ARTIGOS (DE MINHA AUTORIA),  PENSAMENTO SISTÊMICO,  RELACIONAMENTO

SENTIDO DA PRESENÇA

“A vida não é feita de certezas, mas de possibilidades.

Não é razão da transcendência, mas da experiência vivida.

Viver a vida é viver escolhas e todas as escolhas representa um valor.

Porque nada está condenado na essência, mas sim na existência.

Daí se dá a beleza da vida, em podermos ser livres.

Está na liberdade a nossa responsabilidade por tudo que constituímos valor para escolher ser o que somos e tudo aquilo que poderemos ser.”

(Marcello de Souza)

Nenhuma jornada é fácil, porque nem tudo acontece como gostaríamos e a vida é isto, entre a caminha e os tropeços, ela vai nos ensinando que sempre estamos aptos a existir novamente. Não somos escravos do destino, mas responsáveis por tudo aquilo que escolhemos para viver. E quanto mais permitimos viver, mais vamos aprendendo a dar o devido valor a vida sem a necessidade de ninguém para dizer quem precisamos ser.

Quando isto acontece é porque estamos suficientemente capazes de perceber que nada vale as máscaras, o ego, as vaidades, as acusações, perceberá que não é preciso ser irresponsavelmente pequeno para continuar culpando os outros pelos próprios erros, frustrações e mesmo pelas próprias imperfeições. Somente vivendo a vida é que entendemos o quanto somos perfectíveis e por isto mesmo, somente experienciando a vida é que passamos a dar o devido valor as relações.

Quantas pessoas permitimos deixar entrar em nossas vidas que pouco deixou, mas muito levou de nós. Quantas pessoas deixamos nos tratar como objeto, nos apequenar da mesma forma que deixamos ir aquelas que mereciam nosso melhor. O que seria a vida sem as relações, sem estas experiências tão marcantes, sejam de dor, de alegria e das decepções. O que seria a vida sem os encontros mais felizes e tantos outros entristecedores, alguns apequenados e outros engrandecedores. Experiência que se passaram diante as relações extraordinárias, e outras tantas fardadas de ilusões e desilusões.

Não há vida na individualidade, nos sonhos e nem na transcendência, só a vida na realidade da experiência, que vão se constituindo na vontade daquilo que desejamos pela nossa existência.

Aproveite este final de ano para refletir, se sentir verdadeiramente presente e quem sabe conseguirá ter um pouco mais de paz sobre si mesmo, para que daqui em diante realmente possa se engrandecer pela sua existência, pela liberdade dada e por tudo aquilo que lhe seja de sua vontade, seu desejo e da sua razão. Nem todos são capazes de reconhecer nem o próprio valor, mas nem por isto precisamos permitir o outro nos apequenar e muito menos deixarmos de acreditar naquilo que chamamos de amor.

(Marcello de Souza)