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A PSICOLOGIA POSITIVA APLICADA AO COACHING

A Psicologia Positiva é um campo científico dentro da Psicologia, que estuda a felicidade e o bem-estar, os sentimentos positivos (como alegria, gratidão e esperança), os traços positivos (como otimismo, autoconfiança, resiliência) e as forças e virtudes do caráter (como coragem, sabedoria e transcendência) fortalecendo o autoconhecimento da pessoa, propondo uma visão mais ampla, na busca da felicidade.

E o que é o Coaching senão a melhor e mais eficaz metodologia de desenvolvimento e capacitação humana existente atualmente. Um mix de conhecimento e ciências como a psicologia, gestão de pessoas, neurociência, administração e muitas outras, no qual proporciona mudanças positivas e permanentes, além da conquista de grandes resultados em todas as áreas da vida do indivíduo, permitir a pessoa viver um novo ciclo, uma nova história, romper limites pessoais; obter uma vida próspera, mais equilibrada e bem- sucedida; ser mais feliz no amor; parar de fumar; emagrecer; conquistar uma qualidade de vida melhor; mudar de carreira; obter ou ampliar suas realizações profissionais e pessoais.

Evidencia-se a congruência da Psicologia Positiva aplicada ao Coaching, já que ambos podem converter as suas emoções em ações transformadoras, trazendo resultados tangíveis na vida pessoal e profissional de cada pessoa.

A Psicologia Positiva passa a ser uma ferramenta fundamental nas consultas de Coaching, pois trata-se de uma ciência capaz de mensurar o aumento nos o aumento nos níveis de satisfação e felicidade das pessoas. Sabe hoje que a influência das emoções sobre a saúde intriga os médicos desde a Antiguidade.

A maior parte dos tratados e pesquisas investiga os efeitos deletérios dos sentimentos negativos, como a tristeza, a angústia e a raiva, interferindo diretamente nos resultados alcançados no dia a dia da pessoa, na qualidade das relações que estabelece, mais especificamente, em sua maneira de relacionar-se com o indivíduo e o mundo.

Como no Coaching, a Psicologia Positiva tem como diretriz fundamental a não se dedicar a entender as fraquezas humanas e sim a busca nas respostas para compreender quais são as raízes da felicidade.

Por exemplo, hoje se sabe muito a respeito da depressão, mas quase nada sobre a essência comum das pessoas felizes e graças a esta quebra de paradigma iniciada por um dos principais representantes desse movimento, o psicólogo Martin Seligman, professor da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, que por quase trinta anos lidou com pacientes deprimidos, resolveu inverter o curso de seus estudos e buscar as razões fundamentais da felicidade, sugerindo ao mundo uma nova forma de pensar, quebrando paradigmas até então inexplorados.

Tudo isto vem a fortalecer o conceito de que sua aplicabilidade ao Coaching pode ser somada para o alcance de resultados extraordinários. Entende-se que a Psicologia Positiva atua no campo de investigação que fundamentado na descoberta de métodos capazes de potencializar e aprimorar recursos individuais, tais como a resiliência física, afetiva e cognitiva, desenvolvendo as pessoas em todos os sentidos da vida, resultando na elevação do desempenho dos indivíduos e alcance de melhores resultados.

Desse modo, ocorre o fortalecimento das bases estruturais do ser humano e de seu comprometimento com a vida através dos sentimentos positivos (como alegria, gratidão e esperança), os traços positivos (como otimismo, autoconfiança, resiliência) e as forças e virtudes do caráter (como coragem, sabedoria e transcendência).

Kamei (2014) diz em seu artigo que o que realmente importa não é o que você pensa, mas sim o que você vai fazer com o que você pensa, são as ações positivas! E a ação positiva entende-se como a ação que manifesta virtudes e forças do caráter. Essa concepção se baseia na definição de ARISTÓTELES (384 a.c a 322 a.c): “Felicidade é atividade da alma em conformidade com a virtude”.

Como no Coaching, a Psicologia Positiva também trabalha com as Emoções Positivas para a saúde física e mental. Não é difícil de entender que quando a mente vai bem o corpo também está, uma relação que é bastante óbvia: emoções positivas correlacionam-se com menos stress, menos ansiedade, menos depressão, e maior percepção de bem-estar, felicidade e satisfação com a vida.

