de fatores que vão desde relacionamentos interpessoais até um senso de propósito e realização. Assim, quando questionamos colaboradores sobre sua percepção de felicidade no ambiente de trabalho, nos deparamos com um rico emaranhado de respostas, cada uma refletindo a unicidade de suas experiências.
Reflitamos sobre o exemplo da empresa mencionada anteriormente, que investiu pesadamente em programas de bem-estar na esperança de garantir a felicidade de seus colaboradores. Apesar de seus esforços, a empresa se viu diante de um dilema: níveis de engajamento estagnados e uma alta rotatividade de funcionários. Pergunto novamente: O que deu errado?
Se você acredita que existe uma resposta simples e universal para a busca da felicidade no ambiente de trabalho, está completamente equivocado. A complexidade da felicidade no contexto organizacional transcende a ideia de uma fórmula pronta ou um atalho para a satisfação plena. Ela é uma jornada intrincada, profundamente enraizada em perspectivas individuais e influenciada pelas nuances culturais que moldam a identidade da empresa. Nas organizações, a felicidade não é um fenômeno isolado, mas sim um reflexo da cultura organizacional que permeia sua realidade. Ela está entrelaçada com as atitudes e valores que se estendem desde o mais alto nível executivo até as lideranças nos escalões mais básicos da empresa. A felicidade no trabalho tem a ver com a valorização de cada colaborador, reconhecendo suas contribuições e proporcionando um senso de pertencimento genuíno.
Neste sentido vale compreender a diferença entre ênfase na felicidade e ênfase no bem-estar e isso é crucial para explorar profundamente as complexidades do ambiente de trabalho e das experiências individuais. Onde provavelmente a empresa citada errou. Já que essas duas perspectivas oferecem abordagens distintas, mas interconectadas, para a busca de uma vida mais significativa e realizada.
No caso da empresa citada fica claro que a ênfase na felicidade é muitas vezes centrada na busca de emoções positivas, momentos de alegria e contentamento imediato. É uma perspectiva que valoriza a gratificação instantânea, a maximização das experiências agradáveis e a minimização do desconforto. É como perseguir a sensação de felicidade que surge ao saborear uma refeição deliciosa, passar tempo com amigos queridos ou alcançar um objetivo pessoal. No entanto, ao que pude presenciar, essa abordagem teve suas limitações. Ela ignorou a importância do equilíbrio a longo prazo e do cultivo de um senso mais profundo de significado e propósito na vida. A busca incessante pela felicidade momentânea pode, às vezes, levar a escolhas impulsivas ou a evitar situações desafiadoras que, a longo prazo, podem ser benéficas para o crescimento pessoal.
Por outro lado, a ênfase no bem-estar é uma perspectiva mais holística e abrangente. Ela reconhece que o bem-estar não se restringe apenas à busca da felicidade momentânea, mas envolve cuidar de todos os aspectos da vida, incluindo a saúde física, emocional, mental e social. É uma abordagem que considera o equilíbrio como fundamental. O bem-estar inclui cuidar da saúde mental, adotar um estilo de vida saudável, investir em autodesenvolvimento e construir relacionamentos significativos. Envolve o reconhecimento de que a vida é uma jornada que inclui tanto momentos de felicidade quanto desafios e adversidades. Desenvolver resiliência emocional e a capacidade de enfrentar esses desafios é uma parte essencial do bem-estar.
Uma das principais distinções entre a ênfase na felicidade e a ênfase no bem-estar é que a última considera o sentido de propósito e realização como elementos fundamentais. Isso significa que o bem-estar vai além da busca por emoções positivas no momento presente e se estende ao cultivo de uma vida que tenha significado e contribuição. Integrar ambas as perspectivas podem ser altamente benéficas. Isso implica reconhecer a importância da felicidade momentânea, mas também investir no desenvolvimento de recursos internos que promovam a resiliência e a capacidade de enfrentar desafios. Significa buscar um equilíbrio entre a busca da gratificação imediata e o cultivo de um propósito mais profundo.
