EU NÃO SEI QUANDO PARAR – A RELAÇÃO ENTRE EXAUSTÃO E O SUPERPODER DOS EXCESSOS NO TRABALHO
“Marcello, é como se eu estivesse afundando em um vórtice implacável de trabalho e autoexigência. No começo era prazer, mas agora, a cada voo que tomo, tem se tornado uma jornada de tortura. São horas de compulsão em uma cadeira, uma prisão que eu mesmo construí. A tela de um laptop que era minha ferramenta, agora é meu único refúgio, meu bilhete de entrada para um mundo do trabalho, sem noção de quando desligar. Sinto-me angustiado, agarrado em minhas questões pessoais de achar que preciso cada vez mais produzir, ao mesmo tempo, percebo que estou afundando lentamente.
Recentemente, conversando com um colega empresário me deixou marcas profundas. Ele mencionou sobre um amigo em comum que havia acabado de perder a vida depois de um infarto fulminante pós uma reunião catastrófica em sua empresa. De repente, eu me vi em um espelho, encarando a verdade que estava evitando. Eu também estou perdendo a noção das minhas próprias emoções, sacrificando minha alegria, meu equilíbrio, minha família, amigos — enquanto persigo metas inalcançáveis.
Não há descanso para mim, não me lembro da última vez que dormi em paz! Ignoro os sinais da exaustão como se fosse uma batalha que eu estivesse determinado a vencer. Fico acordado até altas horas, como um prisioneiro que não consegue escapar da própria cela. Essa dificuldade em reconhecer meus limites se transformou em um monstro que me devora, e eu sou a presa indefesa.
Minha vida, aos quarenta anos, se resume nessa dualidade que me atormenta. Lembro de uma ultramaratonista que passou por uma cirurgia cerebral para remover um tumor e perdeu a noção de tempo — a exaustão desapareceu, e ela continuou correndo sem saber quando parar —. Este sou eu! Sinto que também estou correndo, mas em círculos, sem direção, sem propósito. E nesse turbilhão de autoimposição, me perdi, esqueci de quem sou.
Chegou a um ponto em que o meu superpoder, tornou-se meu maior problema. Não sei mais onde termina um e começa o outro. A linha entre minha paixão pelo trabalho e o autossacrifício é ofusca, e eu estou afundando em meio a essa confusão. No fundo, sinto uma dor agonizante, uma sensação de estar quebrado, perdido. As palavras ecoam na minha mente, como um grito silencioso: Eu não sei mais quando parar!”
Eu Não Sei Quando Parar
Está história não só é real, mas, acredite, nada diferente de tantas outras que presencio no meu dia a dia! Em um mundo em constante movimento, onde as fronteiras entre vida pessoal e profissional frequentemente se dissipam, facilmente nos deparamos na perda da noção: nossa habilidade complexa de não identificar os sutis avisos da exaustão. É como se em algum momento da carreira, acionamos um interruptor que nos de um poder especial que nos permite mergulhar intensamente em tarefas e objetivos, ao mesmo tempo, distanciando-nos da realidade de nossos próprios limites — em que isso se torna um dilema que vai minando nosso próprio bem-estar físico e mental.
Seria até passível dizer que a ideia de sempre estar em busca de superação é base desse dilema e que talvez possa ser explicado como capacidade evolutiva de persistir mesmo diante das adversidades. No entanto, provavelmente a evolução não nos preparou para uma tão aceleração e desenfreada vida moderna. O que um dia foi uma qualidade de sobrevivência, atualmente nos coloca em um perigoso limiar entre produtividade e exaustão. Para a neurociências isto é bem obvio, afinal a exaustão não é somente uma sensação subjetiva, mas uma resposta química e fisiológica complexa.
Por exemplo, quando estamos estressados, ansiosos ou exaustos, nosso corpo passa por uma série de reações químicas e mudanças fisiológicas. Hormônios como adrenalina e cortisol podem ser liberados em quantidades elevadas, a frequência cardíaca pode aumentar, a respiração pode se tornar mais rápida e superficial, e assim por diante.
Essas respostas são complexas e envolvem interações entre diferentes partes do corpo, como o sistema nervoso, hormonal e imunológico e, a intensa pressão e esgotamento que o corpo e submetido, demonstra como a dificuldade em reconhecer os sinais de exaustão desencadeia uma série de mudanças internas complexas e necessariamente prejudiciais.
