O IMPACTO DO AUTOCONTROLE EMOCIONAL
A emoção desempenha um papel essencial na análise criteriosa da realidade que nos cerca, estabelecendo uma interligação entre o ambiente e as pessoas, além de ser responsável pela expressão espontânea das nossas ações. Em seu âmago, a emoção é fundamental em nossas relações, tanto no âmbito pessoal quanto no corporativo. Ao longo do dia, vivenciamos uma infinidade de emoções, fluindo e se manifestando imperceptivelmente, um fenômeno natural e indispensável para nossa autenticidade. Não há tomada de decisões sem o envolvimento emocional, sendo talvez mais prudente permitir que essas emoções se manifestem, de forma a compreendê-las e dominá-las, em vez de ocultá-las e reprimi-las. Do contrário, mais cedo ou mais tarde, essas emoções reprimidas emergirão – impossíveis de serem negadas. Ao agir de forma consciente em relação às nossas emoções, fornecemos a nós mesmos uma vantagem, oferecendo-nos recursos mais amplos para lidar com elas.
É incontestável que a maioria das decisões equivocadas em nossas vidas é tomada impulsivamente, motivada pela emoção, e não como resultado de uma falta de lógica ou de uma deliberação ineficiente, mas sim por serem respostas emocionais plenamente inconscientes. São erros que poderiam ter sido evitados se tivéssemos maturidade emocional e habilidade para controlar nossas emoções negativas. Da mesma forma, os hábitos limitantes também estão intrinsecamente ligados à nossa incapacidade de lidar com as emoções, o que alimenta estados como ansiedade, constrangimento e medo. Não é por acaso que todos nós temos dificuldades para conseguir compreender e se auto avaliar a partir das próprias reações emocionais. Entretanto, não buscar uma maior reflexão sobre elas nos faz tender a ir se adaptando a um modo distorcido de ser, levando-nos a procrastinar diante a própria realidade da vida. Sim! A procrastinação está relacionada às emoções de várias maneiras. Embora seja comumente vista como um problema de gestão do tempo ou falta de disciplina, a procrastinação por fundamento fatores emocionais subjacentes. Por exemplo:
- Medo e ansiedade: A procrastinação pode ser impulsionada pelo medo do fracasso, do julgamento dos outros ou da sobrecarga emocional associada a uma tarefa. A ansiedade em relação ao desempenho pode levar à postergação como uma forma de evitar lidar com essas emoções desconfortáveis.
- Baixa autoestima e autocrítica: Quando alguém tem uma visão negativa de si mesmo ou está sujeito à autocrítica excessiva, pode sentir-se desmotivado e incapaz de enfrentar certas tarefas. Isso pode levar à procrastinação como uma forma de evitar o confronto com esses sentimentos negativos.
- Gratificação instantânea: Muitas vezes, as tarefas procrastinadas envolvem esforço, exigem concentração ou podem não fornecer recompensas imediatas. Por outro lado, atividades mais agradáveis e gratificantes imediatamente, como comer, navegar na Internet ou ver pornografia – podem ser preferidas devido ao prazer imediato que proporcionam. A busca por gratificação instantânea está relacionada a impulsos emocionais e pode levar à distorção frente a realidade da própria perspectiva da vida.
- Desconforto emocional: Certas tarefas podem evocar emoções desconfortáveis, como frustração, tédio, monotonia ou estresse. A procrastinação pode ser uma forma de evitar essas emoções desagradáveis, adiando a realização da tarefa para evitar o desconforto associado.
- Falta de clareza e motivação: Quando não temos uma compreensão clara dos objetivos ou falta de motivação intrínseca para uma determinada tarefa, é mais provável que nos sintamos desanimados e tendemos a adiar. Essa falta de clareza e motivação está relacionada às emoções de desinteresse e falta de envolvimento emocional com a tarefa.
