AUTODETERMINAÇÃO – A CIÊNCIA DA MOTIVAÇÃO
“O que é bom? – Tudo o que aumenta no homem o sentimento de potência, a vontade de potência, a própria potência. O que é ruim? Tudo o que nasce da fraqueza. O que é a felicidade? O sentimento de que a potência cresce, de que uma resistência foi vencida. Não o contentamento, mas mais potência. Não a paz finalmente, mas a guerra; não a virtude, mas a excelência. ” – Nietzsche
Lembro-me de uma vez que assisti uma entrevista com o “guru” Peter Drucker, aonde um empresário pergunta a ele: Como é que se faz para motivar as pessoas? E ele categoricamente responde: “Eu estudei a minha vida inteira este assunto e vou te confessar uma coisa… não tenho a menor ideia! Mas eu sei o que ’desmotiva’, e, você também deve saber… A questão é: o que você faz que desmotiva as pessoas? Pare de fazer e, é muito provável, que a motivação apareça”. Esta resposta me marcou muito e muitas vezes ela se torna muito útil com meus clientes e hoje me inspirou a escrever sobre Autodeterminação, A Ciência Da Motivação.
Não precisa ser um gênio para logo saber o que desmotiva uma pessoa, reflita 10 minutos sobre a própria vida e logo as respostas começarão a aparecer. O contrário disto, tem a ver com desenvolver em si mesmo este impulso de fazer acontecer e isto tem tudo a ver com as escolhas da vida. Escolhas estas que florescem dentro de cada um de acordo com seu desabrochar diante a própria natureza. Fato único a cada ser, reconhecer na vida aquilo que faz sentido parte da premissa que cada um tem que primeiro reconhecer a si mesmo, no presente, no agora, quem realmente é, para que então possa encontrar na busca incessante dos desejos e a alegria de viver.
É possível que haja dentro de você uma natureza que lhe é própria, única, exclusiva. Identificar esta natureza é o mesmo que saber reconhecer em si os próprios talentos, as próprias inspirações de vida que condiz com que aquilo que você realmente tem de melhor. Com isso você estará muito mais próximo de um caminho passível de ser percorrido, agindo de acordo com seus próprios impulsos diante ao mundo em suas relações, aliado com a excelência esperada quando está conciso com aquilo que realmente faz sentido para você.
Entretanto, é claro, muitas vezes reconhecer as próprias inclinações para a vida nem sempre é tão simples o suficiente para uma vida plena com a alegria, uma vida feliz. Como reconhecer aquilo que você tem de melhor dentro de si, que tem de melhor a oferecer em um lugar aonde isto é o que menos importa, de que adianta identificar os próprios talentos aonde eles não são úteis ou necessários. Se não houver uma conexão entre o que há de melhor de você com a necessidade do meio para revelá-la, fica muito difícil este despertar. Também é verdade que para que seja possível avivar em você suas inclinações no lugar certo no momento correto, precisa muito mais do que a vocação. Logo, é importante ter a consciência que parte de sua vida também é movida pelo acaso.
Para alguns, o talento é logo reconhecido, realmente existem aqueles que estão no lugar certo, no momento certo diante as oportunidades certas, mas na maioria não é bem assim. Para estes, o que resta é a oportunidade que a vida oferece, experienciar uma incansável busca do seu espaço e do seu lugar, e isso depende logicamente de você ir de encontro com as próprias perspectivas da vida.
Certamente o acaso representa uma parte da vida, não toda e nem tão pouco nada, mas ele não pode ser a razão das próprias escolhas e do caminho a tomar. A aceitação de que o acaso predomine sobre a vida é na verdade um desperdício do viver. Representa uma justificativa sobre o comodismo de não saborear a própria vida. Este não pode ser o sentido e a razão de todo caminho percorrido, de estar aqui diante as infinitas possibilidades, lamentando e deixando a vida passar.
O acaso tem basicamente três sentidos para o ser humano. Pode representar para você aquilo que acontece sem finalidade ou sem objetivo, isto é, algo sem causa final. Pode ser também algo que acontece sem ser consequência de algo passado, ou seja, efeito que não se explica por uma determinação precedente e por fim, algo que acontece sem ser explicado por nenhuma relação com outra coisa, nem simultânea nem precedente, isto é, sem qualquer determinação. Em outras palavras a casualidade da vida é uma força que não depende de você, ela intrínseca na natureza e suas ações agem sobre cada um dá forma e da maneira no qual não tem por si uma razão lógica a seus olhos. Não tem a ver com pensamentos, com desejos, com vontades. Diferente do que diz a autoajuda, é fundamental ter a consciência de que não se pode manipular o acaso por maior e melhor que seja suas intenções a respeito da vida.