Por isso, que posso afirmar que em meio a essa realidade, o termo “emoção” assume um novo significado. As emoções não são meramente tonalidades resultantes de momentos coloridos da vida; elas têm raízes profundas em nossa química assim como na fisiologia. No relato de minha cliente que traz o exemplo da ultramaratonista ilustra o impacto desse fenômeno. A incapacidade de perceber os sinais de exaustão é uma emoção peculiar, uma faceta de nossa própria defesa quanto a realidade criada por nós mesmos, que nos permite, por vezes, transcender limites normais. No entanto, essa mesma característica pode nos colocar em uma exaustiva maratona de trabalho, similar à maratonista, onde os sinais de esgotamento psicológico são ignorados em prol de razões alienantes que fogem da própria realidade.
Nesse cenário, a ressonância das pressões no qual somos continuamente bombardeados, sejam econômicos, sociais ou mesmo das nossas relações mais próximas, não pode ser ignorada. A sociedade pós contemporânea muitas vezes celebra o culto à produtividade incessante, transformando os transtornos e as doenças laborais em um distintivo de honra. A linha tênue entre superação e exaustão é muitas vezes ultrapassada, levando a uma verdadeira roleta-russa de estresse crônico e momentos fugazes de realização.
A Falta da Conscientização E Da Autorreflexão
Entretanto, a conscientização e a autorreflexão emergem como faróis de esperança nessa jornada. O reconhecimento de que a exaustão é uma emoção complexa e que pode levar tanto ao sucesso quanto ao fracasso, assim como é uma intersecção entre o físico e o psicológico, é um passo vital. Nossa capacidade de discernir quando é hora de desacelerar e permitir a recuperação pode ser a chave para evitar não só a deterioração do bem-estar físico e emocional, mas também entre estar saudável ou tornar-se doente físico e mental.
Fato é que em um mundo onde a exaustão é tanto um superpoder quanto um desafio, a autorreflexão se apresenta como um farol de discernimento quase que impossível de se ver. O equilíbrio entre a capacidade de perseverar e a necessidade de cuidar de si mesmo é um ato de lucides, exigindo uma autoconscientização constante, mas que parece cada vez mais distante. Aprender a honrar nossos limites, reconhecendo os sinais da exaustão, nos coloca em uma trajetória de autoestima e autocuidado, onde podemos aproveitar o superpoder de persistência com sabedoria ao mesmo tempo de saúde mental.
A Influencia Digital
A complexidade de não perceber os sinais de exaustão encontra raízes profundas nas dinâmicas modernas, sendo fortemente influenciada pelas pressões da sociedade e pelas demandas das redes sociais. A incapacidade de identificar os limites da exaustão muitas vezes surge de uma combinação de fatores psicossociais que caracterizam os dias atuais.
No cenário contemporâneo, as redes sociais emergem como uma poderosa fonte de influência. A constante exposição a fantasiosas e lunáticas narrativas de sucesso, produtividade aparentemente incessante e realizações extraordinárias cria uma pressão subliminar para estar sempre ativo e no auge. A necessidade de alienar-se ao fluxo interminável de atualizações e acompanhar os imperativos das megas tendências, dos padrões impostos pelas plataformas digitais cegam totalmente da percepção de quando é hora de diminuir o ritmo — o medo de ficar para trás, aliado ao desejo de se encaixar na imagem idealizada nas redes sociais, muitas vezes leva a ignorar os sinais evidentes de exaustão e quando se vê está na beira do abismo a um passo de se jogar.
Além disso, as cobranças do ambiente corporativo também desempenham um papel central. A cultura do imediatismo, de “fazer mais em menos tempo”, de sempre estar em atividade, da necessidade doentia em se sentir útil, permeia o mundo profissional e pessoal, gerando uma sensação constante de estar sempre aquém das expectativas.
A competição global e a busca incessante pelo reconhecimento amplificam o sentimento de que qualquer pausa é uma concessão à mediocridade como um risco de se perder o que já se tem. Esse ambiente de alta pressão não só dificulta o reconhecimento dos próprios limites, mas também contribui para a normalização da exaustão como parte integrante da vida moderna.
Sob Uma Perspectiva Neurocientífica
O ciclo de recompensa proporcionado pelas redes sociais e a cultura de produtividade podem reforçar a tendência de ignorar esses sinais em prol da busca por realizações e validação.