Embora esses sejam apenas alguns exemplos, fica claro que as emoções desempenham um papel importante na realidade que criamos frente nossas relações com o mundo. Reconhecer e lidar com essas emoções subjacentes é essencial para superar a procrastinação e melhorar a produtividade. Isso pode envolver o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento emocional, como a regulação emocional, a gestão do estresse e a criação de uma mentalidade mais positiva em relação às tarefas. Mas, somente isso!
O Impacto Da Emoção Na Saúde Física E Mental
Estudos recentes têm demonstrado cada vez mais um aumento quase que insustentável nas cobranças dentro mundo corporativo, especialmente em relação a líderes e seus gestores, o que tem levado as pessoas a um adoecimento físico e mental cada vez maior. Neste sentido também está a emoção. A relação entre emoções e doenças é complexa e multifatorial, onde muitas delas tem a ver com ambiente de trabalho que desempenham um papel importante no desenvolvimento de doenças. Você conhece alguém que sofrem por exemplo de:
- Transtornos de ansiedade: A ansiedade crônica e intensa pode levar ao desenvolvimento de transtornos de ansiedade, como transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico, fobias e transtorno de estresse pós-traumático. Esses transtornos podem causar sintomas físicos e emocionais significativos.
- Depressão: A depressão é uma condição de saúde mental que afeta o humor, os pensamentos e o funcionamento geral de uma pessoa. Embora a depressão tenha várias causas, fatores emocionais, como perda, estresse e trauma, podem desempenhar um papel importante em seu desenvolvimento.
- Doenças cardiovasculares: O estresse crônico e a exposição prolongada a emoções negativas, como raiva e hostilidade, podem contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O estresse emocional pode levar a alterações nos níveis de pressão arterial, frequência cardíaca e inflamação, aumentando o risco de doenças cardíacas.
- Distúrbios alimentares: Emoções como insatisfação corporal, baixa autoestima e estresse emocional podem desencadear distúrbios alimentares, como anorexia nervosa, bulimia nervosa e transtorno da compulsão alimentar periódica. Esses distúrbios têm uma relação complexa com as emoções e podem afetar negativamente a saúde física e emocional.
- Síndrome do intestino irritável (SII): A SII é uma condição crônica que afeta o funcionamento do trato gastrointestinal. Embora a causa exata da SII não seja conhecida, o estresse emocional e as emoções negativas podem desencadear e exacerbar os sintomas dessa condição.
Fato é que além dessas doenças, o estresse crônico dado pela falta de habilidades adequadas de gerenciamento emocional, podem ter um impacto negativo em nossa saúde geral, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, comprometendo o sistema imunológico, prejudicando o sono e afetando negativamente a qualidade de vida. Por isso mesmo, torna-se compreensível que nem sempre seja fácil manter o domínio sobre nossas ações e reações. Fato é que, somos seres singulares, o que implica em grandes diferenças individuais em termos de capacidade para lidar e gerenciar nossos próprios comportamentos, evitando que os excessos tomem conta de nós.
Nesse contexto, as descobertas recentes no campo das neurociências são especialmente relevantes, pois fornecem uma compreensão mais profunda dos mecanismos cerebrais subjacentes às emoções e ao autocontrole emocional. Estudos têm revelado que a regulação emocional envolve circuitos neurais complexos e interações entre diferentes áreas do cérebro, como o córtex pré-frontal, a área cingular, o sistema límbico e a amígdala. Essas descobertas têm levado ao desenvolvimento de abordagens baseadas na neurociência para promover a inteligência emocional e o autogerenciamento, visando aprimorar a capacidade de lidar com as emoções de forma construtiva e assertiva.
