
O MARTELO (VIDA) SEMPRE VAI MARTELAR O PREGO (VOCÊ)
A necessidade de ser feliz se tornou uma grande questão para o mundo da psicologia e não porque dizer também da psiquiatria. As pessoas estão se esquecendo: Ser feliz é um estado de presença! Agora ter alegria para viver é um sentido de vida para aqueles que estão sempre na busca de encontrar o seu melhor. O problema que este mundo da autoajuda dominou de uma forma cruel a vida das pessoas principalmente nas relações amorosas. Sempre digo que a grande questão de um casal não é ser feliz ou estar infeliz e sim se um e o outro se ajudam na hora de “lavar a louça”. Nesse momento é que vem a verdade já que existem duas escolhas: alegria ou resmungar, criticar e lamentar aquele momento de abrir mão de si para estar junto com o outro de maneira responsável. Neste pensamento acho que todos os casais deveriam entender que para a vida a dois ter sentido, primeiro se deve aprender a cuidar sozinho da própria vida, ou como sempre digo, comece “arrumando a própria cama”.
O respeito numa relação entre duas pessoas não depende da alegria ou a tristeza e muito menos das personagens que sonhamos viver. A questão de uma vida a dois não deve partir do princípio que você pode estar alegre ou triste e sim se você é um (a) companheiro (a) em todos os sentidos e isto não tem nada a ver com a felicidade ou da tristeza, mas de viver a realidade em busca contínua de uma relação saudável.
As questões da vida estão no sentido que você está dando a ela e isso não depende do outro a não ser de si mesmo. As escolhas pertencem a você tão como a visão da realidade das obrigações e deveres! Ninguém muda ninguém, ninguém se alinha ao outro como ninguém deve resolver os problemas no qual pertence a cada um, o que não isenta da responsabilidade da cumplicidade. Da mesma forma que em uma relação de verdade onde existe amor não se deve a pretensão de fazer o outro se alinhar a você ou vice e versa, mas que um respeite o outro em todos os pontos da vida, sem querer ocupar o espaço pertencente a cada um. O amor é histórico, mas a forma de amar é livre e na sua base está o respeito da união. Encontrar na relação um compromisso de vida e o sentido maior.
Em toda a relação há problemas e os problemas são positivos. Em um casamento é preciso se unir pela felicidade para saber que a felicidade não é o que mais seduz durante uma relação e sim o valor que cada um traz com as suas próprias experiências e isso sim é sinal de crescimento humano. Em uma relação a dois está sempre oculto a aceitação de que nossos problemas não são de fatos nossos problemas e isso é o maior erro de se viver um relacionamento. Ninguém precisa da salvação do outro e sim de ter uma outra pessoa para que possa nos apoiar e ajudar a nos tornarmos pessoas melhores. Nunca se esqueça, uma relação a dois sempre vai revelar quem você realmente é e não é à toa que hoje é mais fácil trocar de parceiro para não precisar olhar para si mesmo e descobrir suas próprias verdades. O casamento é um espelho que muitos se autodescobrem, já os acovardados preferem quebrar. Sobreviver nesse contato direto com a realidade de si mesmo, com a dor de ser o que é não é para qualquer um. É preciso coragem e muita consciência de que se não tratar seus próprios demônios nada ajudará ser uma pessoa autêntica e melhor e muito menos capaz de viver uma relação com outra pessoa. Trocar de pessoas, claro que é um caminho mais fácil, assim você vai poder jogar o jogo da ilusão e contar e viver as mesmas histórias, mas em algum momento encontrará alguém que fará o mesmo com você e seu teto de vidro virá abaixo e você realmente irá se deparar com suas verdades. Eis aqui a depressão!
Amor é para maduros. Relação é baseada em valor: Intimidade X cumplicidade. Existe o Eu, você e o nós. Este nós, só acontece na vivência do casal, quando não existe espaço para as máscaras. E isto não se controla. Há aqueles que pioram e aqueles que melhoram sob o contexto da vida a dois. Como também aqueles que não aprendem nada e continua sendo a mesma pessoa e vivem continuamente procurando alguém para se encaixar. Isto explica porque pode não dar certo em relacionamento após um tempo, mas consegue dar certo em outro momento da vida, tudo é Temporal X Espacial e depende de como cada um vai experimentando a vida e o quanto quer se iludir das próprias mentiras.