Para as empresas, isso se traduz em criar ambientes de trabalho que promovam o sentimento de pertencimento tanto quanto o bem-estar dos colaboradores. Isso pode incluir programas de bem-estar, apoio à saúde mental, oportunidades de aprendizado e desenvolvimento, e a promoção de uma cultura que valorize tanto a felicidade no momento quanto o crescimento a longo prazo.
Quero que entenda que a integração dessas perspectivas pode levar a uma vida mais rica (do Ser), equilibrada e significativa, onde a busca pela felicidade não é o foco e passa a ser apenas um complemento pelo desenvolvimento de um bem-estar sustentável. É uma jornada que reconhece a complexidade das experiências humanas e busca criar um ambiente onde as pessoas possam trilhar seu próprio caminho em direção à realização pessoal e ao florescimento.
Por isso que ambientes saudáveis de trabalho está intrinsecamente relacionada à colaboração e ao respeito à singularidade de cada indivíduo em um ambiente verdadeiramente diverso. A integridade desempenha um papel vital, pois a confiança mútua é o alicerce sobre o qual as relações saudáveis são construídas. É importante reconhecer que a busca pela felicidade no trabalho não se limita a uma perspectiva única. Ela envolve uma diferenciação clara e objetiva entre “Ser Feliz Em Sua Vida” e “Ser Feliz Sobre Sua Vida”. Embora essas perspectivas possam parecer intercambiáveis, como já visto, elas trazem implicações profundas e distintas.
Vale relembrar que “Ser Feliz Em Sua Vida” refere-se à busca da felicidade no momento presente, valorizando as experiências cotidianas e a satisfação imediata. Por outro lado, “Ser Feliz Sobre Sua Vida” abrange uma busca mais ampla, que se estende ao longo da jornada profissional, incorporando um senso de propósito, realização e contribuição significativa. Compreender e integrar ambas as perspectivas são essenciais para criar um ambiente de trabalho saudável e motivador. Isso significa que as empresas devem promover uma cultura que permita aos colaboradores buscar a felicidade no dia a dia, ao mesmo tempo em que os encoraja a considerar o significado de suas contribuições a longo prazo.
Por fim, a felicidade no ambiente de trabalho não é um destino final, mas sim uma jornada contínua. Ela é moldada pela interação complexa entre valores, relações humanas, cultura organizacional, liderança e gestão. Portanto, os Chief Happiness Officers (CHOs) desempenham um papel crucial ao liderar essa jornada, criando um ambiente onde as pessoas possam trilhar seu próprio caminho em busca de sua singularidade no trabalho, contribuindo assim para o sucesso duradouro da organização. Mas, isto não quer dizer que a responsabilidade de promover a felicidade e o bem-estar dos colaboradores não deve ser compartilhada por todos os níveis de liderança e apenas pelo CHO, muito pelo contrário.
Perceba, portanto, que o CHO desempenha um papel fundamental ao buscar integrar essas perspectivas. Mais do que impor um modelo para a busca da felicidade, o CHO deve promover um ambiente onde os colaboradores possam explorar e expressar suas próprias versões do sentimento. Isso requer uma compreensão profunda das escolhas que cada um tem a curto e longo prazo, bem como a influência cultural sobre essas escolhas, mas, ao mesmo tempo todos são partes interessadas nesta jornada.
Relembrando que no estudo apresentado, profissionais de diferentes culturas foram questionados sobre suas escolhas de felicidade. Os resultados revelaram uma complexidade surpreendente. Os americanos muitas vezes priorizavam a felicidade do momento, enquanto outros preferiam uma felicidade mais duradoura e significativa. Essas escolhas variavam com base na cultura, mas também nas perspectivas de curto e longo prazo.