Fato é que o acaso não pode representar a própria vida. Se isso ocorrer dificilmente encontrará alegria, a excelência naquilo que faz e aí não há motivação e será impossível chegará em algum lugar. Acredite, o acaso é capaz de firmar como o grande responsável do comodismo, agente determinante a desmotivação.
Como então, devo seguir a diante e ir de encontro com meus objetivos?
Não é o propósito aqui falar de acaso e desmotivação. Muito pelo contrário, o fundamento é compreender que existem mecanismos que podem auxiliar você a encontrar a motivação para seguir e alcançar seus objetivos.
Para tanto, talvez para que uma vida seja contemplada com a alegria é necessário muito mais do que boa vontade, afinal apenas boa vontade não é capaz de mover, transformar a energia da sua natureza pulsante em ações capazes de colocar você de frente com seus objetivos de vida, são tantos fatores que você está exposto no dia a dia que se não tiver também determinação, ao primeiro tropeço você acaba por desistir.
Também é verdade que a natureza deu a você um dispositivo determinante para a motivação. Perceba que quando você está em busca de um objetivo concreto, que realmente atente para sua vida, sente uma sensação extraordinária. Esta sensação faz parte da motivação que cada um tem dentro de si mesmo, e que, neurologicamente falando, é capaz de acionar o sistema da recompensa. Justamente o sistema de recompensa que dá a você aquela força de vontade de viver, aquilo que gênios como Espinoza chama de Energia Vital ou Lucrécio denomina de Clinâmen, Collingwood chama de Conatus, Shopenhauer em Vontade De Viver, Nietzsche em Vontade De Potência, Freud de Libido, Bérgson de Elã Vital e Clóvis de Barros de Tesão Pela Vida.
O problema que para alcançar está energia, esta potência de agir, de acordo com o melhor de sua inclinação inata da “força” contínua de encontrar a alegria na vida, você tem que estar realmente conectado com você mesmo, encontrando dentro de si mesmo o melhor, estar autodeterminado com seus propósitos, no controle para dar rumo a sua vida e jamais deixar com que a vida conduza você.
Não se engane, neste mundo pós-moderno, se você perder um pouco desta conexão fatalmente cairá na armadilha de ser guiado pelo meio e não mais por você mesmo, meio o qual dita inúmeras regras que muitas vezes vai lhe deixar cego de seus desejos, da sua essência e daquilo que realmente você é. Passando então a viver somente em função das cobranças que muitas vezes fará esquecer para onde realmente quer ir. Isto torna-se então uma grande barreira psíquica e comportamental que compeli a desistir dos seus próprios sonhos e que quase sempre serão esquecidos pela vicissitude do tempo. É o grande culpado de fazer você acreditar que é menor daquele que realmente é. Transformando você naquilo que quase nunca você um dia quis ser.
Como alcançar a Autodeterminação?
É possível que quase todos neste momento dispõe de muitas boas intenções para realizar algum desejo no qual entenda ser importante. Quando isso ocorre, você fica anafado de otimismo e faz planos, traça metas e se resplandece de tesão trazendo para seu âmago a vontade incessante de alcança-lo. Mas nem sempre é o suficiente! O problema é que não se pode esquecer que, seja qual for o objetivo desejado, ele sempre vai exigir mais do que bons pensamentos, mais que planejamento e vontade. E é aqui que entra a Autodeterminação.
Para a Autodeterminação, inicialmente o que você vai precisar é ter a clareza consciente que toda e qualquer ação exige esforço e este por sua vez só irá acontecer se realmente, antes de tudo, você encontrar um sentido puro e cristalino para aquilo que almeja. Para isso é necessário responder precisamente à pergunta: Por quê? A resposta para essa pergunta tem que vir antes de qualquer outra questão. Através desta, você é capaz de compreender o que está por detrás de seu objetivo. Se não tiver claro o verdadeiro motivo, aquilo conectado com os seus mais intensos anseios, dificilmente cumprirá os quesitos necessários para alcança-los e viverá a mercê do acaso.