Além disso tem a variante expectativa. Muitas relações se desfizeram por causa do momento. O segredo talvez esteja em conhecer-se para não projetar no outro que quem está a seu lado não assuma a sua dor na expectativa que ele será capaz de sana-la. Senão acontece o mais comum, culpar o outro por não estar conseguindo ser uma pessoa melhor, mas que na verdade é você que não consegue ser uma pessoa melhor. Nesse sentido, no fundo é você que não está buscando crescer como pessoa, não está se desafiando. Você tirando o seu da reta (má fé) e como estratégia, prospecta no outro as próprias culpas.
Sempre é o caminho mais fácil atribuir nossos problemas. A questão é que nem tudo é culpa do outro, aliais quase nunca é culpa do outro. Na verdade, o problema quase sempre é que o outro ilumina nossa mediocridade. Enfrentar a intimidade a dois e encarar a verdade é para poucos. É mais fácil querermos brilhar no palco da vida e nos mostrar para o mundo como certos e donos da razão – eu tenho conhecimento, eu estudo, sei tudo sobre relacionamento, sou possuidor da verdade, sou superior, sei como deve ser, sei as regras – Sou portador do saber. Por isso é muito fácil querer gostar de nós mesmos (amor-próprio) por uma hora, um dia, um mês, agora todo dia? Na verdade, somos menos quando vivemos uma vida a dois, por mais que se busque encontrar a melhor autoimagem, em todo momento somos como nos apresentamos para o parceiro o que não impede fugir da realidade e esquecermos que também somos muitas outras coisas (boas e más) e por causa dessa autodescoberta muitas vezes às pessoas injustamente troca o parceiro por outras pessoas por que não aceitar quem realmente é na expectativa que mudando o parceiro o Eu melhore. Alguns casamentos terminam por motivos certos como violência, mas tantos outros terminam pelo egoísmo e narcisismo ou por projeções alucinadas do querer encontrar o seu melhor no outro. No fundo enfrentar uma relação é um desafio de maturidade o que não quer dizer que estar ou não preparado para o casamento é estar maduro, e sim que leva tempo para estabelecer um grau de companheirismo necessário para vida saudável a dois. É preciso se conhecer para saber se você está preparado para uma relação e isso leva tempo.
Não faça da sua relação um troféu. Não queira mostrar para o outro a pessoa que está do seu lado e tratar ela como um objeto. Não faça da sua relação uma fantasia na necessidade de querer provar ser superior aos outros daquilo que “tecnicamente” só você tem como um objeto ao seu lado. Fazer algo porque outros irão vangloriar aquilo que na verdade não existe. Mostrar para outros suas conquistas para querer justificar aquilo que não existe dentro de você: “Eu gosto que outros desejem quem está comigo”. Chegar à festa com aquela pessoa para se autovalorizar quem você não é e muito menos o que você jamais irá ser. Exibicionismo é o caminho mais curto que você está construindo para seu próprio abismo.
Quando você age esperando do outro o reconhecimento, você não está bem, agora quando você age como você realmente é, isso acaba incomodando e tem a chance de ser julgado, mas é a chance também de saber quem importa ou não com você.
Na verdade, quase sempre uma relação acaba porque o interesse é só existe para consumir do outro o seu melhor e não e que o outro realmente lhe interessa como relação verdadeiramente de amor e cumplicidade. Grande parte das pessoas hoje se aproveita da situação para o que lhe interessa mais e essa é uma ambiguidade que leva as pessoas a destruírem não só uma relação, mas a própria autoestima e o próprio valor que deveria ter de si mesmo. Às vezes por causa desta doentia questão egoísta de provação se perde a oportunidade de vivenciar ao lado de pessoas especiais.
O martelo (vida) sempre vai martelar o prego (você), hoje, amanhã ou quando não tiver mais tempo para recuperar as chances da vida de simplesmente viver.

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2 Comentários
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