Além disso, a pesquisa mostrou que as pessoas tendem a adiar a felicidade em prol de objetivos futuros. Embora isso seja necessário em certos momentos da vida, é vital reconhecer que adiar a felicidade de forma crônica pode nos fazer perder oportunidades importantes que também são fontes de alegria e realização. Essas reflexões nos lembram que a busca pela felicidade no trabalho é um desafio intrincado e multifacetado, refletindo a diversidade das pessoas e culturas. A chave para o sucesso está em reconhecer que essas perspectivas não são mutuamente exclusivas. Elas podem ser integradas para criar um ambiente saudável e motivador.
O CHO, nesse contexto, deve promover uma cultura de flexibilidade, reconhecendo que cada colaborador é único e tem suas próprias necessidades e aspirações. Incentive a comunicação aberta e apoie o equilíbrio entre as demandas profissionais e pessoais. Que, depois de tudo que vimos até aqui, fique claro que a busca pela felicidade no trabalho é o que menos importa. O que pretendo deixar claro é que os colaboradores devem se enxergar dentro de uma jornada dinâmica de clima organizacional saudável que evolui ao longo do tempo. O CHO desempenha um papel fundamental na construção de um ambiente de trabalho onde a busca está voltada para uma missão genuína e significativa. Afinal, a felicidade no ambiente de trabalho transcende slogans motivacionais e sorrisos superficiais. É uma busca que nos desafia a compreender as complexidades das experiências humanas e dos valores profundos. Portanto, o CHO é o guia nessa jornada, promovendo um ambiente onde as pessoas possam trilhar seu próprio caminho em busca da sua singularidade no trabalho, reconhecendo que isso é mais do que um ideal corporativo, é uma verdadeira busca de bem-estar e realização pessoal.
Compreender o impacto da felicidade nas empresas é uma jornada que nos leva por uma série de questões complexas, interconectadas e profundas. Adentrar o mundo corporativo é como se aventurar por um território multifacetado, onde cada colaborador é um universo de experiências, valores e aspirações. Por isso que a cultura organizacional jamais poderá ser esquecida. Ela é o principal pilar dessa jornada, desempenha um papel fundamental. Ela molda não apenas a identidade da empresa, mas também o que cada colaborador pode esperar da empresa. Uma cultura que promove a transparência, a comunicação aberta e o respeito mútuo criam um solo fértil para a felicidade florescer. No entanto, quando a cultura é permeada por hierarquias rígidas e falta de inclusão, a felicidade servirá apenas para gerar ainda mais um ambiente tóxico.
Por isso que o clima organizacional, um reflexo momentâneo da cultura, também entra em cena. Ele se manifesta nas atitudes e na satisfação dos colaboradores. Um clima positivo, caracterizado pela confiança e pela cooperação, contribui para a felicidade no trabalho. Por outro lado, um clima tóxico, marcado por conflitos constantes, mina a felicidade.
A liberdade emocional e a inteligência emocional são habilidades essenciais nessa jornada. Quando os colaboradores se sentem livres para expressar suas emoções e desenvolvem a capacidade de gerenciá-las, isso fortalece sua felicidade no trabalho. Além disso, as relações humanas desempenham um papel crucial. Conexões autênticas e positivas com colegas criam um senso de pertencimento e apoio, nutrindo o melhor de cada um.
Agora, tentar impor uma falsa felicidade, ignorando problemas ou necessidades dos colaboradores, cria relações que minam a confiança. A liderança e a gestão desempenham papéis críticos na promoção deste ambiente. Líderes que demonstram empatia e habilidades de inteligência emocional têm um impacto direto na felicidade dos colaboradores.
Ao concluir esta reflexão de hoje sobre “Qual a felicidade que os colaboradores valorizam mais?” que fique claro que há complexidade da felicidade no ambiente de trabalho e o papel fundamental do Chief Happiness Officer (CHO) torna-se evidente que a busca pela felicidade é uma jornada secundária perto de toda a complexidade que forma o bem estar de seus colaboradores, moldada por perspectivas individuais e culturais. Além do mais, envolve a diferenciação entre “Ser Feliz Em Sua Vida” e “Ser Feliz Sobre Sua Vida”, duas perspectivas que podem parecer intercambiáveis, mas que trazem implicações profundas.