Este é o grande problema das frustrações correntes na vida de cada um. Cada projeto que você começa e não termina, cada desejo que fica engavetado, cada vontade que não foi finalizada é transformada em cicatrizes em nossa memória, verdadeiros hábitos sabotadores. São esses que moldam as inúmeras âncoras que são construídas durante a vida. Originam as crenças que vai lhe apequenando e quando você se dá conta disso, muito da vida já se passou e pouco fez para você mesmo.
Como não cair na armadilha das frustrações?
Para que isso dê certo, entenda, não se pode responder à pergunta que antecede as suas ações – Por quê? – com respostas vazias, superficiais, incoerentes ou inconclusivas. Pelo contrário, quanto mais certo e convicto da sua resposta, quanto mais sentido fizer, mais preciso estará ao traças as metas e mais próximo para o alcance deste objetivo.
Este foi o principal resultado dos estudos propostos por Richard M. Ryan e Edward L. Deci, professores do Departamento de Clínica e Ciência Social, do Departamento de Psicologia da Universidade de Rochester, Estados Unidos, quando aprestaram em 1981, e que basicamente deu a origem a Teoria da Autodeterminação (Self-Determination Theory – SDT).
O trabalho de Richard M. Ryan e Edward L. Deci se tornou muito importante para o processo de Automotivação mas vai muito mais além do que isso, nele você tem acesso a uma maneira diferente de pensar no qual se relaciona fundamentalmente na importância da atenção que tem que dar aos hábitos que constantemente são criando.
A teoria proposta por Richard M. Ryan e Edward L. Deci traz a consciência e compreensão de que não é porque de vez enquanto você toma alguns tropeços e se desvia da suas metas e objetivos que tenha que transformar em sabotadores, em crenças e âncoras que venha por si punir ou mesmo tornar-se comum o ato de desistir. Muito pelo contrário, ela demonstra que todos estão expostos a um conjunto de fatores além do próprio acaso, como os socioeconômicos e ambientais, que fatalmente se tornam barreira nas transições comportamentais perante a vida quando não se dá o devido valor e traz para a consciência a sua existência.
Para começar a entender os estudos da Autodeterminação, Ryan e Deci apresenta um padrão comum entre as pessoas. Através de seus estudos dirigidos ao assunto, eles descrevem três estilos predominantes de pessoas trazendo esta imagem perceptiva das razões fundamentais da aproximação ou não para Autodeterminação. Para eles, categoricamente há aquelas pessoas que se orientam de forma impessoal, quase sempre estão fechadas para o meio, que não se permite relacionar abertamente ou dar a chance de ouvir o outro, ver que há outras possibilidades de ver a vida, sobrevivem em um mundo introspectivo, quase sempre são ansiosas, indecisos, remetendo-se ao comportamento sem intencionalidade e pouco conseguem seguir com seus objetivos, são “desmotivadas” com um forte sentimento de ineficácia. Existem também aquelas que vivem a vida de acordo com a vontade dos outros, reconhece muito pouco de si mesmo, seu comportamento é dirigido por controle externo, e não são capazes de serem aversivas. Estas por sua vez são pessoas com baixíssima Autodeterminação, e quase nunca são capazes de sair de seu mundo para lutar pelos seus objetivos, seus próprios desejos e vontades.
A questão destes dois estilos mais comuns, é que grande parte deles vivem em um passado esperando um futuro que não existe, são pessoas que não se pode esperar muito pois vivem a síndrome dominante do fazer o possível. Predomina a falta de capricho ao deixar de fazer o melhor! Fazer o melhor que se pode fazer com as condições que possui para fazê-lo – e não apenas o possível. Ficam sonhando naquilo que não é concreto, na esperança do acaso agir e lhe oferecer aquilo que ainda não é real para ele. Há uma grande diferença na vida entre o possível e o melhor.
Neste caso, a primeira grande ação é fazer com que estes tenham a consciência de que deixar de fazer o possível para sempre fazer o melhor que se pode fazer é questão de escolha, é a certeza que está fazendo aquilo que efetivamente faz bem para si mesmo, transformando cada movimento em alegria. Ter capricho nas ações que faz. Não mediocrizar os instantes da vida com desculpas para não fazer o melhor. Senão estes tipos de pessoas passam a viver para reclamar, resmungar, criticar, buscar diminuir as pessoas, sendo pessimistas e exploradores com tudo e com todos.