Todos os estudos atuais direcionam a capacidade de que se tem em influenciar nossa saúde através das mudanças da forma direcionarmos nosso modo de viver e pensar, afinal todos são corpo e mente, mesmo o médico mais cético concorda que as emoções negativas – como ansiedade e raiva – estão fortemente associadas com maior incidência de doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, derrames, maior incidência de gripes, resfriados, doenças da pele, dores-de-cabeça, doenças gastrointestinais, etc. Uma explicação seria porque os hormônios liberados durante o stress – como cortisol e adrenalina – em quantidades frequentes, prejudicam o funcionamento do sistema imunológico, deixando o organismo mais vulnerável a doenças.

A pesquisadora Fredrickson (2009), em seu livro “Descubra a Força das Emoções Positivas, Supere a Negatividade e Viva Plenamente”, descreve as dez principais emoções positivas: alegria, serenidade, gratidão, interesse, esperança, orgulho (gratificação), diversão, inspiração, admiração e amor. Ela estudou 188 voluntários que registraram diariamente suas emoções positivas e negativas durante um mês. Ao cruzar esses dados com os resultados de inúmeras variáveis de saúde mental e relações sociais, ela identificou uma proporção entre emoções positivas e negativas que representava o ponto de virada para o “florescimento”’ humano, ou seja, para um ótimo funcionamento psicossocial. Fredrickson descobriu que, para levar uma vida plena e feliz, a pessoa precisa vivenciar no seu dia-a-dia um mínimo de 3 emoções positivas para cada uma negativa. 

O equilíbrio não é vivenciar a mesma proporção de emoções positivas e negativas. Na verdade, Fredrickson descobriu que a razão 1:1 já está na fronteira da depressão, quando então as emoções negativas passam a exceder as positivas. O florescimento humano começa na razão 3:1. Então, porque não afirmar senão que os objetivos dos resultados alcançados se somam quando trabalhado junto com o Coaching?

Divo (2013) publicou em seu artigo que a APS – Australian Psychological Society interpreta o Coaching como subdisciplina da Psicologia e o define como “processo positivista aplicado, que se baseia e desenvolve desde abordagens estabelecidas, e pode ser entendido como aplicação sistemática da ciência comportamental, focada no aprimoramento da experiência de vida, desempenho no trabalho e bem-estar de indivíduos e grupos clinicamente sem problemas de saúde mental significativos ou níveis anormais de sofrimento”. Neste mesmo artigo ainda consta que o Centro de Psicologia Positiva Aplicada do Institute of Coaching, nos EUA, desenvolve treinamento e intervenções clínicas com base no campo da psicologia positiva, a qual fornece uma robusta base teórica e empírica para a saúde, a vida e princípios de liderança.

Sendo assim, fica evidente que ambas as ciências juntas potencializa a capacidade de alcançar objetivos e metas, dentro de um processo acelerado, proposto pelo Coaching a partir de uma revigorada capacidade de reflexão e busca da felicidade.

Por este motivo que diversos profissionais e estudiosos em Coaching, associam as bases do Coaching às da Psicologia Positiva. Afinal o Coaching revela e liberta o potencial das pessoas para incrementar ao máximo seu desempenho. O Coaching é um acelerador de resultados. O Coaching é uma filosofia Positiva para vida a FELICIDADE.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIVO, Mario. O Coaching e a Psicologia Positiva! Artigo 2013. São Paulo. Disponívelem:<www.cloudCoaching.com.br/o-Coaching-e-a-psicologia-positiva/post#.VG8rwvnF-Co>. Acessado em: 11 de nov. de 2014

 FREDRICKSON, Barbara. L. The role of positive emotions in positive psychology: The broaden-and-built theory of positive emotions. Washington DC: American Psychological Association, 55, 218 – 226. 2001.

 FREDRICKSON, Barbara L. Descubra a Força das Emoções Positivas, Supere a Negatividade e Viva Plenamente. São Paulo. Editora Rocco. 2009.

KAMEI, Helder. Coaching e Psicologia Positiva. Artigo 2014. São Paulo. Disponível em: < http://www.flowpsicologiapositiva.com/wordpress/tag/comportamento-organizacional/>. Acessado em: 11 de novembro de 2014.

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