O bem-estar abrange não apenas a felicidade momentânea, mas também a sensação de propósito, significado e realização e traz condigo a sensação contínua que o caminho perseguido está fazendo sentido, tem valor. Portanto, as empresas que priorizam o bem-estar de seus colaboradores, permitindo que eles se envolvam em atividades significativas, se identifiquem com a organização e se sintam parte de algo maior, têm mais probabilidade de criar ambientes de trabalho onde o bem-estar é uma parte intrínseca do DNA organizacional.
Essa abordagem não apenas promove o bem estar a curto prazo, mas também contribui para a construção de uma cultura organizacional sólida e sustentável. Ela reconhece a importância de criar um ambiente onde os colaboradores se sintam valorizados, respeitados e parte de algo significativo. Assim, a busca pela felicidade no trabalho se torna uma missão genuína e significativa e que realmente faça sentido, onde o CHO desempenha um papel fundamental na construção de um ambiente de trabalho onde as pessoas possam trilhar seu próprio caminho em busca da sua singularidade no trabalho. Isso vai além de slogans motivacionais e sorrisos superficiais, é uma busca de bem-estar, realização pessoal e um propósito que transcende o cotidiano corporativo.
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OBRIGADO POR LER E ASSISTIR MARCELLO DE SOUZA EM MAIS UMA PUBLICAÇÃO EXCLUSIVA SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO
Olá, Sou Marcello de Souza! Comecei minha carreira em 1997 como líder e gestor de uma grande empresa no mercado de TI e Telecom. Desde então atuou frente a grandes projetos de estruturação, implantação e otimização das redes de telecomunicações no Brasil. Inquieto e apaixonado pela psicologia comportamental e social. Em 2008 resolvi me aprofundar no universo da mente humana.
Desde então, tornei-me profissional apaixonado por desvendar os segredos do comportamento humano e catalisar mudanças positivas em indivíduos e organizações. Doutor em Psicologia Social, com mais de 25 anos de experiência em Desenvolvimento Cognitivo Comportamental & Humano Organizacional. Com uma ampla carreira, destaco minha atuação como:
• Master Coach Sênior & Trainer: Oriento meus clientes em busca de metas e desenvolvimento pessoal e profissional, proporcionando resultados extraordinários.
• Chief Happiness Officer (CHO): Promovo uma cultura organizacional de felicidade e bem-estar, impulsionando a produtividade e o engajamento dos colaboradores.
• Expert em Linguagem & Desenvolvimento Comportamental: Potencializo habilidades de comunicação e autoconhecimento, capacitando indivíduos a enfrentar desafios com resiliência.
• Terapeuta Cognitivo Comportamental: Utilizo terapia cognitivo comportamental de ponta para auxiliar na superação de obstáculos e no alcance de uma mente equilibrada.
• Palestrante, Professor, Escritor e Pesquisador: Compartilho conhecimento e insights valiosos em eventos, treinamentos e publicações para inspirar mudanças positivas.
• Consultor & Mentor: Minha experiência em liderança e gestão de projetos permite identificar oportunidades de crescimento e propor estratégias personalizadas.
Minha sólida formação acadêmica inclui quatro pós-graduações e doutorado em Psicologia Social, bem como certificações internacionais em Gerenciamento, Liderança e Desenvolvimento Cognitivo Comportamental. Minhas contribuições na área são amplamente reconhecidas em centenas de aulas, treinamentos, palestras e artigos publicados.
Coautor do livro “O Segredo do Coaching” e autor do “O Mapa Não É o Território, o Território É Você” e “A Sociedade da Dieta” (1º de uma trilogia sobre o comportamento humano na contemporaneidade – 09/2023).
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2 Comentários
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