A citação destes dois estilos de pessoas representa a regra base para a Autodeterminação, em outras palavras, o fundamento é que de atenção a você, identifique dentro de si, o que destes dois estilos há e o que eles podem representar. Se auto conhecer sempre é o melhor caminho para uma vida de sucesso e feliz. Acredite, muitos passam uma vida inteira sem perceber quem é e como seu comportamento afeta a própria vida e as pessoas que estão em volta, se relacionando de forma arrogante, desrespeitosa, bruta e outras violenta, achando que tem todas as respostas para vida. Sem se dar conta disso, perdem oportunidades, afastando-se dos objetivos e distanciando das pessoas, criando uma legião introspectiva oposicionista, um verdadeiro auto sabotador. A partir daí surge dentro destes a angustia opressiva, ressentida, raivosa e frustrada.
A virtude ética é adquirida pelo hábito; não nascemos com ela, mas nossa natureza é capaz de adquiri-la e aperfeiçoá-la.
Para Ryan e Deci existem um terceiro estilo, e alcançá-lo, efetivamente tornará você capaz de explorar a Autodeterminação. Que são aquelas que são autônomos, donos de si, aptos de reconhecer seus próprios valores, vivendo no presente. O comportamento é direcionado aos valores no qual estão de acordo de seus interesses pessoais e pela motivação intrínseca em fazer o melhor. Uma pessoa com uma alta tendência à orientação autônoma fica sempre aberta em alcançar suas metas, desbravar objetivos, estão sempre na busca de atividades que lhe pareçam interessantes e desafiadoras, além de ter a firmeza de creditar sempre que são capazes de estar no controle e um maior nível de responsabilidade com a própria ação. Para Ryan e Deci, você tem que encontrar este estilo dentro de você para o sucesso da vida. É a mestria introspectiva do SER em ter controle cognitivo sobre as próprias vontades nas inter-relações que se mantem com o mundo. Não tem nada a ver com a autossuficiência. Da forma o qual é representando para si a desambição afetiva nas diversas condições sociais. Ter a ver sim com a firmeza de conservar a própria identidade diante aos próprios valores, não permitindo que outros tomem suas decisões, as escolhas e as concepções dos afetos, que a grosso modo representa então, a forma essencial do domínio de ser você mesmo diante das influências externas.
Afinal, o que é a Autodeterminação?
A Autodeterminação é estrategicamente focada no aprimoramento da qualidade do bem-estar e da razão individual de viver o que não quer dizer que é a emancipação do mundo em que se vive. Em outras palavras o que quero dizer é que Autodeterminação não é o isolamento do mundo, fundamentado no egoísmo ou na total independência social, mas sim desenvolver a capacidade de reconhecer a si mesmo, as próprias necessidades, vontades, desejos, sem ter que viver na introspectiva do outro. Não permitindo assim a concessão das forças externas que agem em suas relações sejam maiores que as forças internas que movem o desejo de SER. Para isso, faça a você mesmo a seguinte pergunta: “O que de mim sou eu mesmo e o que de mim faz parte dos desejos dos outros?
Como pode ver, a base teórica da Autodeterminação é diretamente fundamentada em conjunto de comportamentos e habilidades que permitem a pessoa ser seu agente determinante em relação ao próprio futuro, em outras palavras ter efetivamente saúde psicológica representada através dos comportamentos intencionais, dentro do contexto social. A partir dos estudos desenvolvidos por Ryan e Deci, Michael Wehmeyer, psicólogo da Universidade do Texas descreve que a Autodeterminação é fundamentada diretamente na resultante do auto realização que para Wehmeyer só poderá considerar um comportamento auto-determinante quando o conjunto de comportamentos e habilidades adotados por você tenha a capacidade de ser o agente causador em relação ao próprio futuro, ou seja, dominante intencional das próprias ações, focando sempre na representação de que o bem-estar psicológico pode ser alcançado a partir da autodeterminação. Para isso, ele nos apresenta quatro diretrizes fundamentais: ser autônomo, ser autorregulado, ser representado pelo empoderamento psicológico e resultar em auto realização. Para entender melhor é necessário compreender o que representa estas quatro diretrizes, segue resumo:
AUTONOMIA: Medo à liberdade é a angústia da escolha. O medo a liberdade é o maior medo do ser humano, é a angustia em sua natureza. Como resultado surgi a sensação de culpa, o vazio e a solidão. Este é o poder que a Autodeterminação traz a você. Sua liberdade perante ao mundo e a vida. Faz com que você tenha a consciência que cada instante da vida é uma oportunidade mágica única e exclusiva”, absolutamente inédita e nunca antes vivida, é este momento que cada um tem para fazer o melhor, de bem consigo mesmo, o melhor que se pode fazer, sabendo que cada um tem a chance de fazer deste momento, melhor que o momento anterior, melhor do que toda a vida vivida, porque hoje você é melhor do que ontem, hoje cada um é mais competente do que ontem, mais preparado e mais experiente do que ontem, então, cada um tem a chance de fazer o melhor da vida, para que possa haver a alegria durante os movimentos, as ações, seu trabalho, e não no final”.