Assim, compreender e abordar nossas emoções de maneira consciente e cuidadosa é essencial para um funcionamento saudável e equilibrado em todas nossas relações. Com a ajuda das neurociências, tem tornado possível conseguir insights valiosos sobre como podemos fortalecer nossa inteligência emocional, cultivar o autocontrole e maximizar nosso potencial de autodesenvolvimento, e com isso temos a oportunidade de aprimorar nossa compreensão das emoções e aprimorar nossa capacidade de gerenciá-las de forma benéfica e gratificante para nossa vida como um todo.
O Que É Ter Autocontrole Emocional?
Em resumo, pode-se dizer que autocontrole emocional está para a habilidade de reconhecer, compreender e regular as próprias emoções de forma consciente e construtiva. É a capacidade de gerenciar as emoções de maneira equilibrada, sem permitir que elas dominem ou prejudiquem o bem-estar pessoal e as relações interpessoais. O autocontrole emocional envolve alguns aspectos-chave:
- Autoconsciência: É a capacidade de identificar e compreender as próprias emoções, reconhecendo os gatilhos que as desencadeiam. Isso envolve estar atento aos sentimentos e sensações internas, bem como às reações emocionais em diferentes situações.
- Regulação emocional: Consiste em adotar estratégias eficazes para controlar e regular as emoções. Isso inclui a capacidade de lidar com o estresse, administrar a raiva, lidar com a frustração e encontrar maneiras saudáveis de expressar os sentimentos.
- Resiliência emocional: Envolve a habilidade de se adaptar às situações desafiadoras e lidar com adversidades de forma construtiva. É a capacidade de se recuperar emocionalmente diante de dificuldades e manter a estabilidade emocional mesmo em momentos de pressão.
- Empatia: É a capacidade de se colocar no lugar do outro, compreender suas emoções e reagir com sensibilidade. O autocontrole emocional envolve não apenas o gerenciamento das próprias emoções, mas também a consideração e a compreensão das emoções dos outros.
Mas o mais importante é entender que ter autocontrole emocional não significa suprimir ou negar as emoções, mas sim gerenciá-las de maneira saudável e construtiva. É um processo contínuo de autodesenvolvimento, que requer prática, autorreflexão e consciência emocional. O autocontrole emocional é valioso tanto no âmbito pessoal, promovendo o equilíbrio emocional e o bem-estar, quanto no âmbito profissional, influenciando as relações interpessoais, a tomada de decisões e a eficácia no trabalho.
Como Aprimorar O Autocontrole?
Paradoxalmente, estudos recentes têm demonstrado que reavaliar emoções contrárias, sem julgamentos, está negativamente correlacionado com sensações desfavoráveis e transtornos de humor. Em outras palavras, quando percebemos e reconhecemos emoções negativas, elas têm menos poder para causar sofrimento. A empatia adquirida por meio desse conhecimento, ao reavaliar nossas ações emocionais, nos ajuda a estabelecer relacionamentos profissionais mais produtivos, evitando frustrações constantes. Além disso, esse mecanismo é uma poderosa ferramenta de autoconhecimento e atribuição de significado às nossas experiências.
Essas ações, de criar o hábito de constantemente estarmos abertos a fazer este autofeedback sincero, por sua vez, têm um impacto direto em como assimilamos as experiências, sendo fundamentais e indispensáveis para avaliar estímulos ambientais de maneira cada vez mais ágil, nos preparando e motivando a estabelecer um melhor gerenciamento sob nossas ações. É uma forma introspectiva de crescimento pessoal, que, quando praticada em grupos controlados, apresenta resultados ainda melhores.
A cooperação coletiva nesse contexto permite que as pessoas expressem suas intenções e contribui para o controle das relações sociais. O hábito de reavaliar nossas atitudes emocionais é um grande passo para estabelecer um maior controle sobre nós mesmos. Além disso, sabe-se hoje que líderes que desenvolvem o hábito valorizar todos estágios emocionais, seja alegria, tristeza, expectativas e frustrações de seus colaboradores, tanto dentro quanto fora do ambiente de trabalho, constroem um ambiente muito mais participativo, favorecendo a lucidez diante da responsabilidade emocional.
