COACHING SISTÊMICO
Pode-se dizer que um sistema é algo composto por um conjunto de partes onde todos se relacionam, como estrutura organizada e se influenciam mutuamente, como se falasse de um carro aonde o sistema é a composição de cada peça. Entretanto, quando fala de um sistema vivo, como um corpo humano, uma flor, uma comunidade, uma empresa, por exemplo, é preciso entender que eles se criam a si mesmo.
Não são uma simples reunião de peças, como um carro mas sim são vivos, crescem e se modificam juntamente com cada um dos seus elementos. Goethe (1749-1832), filosofo e cientista alemão, disse a quase duzentos anos atrás que todos nós teríamos que pensar de modo muito diferente sobre todas as partes. Para ele, o todo era algo dinâmico e vivo, que constantemente começa a existir “em manifestações concretas”. A parte, por sua vez, era uma manifestação do todo e não apenas um componente dele. Um não existe sem o outro. O todo existe por manifestar-se continuamente nas partes e as partes existem como uma encarnação do todo.
Todas essas formas de pensar ensinam a olhar o todo e suas relações, esse todo se encontra dentro e fora de nós completamente sincronizado, mesmo sem estarmos conscientes.
O Coaching Sistêmico possibilita caminhar por todo o contexto onde cada pessoa está inserida, eles são os temas do contexto onde a pessoa está inserida, sendo ela sua porta-voz. Com o olhar do Coaching Sistêmico se amplia para ver e compreender a pessoa que traz alguma questão e o sistema onde ela está se manifestando. Essa forma de olhar amplia a visão e as formas de intervenção, que também passam a ser sistêmicas.
Sob esse modelo, o Coaching Sistêmico é um caminho de desenvolvimento pessoal, profissional e organizacional que conduz a pessoa a acreditar em seus sonhos, seus projetos e nas possibilidades de transformação, de fazer acontecer. Todas essas formas de pensar nos ensinam a olhar o todo e suas relações em constante movimento do fluxo da vida. Esse todo se encontra dentro e fora de cada um, completamente sincronizado, mesmo sem estar conscientes.
Através desta mudança de paradigma, com o fim do pensamento cartesiano, mecanicista, no qual habitualmente se é adotado na sociedade iniciou no começou no século passado.
O pensamento sistêmico é uma forma de abordagem da realidade que surgiu no século XX, em contraposição ao pensamento “cartesiano-mecanicista” herdado dos filósofos da Revolução Científica do século XVII, como Descartes, Bacon e Newton.
O pensamento “cartesiano-mecanicista” é o pensamento linear no qual simplifica a realidade, como se as perguntas possuíssem somente uma resposta. Apesar de anteceder o pensamento sistêmico, é um conceito necessário e fundamental para algumas áreas do conhecimento que necessitam de uma abordagem de causa e efeito, entretanto, esta modelo de pensamento não é suficiente nos casos que envolvem história, sentimentos e emoções. Não permitindo compreender a vida humana e sua composição com o todo.
Para o pensamento sistêmico as perguntas não possuem apenas uma resposta, mas sim possibilidades que devem ser estudadas. Para Senge (1990) o pensamento sistêmico é ver o todo. Ele considera como um quadro referencial para ver inter-relacionamentos, ao invés de eventos; para ver os padrões de mudanças, em vez de “fotos instantâneas”. Como um conjunto de princípios gerais, abrangendo campos tão diversos quanto as ciências físicas e sociais, a engenharia e a administração”.
O modelo tradicional de pensar, muitas vezes nos leva a tomar uma decisão que geram decisões polaridade, de forma isoladas e muito pouco efetivas. Por este motivo, temos a necessidade de melhorar nossa capacidade de compreender o todo das ações e dos elementos dentro de uma organização, treinando nossa habilidade de observar, gerando assim uma visão sistêmica.
“Hoje, o pensamento sistêmico é mais necessário do que nunca, pois nos tornamos cada vez mais desamparados diante de tanta complexidade. Talvez, pela primeira vez na história, a humanidade tenha a capacidade de criar muito mais informações do que o homem pode absorver, de gerar uma interdependência muito maior que o homem pode administrar e de acelerar as mudanças com uma velocidade muito maior que o homem pode acompanhar “(SENGE, 1990, p. 76).
A aplicação do Coaching Sistêmico na vida, permite compreender quais são os maiores sabotadores, o que nos impede de alcançar sonhos e desejos.
Um sistema é um todo que funciona como todo, devido à interdependência de suas partes, como afirma Maximiano (2000). O pensamento sistêmico é um sistema de ideias, que pode ser entendido como filosofia ou forma de produzir, interpretar e utilizar conhecimentos, podendo ser aplicado em todas as áreas da atividade e do raciocínio humanos além de ser um método de resolver problemas e organizar conjuntos complexos de componentes.
Ao ampliar nossa percepção do todo, permitir trazer esta informação para o cognitivo e então tomar a ciência de que pode mais e para isto basta desenvolver ferramentas para superar as crenças limitantes. Conhecer e honrar a própria história, perceber que o todo, no qual se vive, faz todo sentido, em um perfeito sincronismo aonde tudo acontece como deve acontecer, tornando a própria história uma biblioteca de conhecimento que no tempo, inconscientemente vão se interligando; transformando pensamentos em ideias, que ao longo da caminhada possibilita despertar o melhor dentro de cada um.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INSTITUTO ÁUREOS DO BRASIL. Disponível em <http://www.institutoaureos.com.br/blog.php>. Acesso em 05/10/2014.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral Da Administração – Da Escola Científica à Competitividade na Economia Globalizada. Editora Atlas S.A.. São Paulo. 2000.
PASELLO. Adriana. O que é Pensamento sistêmico? disponível em: < http://www.institutojetro.com/artigos/administracao-geral/o-que-e-pensamento-sistemico.html>. Acessado em: 05/10/2014
Pensamento sistêmico. Disponível em:< https://pt.wikipedia.org/wiki/Pensamento_sistemico>. Acessado em 20/10/2014
RAUSCH, Andreas; FRESE, Michal. Psychological approaches to entrepreneurial success: a general model and an overview of findings. In: COOPER, C. L.; ROBERTSON, I. T. (Ed.) International Review of Industrial and Organizational Psychology. Chichester: Wiley, 2000.
REGIS, Leda. Coaching Sistêmico. Um caminho de conquistas através do Ser. Disponível em:< http://lmdesenvolvimento.com.br/pdf/CoachingSistemico_Revisao.pdf>. Acessado em 05/10/2014
SENGE, Peter M. A quinta disciplina: Arte, teoria e prática de aprendizagem. São Paulo: Best Seller, 1990.