
Sua empresa cresceu rápido? Cuidado para não virar poeira!
Muitas empresas correm para figurar nas famosas listas de crescimento acelerado. Mas a verdade incômoda é que a maioria desaparece delas em poucos anos. O que separa os que prosperam dos que despencam?
Os números não mentem Pesquisas da McKinsey & Company revelam que apenas 30% das empresas que aparecem nessas listas retornam no ano seguinte. Em três anos, menos de 10% permanecem. O motivo? Muitos confundem crescimento rápido com crescimento sustentável.
De acordo com Jim Collins, autor de Empresas Feitas para Vencer, empresas que crescem sem um fundamento sólido sofrem o chamado “efeito Icarus”: voam alto rápido demais, mas acabam caindo devido à falta de estrutura e planejamento de longo prazo.
A armadilha do crescimento ilusório
Ser reconhecido como uma empresa de alta performance é tentador. Investidores, clientes e talentos são atraídos pelo brilho do sucesso. Mas esse brilho pode ser passageiro se não houver estrutura para sustentar o crescimento.
Muitas empresas que sobem rápido dependem de:
• Poucos grandes clientes (se um sai, o negócio desmorona);
• Nichos temporários (modas que desaparecem rápido);
• Eventos pontuais (como pandemias ou bolhas de mercado).
Quando a realidade bate à porta, elas descobrem que crescer não é o mesmo que escalar.
De pavão a espanador: O efeito da gravidade empresarial
George Foster, professor da Stanford GSB, alerta para a “gravidade econômica”: o que sobe rápido pode cair ainda mais depressa. Alguns motivos comuns para a queda:
• Concorrentes maiores entram no jogo e esmagam quem não se preparou;
• Um cliente estratégico vai embora e leva grande parte da receita junto;
• O crescimento anterior foi artificial, sustentado por uma base pequena e inflada.
Um estudo do Harvard Business Review analisou empresas que passaram por crescimento acelerado e concluiu que 70% delas enfrentaram dificuldades financeiras em até 5 anos, principalmente devido a erros estratégicos na gestão da expansão.
A diferença entre durar e sumir
Empresas que querem mais do que um ano de fama precisam pensar além do faturamento imediato. Crescimento sustentável envolve três pilares:
✅ Escalabilidade – Seu modelo de negócio consegue dobrar de tamanho sem quebrar? Seus processos são eficientes ou só funcionam no modo “gambiarra”?
✅ Diversificação de clientes – Se um único cliente representa mais de 20% do seu faturamento, sua empresa está em risco. Empresas resilientes possuem múltiplas fontes de receita.
✅ Redução de riscos estratégicos – O que acontece se um sócio sair? Se um produto parar de vender? Empresas duradouras antecipam crises e se blindam contra quedas bruscas.
O que as empresas de sucesso fazem diferente?
A resposta está na arquitetura do crescimento. Empresas que prosperam:
• Não apostam tudo em uma única jogada (seja um cliente, um produto ou uma tendência);
• Investem em inovação contínua, não só no produto, mas em processos e gestão;
• Possuem governança clara – crescimento sem controle vira bagunça.
Exemplos clássicos de empresas que conseguiram crescer de forma sustentável incluem a Amazon e o Mercado Livre, que construíram ecossistemas escaláveis e diversificados, permitindo crescimento contínuo sem depender de fatores externos temporários.
Construindo um legado, não apenas um recorde
O verdadeiro desafio não é aparecer na lista, mas permanecer relevante. Quem busca crescimento real não corre atrás de métricas de vaidade, mas sim da construção de um negócio sólido, resiliente e inovador.
Pense em empresas que já estiveram no topo e hoje são irrelevantes. Quantas startups promissoras sumiram em poucos anos? O que faltou? Estrutura. Planejamento. Estratégia.
Você está construindo uma empresa para brilhar por um momento ou para permanecer forte no longo prazo? Crescimento sustentável não é um sprint, é uma maratona.
Comente aqui: Qual o maior desafio para crescer sem perder a essência?
Vamos debater!
Convido também a ler o excelente artigo de Sachin Waikar com o título de “Your Company Is on a High-Growth List! It May Not Be There Next Year.”, publicado em:
https://www.gsb.stanford.edu/insights/your-company-high-growth-list-it-may-not-be-there-next-year
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