Por isso o primeiro fundamento e a Autonomia. Está diretamente relacionado ao comportamento autônomo, ou seja, a individualidade de cada um quanto as próprias necessidades, interesses e as habilidades pessoais. Todos os seres humanos são seres sociais e estão sempre de alguma forma conectado a grupos no qual faz se sentir pertencente, relacionando-se sempre sob a perspectiva de se associar a aquilo que faz sentido para você de alguma forma. Por isso há a necessidade de autonomia. Ela tem que ser parte fundamental para que seja possível compreender os atributos comportamentais que estão sempre sendo interferidos pelo grupo no qual você faz parte. Diante a está lucidez cada um é capaz de compreender a própria independência na forma de ser, assegurando um senso de autonomia nas escolhas. Lembrando sempre que o comportamento é considerado soberano quando os interesses, preferências e vontades guia na direção processual da tomada de decisões sobre a liberdade ética de suas escolhas.
AUTORREGULAÇÃO: O fundamento do termo Autorregulação faz referência a capacidade de cada um agir de acordo com o equilíbrio emocional para que esteja apto de tomar suas ações para alcançar seus objetivos de forma inteligente e estratégica, tendo equilíbrio suficiente para analisar cada decisão de forma sistêmica sem interferência ou impulso que possa ser provido de um sentimento negativo ou da influência que o meio possa sobrepor. Para ampliar o entendimento e a profundidade sobre o que quero dizer, vou usar os ensinamentos de Maquiavel. Nicolau Maquiavel que foium historiador, poeta, diplomata e músico de origem florentina do Renascimento traz através de suas reflexões a ideia de que todos nós deveríamos definir as metas dentro daquilo que indagamos ser suficientes. Não que o suficiente seja ínfimo, mas sim que esteja um pouco acima do esperado de forma passível de crescimento, que não seja suficientemente grande, mas sim na medida e da forma que se possa alcançar (Perceba a profundidade e a atualidade deste renascentista).
A característica da inteligência humana está diante a sua capacidade, você é o que é de acordo com o que propõe a ser. O problema que há uma deturpação dando um sentido inverso na relação entre o que busca ser e o que efetivamente alcança. Por exemplo, o mundo hoje diz que Sucesso é a palavra mágica e que para ter sucesso você precisa alcançar a qualquer custo os objetivos propostos que os meios socioeconômicos determinam a você a alcançar, e você só é bem-sucedido, quando alcança essas metas, dando um ar social de uma vida vitoriosa e feliz. Entretanto quando você não alcança aquilo que quer então logo você é taxado e todos irão dizer para você que sua vida não pode ser boa. E isto não é verdade!
Primeiro tem que entender que não é só nos acertos da vida o sucesso de se viver, afinal se somente tivesse em seu currículo acertos, jamais poderíamos aprender a ser algo maior do que já é. A experiência da dor, seja pelas decepções, derrota, erros, frustrações, entre tantos outros, são ensinamentos vivenciais que educam e fazem você ser melhor. Este é o processo evolutivo da vida. A experiência é a única porta que existe capaz de lhe ensinar o que é valor. Somente se aprende a dar valor a aquilo que cada um de possa comparar, para saber o que é vitória tem que também conhecer o que é a derrota, para saber o que alegria tem que conhecer a tristeza, para saber o que é sucesso é necessário conhecer o fracasso, senão fica impossível valorizar o que você representa, o que possui e o que deseja. Tudo aquilo que não se pode medir é porque não é concreto, se não tem como dar valor é porque não tem significado, então não há sentido e a vontade intrínseca desejante do próprio Eu.