A própria natureza do trabalho remoto e das comunicações digitais contínuas também desempenha um papel relevante. A fronteira entre o trabalho e a vida pessoal muitas vezes se desfaz, levando a uma sensação constante de estar “sempre ligado”. A ausência de limites claros entre momentos de trabalho e descanso torna difícil identificar quando é apropriado parar e recuperar energias.
Nesse mesmo sentido, a dificuldade de reconhecer os sinais de exaustão torna-se uma batalha constante. As expectativas virtuais e reais se entrelaçam, gerando uma pressão implacável para manter um ritmo frenético. No entanto, a conscientização sobre essas dinâmicas é o primeiro passo para enfrentar esse desafio. Ao compreender como as redes sociais, as cobranças sociais e as demandas do trabalho se entrelaçam para dificultar a percepção da exaustão, podemos adotar medidas para estabelecer limites saudáveis, abraçar o autocuidado e, assim, encontrar um equilíbrio mais sustentável entre a busca de realizações e o bem-estar pessoal.
No contexto das pressões modernas, especialmente das cobranças e da influência das redes sociais, o cérebro muitas vezes passa por uma série de adaptações e respostas que podem contribuir para a dificuldade em reconhecer os sinais de exaustão.
A exposição constante às demandas da sociedade e às expectativas sociais pode ativar áreas do cérebro associadas ao estresse, como a amígdala. Isso desencadeia uma resposta de “Congelamento, luta ou fuga”, levando a uma sensação constante de alerta e preocupação. Essa resposta crônica ao estresse pode alterar os padrões de funcionamento cerebral, afetando a capacidade de sintonizar os sinais sutis de cansaço e exaustão.
As redes sociais, por sua vez, influenciam a liberação de dopamina no cérebro, criando um ciclo de recompensa. A busca por novas mensagens, por “likes”, comentários e validação online, leva a um aumento da busca por necessidade de reconhecimento e pertencimento, mesmo quando o corpo e a mente clamam por silenciar-se. Eis a supressão da percepção de exaustão, uma vez que o sistema de recompensa do cérebro está mais focado na busca de aprovação e inquietude da autoestima do que no reconhecimento das reais necessidades.
Além disso, a constante exposição a telas e notificações pode afetar os ritmos circadianos. A luz azul emitida por dispositivos eletrônicos perturba, e muito, o relógio biológico interno, prejudicando a lucidez de tempo, assim como, claro, a qualidade do sono. Em consequência há o impacto negativamente a função cognitiva, incluindo a capacidade de avaliar com precisão os próprios níveis de exaustão.
Esses fatores em conjunto contribuem para uma desconexão entre as sensações e a realidade; entre o possível e o impossível; entre a lucidez e a alienação; ente o útil e o escravo; entre a sanidade e a idiotização, entre a exaustão e a percepção consciente de si mesmo. O cérebro, muitas vezes sobrecarregado por estímulos constantes e estresse crônico, vai tornando-se menos sensível aos sinais de fadiga, em consequência há o adoecimento psíquico que leva a tantos transtornos e relaciona-se a tantas doenças físicas e mentais.
Em suma, o cérebro passa por transformações químicas de adaptações e influências que vão dificultando a percepção dos sinais de exaustão. A sobrecarga de estímulos, a resposta ao estresse e a busca por recompensas em prol do prazer, gera a desconexão entre os estados físicos e mentais, tornando difícil reconhecer quando é hora de parar e cuidar de si mesmo.
Por isso mesmo que a afirmação “dificuldade de reconhecer os sinais da exaustão é ao mesmo tempo um superpoder é um problema” representa esta dualidade intrínseca desse fenômeno chamado pós modernismo. Ela reflete a complexidade das influências que estão em jogo quando se trata da capacidade de perceber o que é real e o que é alienação.
Superpoder
A dificuldade em reconhecer os sinais da exaustão pode ser vista como um superpoder em certos contextos. Essa habilidade de continuar funcionando apesar dos desafios e de empurrar os limites pode permitir que as pessoas alcancem realizações notáveis. Muitos avanços na ciência, na arte e em outras áreas foram alcançados por indivíduos que se dedicaram incansavelmente a seus objetivos, aparentemente ignorando os sinais de exaustão. Essa tenacidade pode impulsionar a produtividade e levar a resultados extraordinários, criando um senso de capacidade e conquista.