É importante lembrar que não é possível mudar uma emoção que não reconhecemos. As emoções estão intrinsecamente ligadas a uma atribuição afetiva implícita que se relaciona com o mundo externo que sempre antecede a emoção. É fácil assumir que os eventos são a causa das emoções quando somos influenciados pelas forças externas. No entanto, ao compartilhar essas experiências e emoções, adquirimos mais consciência sobre as influências externas e nossas reações.
Talvez seja daí que derive a presunção de que reavaliar nosso dia a dia pode parecer difícil. No entanto, estudos comportamentais em conjunto com a neurociências têm demonstrado que tudo depende da prática. Essa ferramenta é altamente eficiente e nos proporciona maturidade emocional, permitindo-nos mudar a referência comportamental ao observá-la. Por exemplo, um simples fato de mudarmos nossa perspectiva e encaramos os desafios enfrentados no trabalho como oportunidades, em vez de ameaças, isso já nos ajudará a nos concentrar nas atividades que estamos realizando e a desenvolver clareza nas etapas necessárias para alcançar o sucesso. A capacidade de reconhecer, refletir e avaliar permite que moldemos nossas próprias emoções, sendo a principal habilidade para estabelecer laços mais profundos na forma como percebemos as relações. Ampliar o escopo de influências oportuna fortalece a competência de transformar possibilidades em realidade.
O sucesso ou fracasso pessoal e profissional está sempre relacionado à forma que criamos quanto a realidade do mundo. Em outras palavras, é preciso entender que o mundo não é como é, ele é como criamos ele, o que expressa a ideia de que a nossa percepção e interpretação do mundo moldam a forma como o enxergamos e experimentamos. Ela sugere que a realidade não é uma entidade fixa e objetiva, mas sim uma construção subjetiva influenciada pelas nossas crenças, valores, experiências e perspectivas individuais. Perceba o tamanho da capacidade humana de atribuir significado e dar sentido às situações e eventos que ocorrem ao nosso redor. O que sugere que a forma como interpretamos e reagimos aos acontecimentos é influenciada pelas nossas percepções, pensamentos e emoções, e que essas percepções podem variar de pessoa para pessoa.
Convido a refletir sobre o papel ativo que desempenhamos na criação da nossa própria realidade. Ela nos lembra que temos o poder de influenciar a forma como percebemos e interagimos com o mundo, e que nossas escolhas, atitudes e perspectivas podem moldar a maneira como vivemos e nos relacionamos com os outros e assim assumir a responsabilidade por nossas percepções e a reconhecer que podemos exercer certo grau de controle sobre a forma como interpretamos e respondemos ao mundo ao nosso redor. Neste sentido as emoções são uma parte predominante do ser humano e refletem quem somos e como pensamos.
Por isso mesmo que não se pode negar que trabalhar com seres humanos implica lidar com emoções. Ignorá-las, suprimi-las ou invalidá-las apenas adiará o inevitável. Essa é uma das principais razões pelas quais as pessoas adotam um comportamento passivo-agressivo. As emoções encontrarão uma maneira de se manifestar.
Diferentemente do autocontrole, a reavaliação emocional, através de um autofeedback sincero não se resume apenas a perceber as emoções, mas também a questionar nossas crenças e entender o quanto elas nos distanciam da realidade. A prática de reavaliar nossas ações emocionais nos oferece a oportunidade de perceber o quão legítimas são nossas crenças. Essa legitimidade nos permite consolidar a consciência por meio de uma introspecção equilibrada. Assim, desenvolvemos um maior senso de autocontrole, responsabilidade e aprimoramento da autoestima. O simples fato de praticar a reavaliação emocional nos permite aceitar nossas imperfeições e vulnerabilidades, e, acima de tudo, nos proporciona uma compreensão mais realista do mundo ao qual pertencemos.