Nossa capacidade de não perceber os sinais de exaustão é uma faceta intrigante e multifacetada da natureza humana. Em um mundo que exalta a produtividade constante e onde as redes sociais intensificam o desejo por validação e sucesso, essa habilidade ganha relevância. Esse “superpoder” tem o potencial de gerar realizações extraordinárias, mas também traz consigo uma série de desafios e riscos que podem impactar profundamente nossa saúde e bem-estar.
Ao abordar as consequências positivas, é inegável que indivíduos que possuem essa habilidade muitas vezes são capazes de alcançar feitos notáveis. A capacidade de manter o foco intenso em metas específicas, mesmo quando os sinais de exaustão surgem, pode resultar em avanços científicos, criações artísticas impactantes e soluções inovadoras para desafios complexos. Essas pessoas têm a capacidade de persistir além das limitações percebidas, oferecendo exemplos inspiradores de determinação e resiliência.
Além disso, esse superpoder muitas vezes se manifesta como uma “rajada” de produtividade em momentos críticos. Sob a pressão de prazos apertados ou circunstâncias desafiadoras, a habilidade de não reconhecer os sinais de cansaço permite que os indivíduos mergulhem em seu trabalho com um foco inabalável. Isso pode resultar em resultados notáveis em curtos períodos de tempo, proporcionando um senso de realização e confiança.
Problema
O problema começa quando não se é mais capaz de reconhecer os sinais de exaustão também pode se transformar em um problema significativo. A exaustão crônica e o estresse prolongado têm consequências adversas para a saúde física e mental. A falta de descanso adequado pode levar a uma queda no desempenho cognitivo, pode gerar um colapso e afetar todos os sistemas vitais como nervoso, imunológico, circulatório, digestivo além de contribuir para problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão até o suicídio. Além disso, a busca implacável por superar os próprios limites muitas vezes leva a um desequilíbrio entre trabalho e vida pessoal. A dificuldade em desligar e relaxar pode destruir famílias, prejudicar relacionamentos, causar isolamento social e afetar a qualidade de vida geral. A obsessão pela produtividade constante pode privar os indivíduos de momentos de lazer, contemplação e conexão interpessoal.
Adicionalmente, essa busca incessante por resultados muitas vezes diminui a eficiência a longo prazo. A mente e o corpo sobrecarregados podem levar a decisões precipitadas, erros e diminuição da capacidade de concentração. A qualidade do trabalho pode ser prejudicada quando a exaustão crônica começa a afetar a clareza mental e a capacidade de tomada de decisão informada — leva a erros, má qualidade de trabalho e decisões impulsivas que podem ter consequências desastrosas.
E como já visto, em um mundo caracterizado por pressões implacáveis, a habilidade de não perceber os sinais da exaustão pode gerar uma série de consequências negativas, que muitas vezes passam despercebidas. À primeira vista, esse “superpoder” pode parecer uma vantagem, permitindo que as pessoas persistam além de seus limites e alcancem objetivos notáveis. No entanto, uma análise mais profunda revela um quadro mais complexo e preocupante.
A dificuldade em desligar da rotina frenética de trabalho pode prejudicar relacionamentos, afetar o bem-estar emocional e gerar sentimentos de isolamento. A incapacidade de participar em atividades relaxantes e prazerosas, muitas vezes, leva a uma vida desequilibrada e insatisfatória.
Pilares Fundamentais
A preservação da saúde é um dos pilares fundamentais subjacentes à importância de conhecer os próprios limites. O corpo humano não é uma máquina inesgotável; ele requer tempo de recuperação e descanso para funcionar de maneira ideal. Ignorar os sinais de exaustão pode levar a uma sobrecarga crônica, resultando em uma ampla gama de problemas de saúde, desde distúrbios do sono e ansiedade até complicações cardiovasculares. A consciência dos próprios limites permite que as pessoas evitem essas armadilhas prejudiciais, protegendo sua saúde física e mental.
Além disso, a qualidade do trabalho é profundamente afetada pela capacidade de reconhecer quando é hora de parar. A exaustão crônica diminui a clareza mental, a capacidade de concentração e a tomada de decisões informadas. A busca implacável pela produtividade pode levar a erros, retrabalho e queda na eficiência, minando a qualidade do trabalho e prejudicando a reputação profissional. Ao estabelecer limites saudáveis e permitir-se momentos de pausa, assegura-se que o trabalho realizado seja consistente, bem pensado e de alto padrão.