O Que Isto Tem A Ver Com A Liderança?
O maior avanço na carreira de um líder eficaz não está necessariamente relacionado a habilidades técnicas ou profissionais, mas sim a um desenvolvimento emocional sólido. Diante disso, surge a seguinte questão: como podemos construir um equilíbrio sustentável que nos permita desenvolver habilidades para um maior controle emocional sem nos excedermos?
Evitar problemas emocionais dentro das equipes só aumenta o risco de explosões impulsivas. É necessário criar condições para que as emoções sejam expressadas e liberadas. Um aspecto que tem chamado a atenção nas pesquisas comportamentais nas empresas é que, quando os colaboradores não se sentem ouvidos e livres para se expressar, eles tendem a guardar seus sentimentos até o momento em que, frustrados e emocionalmente abatidos, acabam explodindo. Portanto, é essencial promover um ambiente onde as emoções sejam valorizadas e respeitadas, proporcionando canais de comunicação abertos e uma cultura de escuta ativa.
Trabalhar com seres humanos implica lidar com a complexidade das emoções. Ignorar, suprimir ou repreender as emoções não resolve questões a longo prazo; pelo contrário, pode exacerbá-las. É crucial revelar e discutir questões emocionais para criar um ambiente que valorize a diversidade, minimize conflitos e encoraje a autenticidade das pessoas. A prática constante de autoavaliação das próprias ações favorece essa construção. Refletir sobre nossas ações diante das situações emocionais pode se tornar uma estratégia valiosa para o aprimoramento pessoal e, talvez, o caminho mais eficiente para desenvolver mecanismos internos que proporcionem um maior controle em situações emocionalmente intensas. Ao reconhecermos que somos responsáveis por nossas ações, sem justificativas ou culpas, ganhamos tranquilidade e nos libertamos das pressões externas ao nos conectarmos conosco mesmos.
O Paradoxo Do Autocontrole!
É preciso entender que no contexto atual, tornou-se evidente que aqueles que possuem um bom domínio de si são, em geral, mais respeitados do que aqueles considerados imprevisíveis e temperamentais. Estre perfil está em alta no mercado. Justamente porque essa capacidade de controle emocional traz consigo inúmeras vantagens. Mas, o que a empresas não consideram é que é fundamental encontrar o equilíbrio adequado e evitar o excesso de autocontrole, pois isso pode levar a outras problemáticas comportamentais. Em busca desse equilíbrio, é preciso ter lucidez em nossas condutas.
É importante ressaltar que o autocontrole em excesso pode acarretar distorções comportamentais, indo desde a influência manipuladora até problemas pessoais e profissionais mais profundos, como a falta de argumentos congruentes e uma visão irreal do próprio posicionamento social e profissional. Aqueles que excedem o autocontrole tendem a ser excessivamente positivistas, justificadores e têm menos foco produtivo. Eles interpretam seu equilíbrio emocional de forma negligente, como se não precisassem desenvolver outras competências técnicas, reflexivas e, principalmente, de raciocínio lógico.
Além disso, o excesso de autocontrole também pode levar a uma ilusão de controle sobre as outras pessoas, o que acaba distanciando as relações e diminuindo o espaço para as diferenças emocionais. Essas diferenças são descartadas, sem permitir o reconhecimento da importância da diversidade emocional como ciclo de aprendizagem entre as pessoas e a falta de independência proposta pela própria essência humana. É fundamental compreender que a independência é a condição necessária para evoluirmos e nos diferenciarmos dos outros, mas não significa se distanciar deles. A independência humana envolve a capacidade de tomar decisões próprias e reconhecer que não somos objetos nem dono da verdade, mas sim parte de um mundo que nos cerca.