O bem-estar emocional é outro domínio profundamente impactado pela habilidade de reconhecer os próprios limites. A exaustão crônica muitas vezes se traduz em sentimentos de irritabilidade, frustração e ansiedade. O esforço contínuo para ultrapassar os próprios limites pode resultar em um ciclo autodestrutivo de negação emocional, onde as emoções são reprimidas em favor da produtividade. Ao dar permissão para descansar e recarregar, as emoções podem ser processadas de maneira saudável, promovendo um estado emocional mais equilibrado e positivo.
No contexto do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, a capacidade de conhecer os próprios limites desempenha um papel crucial. O mundo pós moderno muitas vezes empresta uma sensação de urgência constante às atividades profissionais, resultando em uma desproporção entre o tempo dedicado ao trabalho e as pausas necessárias para lazer e relacionamentos. Estabelecer limites é essencial para evitar o desgaste dos relacionamentos, manter a conexão social e garantir que os momentos de relaxamento sejam valorizados e aproveitados plenamente.
Como podemos mudar essa dinâmica? Como podemos desativar esse “superpoder” de excessos e recuperar o equilíbrio?
A resposta começa com a conscientização e a aceitação de que não somos máquinas, mas sim seres humanos com limitações físicas e emocionais. Reconhecer que nossa saúde e bem-estar são fundamentais e não devem ser sacrificados em nome da produtividade. Isso exige uma mudança de mentalidade, tanto a nível individual quanto cultural.
Devemos aprender a definir limites saudáveis para o trabalho e a vida pessoal, e a respeitar esses limites. Isso pode envolver estabelecer horários estritos para o trabalho e desconectar completamente quando o expediente terminar. Também significa permitir-nos momentos de descanso sem sentir culpa ou ansiedade por não estar constantemente “fazendo algo”. O autocuidado não é um luxo, mas sim uma necessidade para manter nossa saúde física e mental.
A prática regular de técnicas de gerenciamento de estresse, como meditação, ioga, exercícios físicos e respiração profunda, também pode ser extremamente benéfica. Essas técnicas não apenas ajudam a reduzir o estresse agudo, mas também fortalecem nossa resiliência ao estresse crônico. Além disso, buscar apoio de amigos, familiares ou profissionais de saúde mental pode proporcionar um espaço seguro para compartilhar nossas preocupações e obter orientação sobre como lidar com a exaustão.
Além dos citados, no processo de desenvolvimento cognitivo comportamental há diversos exercícios para reestabelecer a saúde mental. São atividades psicocomportamentais que você pode usar no dia a dia para encontrar seu equilíbrio ótimo, evitando tanto a subprodutividade quanto à exaustão. Aqui estão algumas abordagens que pode fazer com você mesmo:
- Autoconhecimento e Autoavaliação: Iniciar com uma autoavaliação completa é crucial. Isso inclui identificar os valores pessoais, metas de longo prazo, necessidades emocionais e físicas, bem como padrões atuais de trabalho e descanso. Isso ajuda a pessoa a entender suas prioridades e a estabelecer uma base sólida para encontrar o equilíbrio ideal.
- Estabelecimento de Metas Sustentáveis: Trabalhe junto com a pessoa para estabelecer metas que sejam realistas e sustentáveis. Defina metas específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e com prazos definidos (método SMART). Isso ajuda a evitar sobrecarregar-se com expectativas inatingíveis e a manter um ritmo mais saudável.
- Técnica Pomodoro e Intervalos Regulares: Habituar-se a técnica Pomodoro, que envolve trabalhar por 25 minutos e depois fazer uma pausa de 5 minutos. Essas pausas regulares permitem que a mente descanse, o que aumenta a produtividade e reduz o esgotamento. Gradualmente, aumente o tempo de trabalho e ajuste as pausas de acordo com o conforto da pessoa.
- Diário de Tarefas e Emoções: Peça à pessoa para manter um diário de suas tarefas diárias, bem como das emoções associadas a cada tarefa. Isso ajuda a identificar padrões de energia, momentos de maior foco e os momentos em que a exaustão começa a se acumular. Com essa consciência, a pessoa pode ajustar seu cronograma de acordo.
- Prática de Mindfulness e Relaxamento: Introduza técnicas de mindfulness e práticas de relaxamento, como meditação e respiração consciente. Essas práticas ajudam a pessoa a reconectar-se com o momento presente, a reduzir o estresse e a aumentar a consciência sobre as próprias necessidades.
- Definição de Limites Claros: Ajude a pessoa a definir limites claros entre trabalho e vida pessoal. Isso pode incluir desligar notificações após um determinado horário, estabelecer um espaço de trabalho dedicado e definir momentos específicos para desconectar-se do trabalho.
- Reavaliação Periódica: Encoraje a pessoa a fazer reavaliações regulares de sua abordagem de trabalho e descanso. A vida é dinâmica e as circunstâncias mudam, portanto, é importante ajustar as estratégias conforme necessário para manter o equilíbrio.
- Prática de Gratidão e Celebração de Conquistas: Incentive a pessoa a praticar a gratidão e a celebrar suas conquistas, não importa o quão pequenas sejam. Isso ajuda a cultivar uma mentalidade positiva, reduzir o estresse e manter o ânimo em direção aos objetivos.
Nunca se esqueça que,
A flexibilidade também surge como um princípio-chave. A vida é dinâmica e as circunstâncias mudam. O que pode ser um equilíbrio saudável hoje pode não ser o mesmo amanhã. Portanto, reavaliar periodicamente o equilíbrio e ajustar as estratégias é essencial para manter a harmonia entre trabalho e descanso.
É essencial lembrar que a busca pelo equilíbrio não é um objetivo final a ser alcançado, mas sim um processo contínuo. À medida que avançamos em nossas carreiras e vidas pessoais, enfrentaremos constantemente desafios que testarão nossa capacidade de manter esse equilíbrio. O importante é estar consciente desses desafios e estar disposto a fazer os ajustes necessários para priorizar nosso bem-estar.
Em resumo, reconhecer os sinais de exaustão e desafiar a mentalidade de que a produtividade é mais importante do que nossa saúde são os primeiros passos para desativar o “superpoder” dos excessos. Devemos abraçar nossa humanidade, estabelecer limites saudáveis, praticar o autocuidado e buscar apoio quando necessário. Somente através dessas ações podemos redefinir nossa relação com o trabalho, encontrar o equilíbrio tão necessário e viver vidas mais saudáveis e gratificantes.
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OBRIGADO POR LER E ASSISTIR MARCELLO DE SOUZA EM MAIS UMA PUBLICAÇÃO EXCLUSIVA SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO
Olá, Sou Marcello de Souza! Comecei minha carreira em 1997 como líder e gestor de uma grande empresa no mercado de TI e Telecom. Desde então atuou frente a grandes projetos de estruturação, implantação e otimização das redes de telecomunicações no Brasil. Inquieto e apaixonado pela psicologia comportamental e social. Em 2008 resolvi me aprofundar no universo da mente humana.
Desde então, tornei-me profissional apaixonado por desvendar os segredos do comportamento humano e catalisar mudanças positivas em indivíduos e organizações. Doutor em Psicologia Social, com mais de 25 anos de experiência em Desenvolvimento Cognitivo Comportamental & Humano Organizacional. Com uma ampla carreira, destaco minha atuação como:
• Master Coach Sênior & Trainer: Oriento meus clientes em busca de metas e desenvolvimento pessoal e profissional, proporcionando resultados extraordinários.
• Chief Happiness Officer (CHO): Promovo uma cultura organizacional de felicidade e bem-estar, impulsionando a produtividade e o engajamento dos colaboradores.
• Expert em Linguagem & Desenvolvimento Comportamental: Potencializo habilidades de comunicação e autoconhecimento, capacitando indivíduos a enfrentar desafios com resiliência.
• Terapeuta Cognitivo Comportamental: Utilizo terapia cognitivo comportamental de ponta para auxiliar na superação de obstáculos e no alcance de uma mente equilibrada.
• Palestrante, Professor, Escritor e Pesquisador: Compartilho conhecimento e insights valiosos em eventos, treinamentos e publicações para inspirar mudanças positivas.
• Consultor & Mentor: Minha experiência em liderança e gestão de projetos permite identificar oportunidades de crescimento e propor estratégias personalizadas.
Minha sólida formação acadêmica inclui quatro pós-graduações e doutorado em Psicologia Social, bem como certificações internacionais em Gerenciamento, Liderança e Desenvolvimento Cognitivo Comportamental. Minhas contribuições na área são amplamente reconhecidas em centenas de aulas, treinamentos, palestras e artigos publicados.
Coautor do livro “O Segredo do Coaching” e autor do “O Mapa Não É o Território, o Território É Você” e “A Sociedade da Dieta” (1º de uma trilogia sobre o comportamento humano na contemporaneidade – 09/2023).
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