Por isso, entenda que tanto o excesso de autocontrole como a falta dele são hoje refletidos no aumento cada vez maior da falta de engajamento nas empresas. A falta de engajamento é um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas atualmente. Estudos recentes demostraram que com o aumento do trabalho remoto apenas 15% dos funcionários em 155 países estão verdadeiramente engajados em seus trabalhos, ou seja, sentem-se entusiasmo e um senso de empreendedorismo capaz de impulsionar a inovação e o progresso da organização. Da mesma forma que o mesmo estudo demostra que o envolvimento dos funcionários impulsiona o crescimento. A partir de um estudo em 49 setores em 34 países, revelou que profissionais engajados, estão mais motivados e rendem 25% a mais do que seus pares desmotivados. Portanto, é evidente que essa força motivadora está intrinsecamente ligada as relações humanas, aos afetos, portanto às emoções.
Cuidado Com Os Excessos Dentro Da Organização
No mundo corporativo, é comum encontrar empresas que possuem gestores que enfatizam excessivamente o autocontrole e, com isso, condicionam líderes e colaboradores a ignorar outros fatores fundamentais que influenciam a conduta das pessoas no ambiente de trabalho. Muitas vezes, são construídas crenças limitantes na cultura organizacional, e se não houver uma consciência emocional por parte dos membros, eles acabam se tornando cegos diante de uma realidade muito diferente do idealismo ilusório. Isso é extremamente prejudicial em um ambiente que enfatiza o imperativo do autocontrole emocional.
A verdade é que as emoções favorecem a convivência, a interação e a ação, revelando muito sobre quem somos e o que pensamos. Conhecer nossos sentimentos e reações é fundamental para aprender a lidar melhor com o turbilhão de emoções que nos invade a todo momento. Razão e emoção, cérebro e coração – os desafios de um líder eficaz exigem novas compreensões. Não se trata de usar ora um, ora outro, mas sim de combiná-los. Esse é o maior desafio ao longo da jornada. As emoções guiam a vida e é por meio delas que experimentamos as sensações. É importante reconhecê-las, mesmo que pareçam ser um obstáculo.
Para haver harmonia na vida, é fundamental encontrar o equilíbrio emocional. Para isso, precisamos primeiro reconhecer como as emoções afetam nossa vida e, sem praticar a habilidade de nos permitir avaliá-las, não seremos capazes de desenvolver consciência dos nossos sentimentos em relação ao mundo ao nosso redor. Em outras palavras o que se pretende aqui deixar claro a importância de reconhecer o impacto das emoções em nossa vida e a necessidade de desenvolver a habilidade de permitir-nos avaliá-las. Sugiro aqui que para adquirirmos consciência dos nossos sentimentos em relação ao mundo ao nosso redor, é fundamental entender como as emoções influenciam nossa experiência e comportamento.
Reconhecer como as emoções afetam nossa vida implica estar consciente das emoções que experimentamos em diferentes situações e compreender como elas podem influenciar nosso pensamento, tomada de decisão e interação com os outros. Isso envolve uma maior sensibilidade emocional e a capacidade de identificar e nomear nossos próprios sentimentos. No entanto, reconhecer as emoções por si só não é suficiente. Também enfatizo a importância de praticar a habilidade de nos permitir avaliar as emoções. Isso significa estar aberto e disposto a examinar nossos sentimentos, questionar suas origens, entender os padrões emocionais que podem surgir e refletir sobre como eles afetam nossas ações e relacionamentos.
Ao praticarmos essa habilidade de autoavaliação emocional, desenvolvemos uma maior consciência de nossos próprios sentimentos em relação ao mundo ao nosso redor. Isso nos permite entender melhor nossas reações emocionais, identificar possíveis gatilhos ou desencadeadores emocionais e tomar decisões mais conscientes e fundamentadas.
Para Refletir
Por fim, que destacar a importância do autoconhecimento emocional e da prática da autorreflexão, com ferramentas como o autofeedback, para desenvolvermos uma maior consciência de nossos sentimentos e emoções em relação ao mundo, permitindo-nos agir de maneira mais assertiva em nossa vida. Deixo aqui três questões para você refletir um pouco mais sobre o assunto e quem sabe ajuda a incentivar a prática:
1. E você, tem tempo e coragem para voltar a uma mesma questão várias vezes?
Para responder, considere que: A proposta aqui está na importância de dedicar tempo e esforço para revisitar e reconsiderar uma questão, mesmo que já tenhamos abordado anteriormente. Ela destaca a necessidade de não se contentar com respostas superficiais ou conclusões rápidas, mas sim de ter a coragem de explorar mais a fundo, revisar informações e perspectivas, a fim de alcançar um entendimento mais completo e preciso. Isso envolve estar disposto a lidar com a complexidade das questões e a enfrentar a possibilidade de revisar ou mudar nossas opiniões e posições.
2. E você, tem tempo para tomar decisões baseadas em erros?
Para responder, considere que: Quero que reflita sobre importância de aprender com os erros e usá-los como oportunidades de crescimento e aprimoramento. A ideia é que, em vez de evitar ou temer cometer erros, devemos ter a coragem e a disposição de reconhecer quando cometemos um equívoco, refletir sobre as lições que podemos extrair dessa experiência e utilizar esses insights para tomar decisões mais informadas no futuro. Isso implica em não ter medo de experimentar, correr riscos e estar aberto para ajustar nosso curso quando necessário.
3. Você é capaz de praticar a reavaliação emocional?
Para responder, considere que: Talvez a questão fundamental que quero que entenda da importância de ser capaz de refletir e reavaliar nossas emoções. Ela nos convida a questionar e examinar nossas respostas emocionais a diferentes situações, a fim de desenvolver uma maior consciência emocional e uma compreensão mais profunda de como nossas emoções influenciam nosso comportamento e tomada de decisão. Praticar a reavaliação emocional envolve estar disposto a questionar a origem e a validade de nossas emoções, a reconhecer possíveis vieses emocionais e a buscar uma perspectiva mais equilibrada e objetiva em nossas respostas emocionais.
Por fim, nunca se esqueça que incentivar seus colaboradores a expressarem suas emoções pode ser uma estratégia eficaz para construir uma equipe de trabalho mais produtiva e saudável. Com isso você estará construindo um ambiente de trabalho que valoriza e respeita as emoções dos indivíduos, encorajando a expressão e a discussão aberta, criando assim um senso de segurança psicológica, que refletirá no aumento a colaboração, a empatia e a resolução de problemas, resultando em uma equipe muito mais harmoniosa, engajada, eficiente e claro, eficaz.
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OBRIGADO POR LER MARCELLO DE SOUZA EM MAIS UM ARTIGO SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO
Marcello de Souza começou sua carreira em 1997 como líder e gestor de uma grande empresa no mercado de TI e Telecom. Desde então atuou frente a grandes projetos de estruturação, implantação e otimização das redes de telecomunicações no Brasil. Inquieto, desde 2008 vem buscando intensamente compreender a relação do comportamento humano com a liderança e a gestão. Dentro do universo do desenvolvimento comportamental, não mede esforços para sua busca contínua de conhecimento, com isso se tornou pesquisador, escritor, facilitador, treinador, consultor, mentor e palestrante além de atuar como coaching e terapeuta cognitivo comportamental. Como amante da psicologia comportamental, psicologia social e neurociências criou o seu canal do YouTube para compartilhar com mais pessoas a paixão pelo desenvolvimento cognitivo comportamental. Todos os dados e conteúdo deste vídeo são escritos e revisados por Marcello de Souza baseados em estudos científicos comprovados para que o melhor conteúdo possível chegue para você. Não deixe de seguir Marcello de Souza também nas outras redes sociais, e faça parte da lista VIP para receber semanalmente por e—mail artigos exclusivos no qual publico continuamente. Além disso:
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🧠Apresentação e adaptação: Marcello de Souza
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