EMPODERAMENTO PSICOLÓGICO: Toda e qualquer ação tem que ter por si um objetivo fundamentado (Por quê?), e para que seja possível realizá-lo você tem que efetivamente descobrir quais são os motivadores corretos no qual deverá dar foco, aqueles que realmente irão fazer você sair do lugar, da tão conhecida zona de conforto. Logo, o empoderamento psicológico é a construção motivacional que oportuniza a garantia de condições que aumentem a motivação para a realização de um objetivo concreto, a partir de uma progressão pelo qual cada um pode ser capaz de compreender e assimilar a relação entre as metas e a percepção introspectiva de assimilar como alcançá-las, vivenciando cada passo, diante a uma análise sistêmica entre os esforços necessários e os resultados possíveis. Em outras palavras, o empoderamento psicológico é diretamente relacionado ao controle e domínio sobre os próprios destinos diante a um forte sentido de auto eficácia. Para que isso esteja habilitado é necessário entender que mudanças continuas são necessárias.
O grande segredo está justamente na forma da qual são realizadas estas mudanças. Segundo os estudos mais atuais da neurociência aplicada ao comportamento, apontam para que uma mudança seja concreta e duradoura é necessário trabalhar concisamente a inteligência emocional da forma a qual a emoção não influencie as decisões com sentimentos negativos como a ansiedade, por exemplo. Para isso o que a ciência tem ensinado é que toda e qualquer conquista bem-sucedida deve começar de forma devagar, constante e gradualmente chegar aos desafios maiores. Portanto “as conquistas mais bem-sucedidas são aquelas em que pegamos o ritmo pouco a pouco durante algumas semanas; com isso é possível ir fazendo ajustes e evitar a sensação frustrante de se esforçar tanto por algo e depois falhar”, afirma Mary Jung, professora e pesquisadora sobre o assunto na Universidade da Colúmbia Britânica.
Fato é que estar otimista é muito diferente do que estar motivado. A razão de ser otimista pode muitas vezes conduzir a fazer com que cometa erros na hora de avaliar as próprias capacidades. Nunca se esqueça que para alcançar um objetivo tem que ter a consciência de que haverá desafios, dificuldades no qual tem que ser considerada ao traças as metas, portanto toda e qualquer realização tem menos a ver com força de vontade e mais com habilidades específicas de enfrentamento. E é aqui o fundamento do avanço gradual, está no sucesso de cada passo dado o aumento importante da motivação, e esta sensação positiva que a motivação proporciona a pessoa gera aquilo que é imprescindível para qualquer conquista, a CONFIANÇA. Somente quando se é confiante, instigado pela motivação é que assisti seguro e capaz de lidar com eventuais dificuldades ou problemas, perseverante para alcance dos objetivos propostos.
AUTORREALIZAÇÃO: Diante a tantos e tantos desafios e cobranças que são constantemente bombardeados no dia a dia é a capacidade de reconhecer os próprios limites, e condicionar as metas de forma que sejam passiveis de serem alcançadas ao mesmo tempo que sejam desafiadoras e estejam de acordo com os próprios desejos, tem que estar em equilíbrio com o próprio valor e não do que os outros desejam de você para você. A inteligência da vida e das escolhas é a base da Autodeterminação e está contida na definição do que é ser desafiadora, mas não exageradamente impossível. Para que seja bem-sucedida tem que estar em acordo com as capacidades.
O importante é entender que a pessoa tem de reconhecer que existe um caminho a percorrer, e a liberdade está na escolher de como irá fazer esta caminhada, sem critérios universais de sucesso, mas sim critérios pessoais, únicos, particulares, que tem a ver a sua essência original como ser humano. Inteligência prática é a ideia básica de Maquiavel, do bom senso que você tem de condicionar o sucesso da vida aos triunfos compatíveis aos próprios recursos. Em outras palavras, o que quero dizer é que para permitir com que seus sonhos sejam alcançados, que metas e objetivos sejam concretizadas tem que estar dentro do conjunto de possibilidades que a vida lhe proporciona. Você tem que saber trabalhar seu comportamento, mente e corpo, e este é o grande segredo.
Lembre-se que para haver mudanças duradouras é necessário incorporar o novo comportamento, torná-lo automático e prático. Para que isso torne-se um novo hábito, seja realista consigo mesmo, e movimente-se com determinação para que seja colocado em prática todas suas metas. Uma maneira de começar o processo para adquirir um hábito primeiro é dizer para si mesmo, o que pretende fazer e de que forma vai se movimentar para pôr o plano em prática em seguida reflita e identifique quais são as mudanças necessárias em seu ambiente, comportamento, suas capacidades e conhecimento e quais são suas crenças e valores. Identificando estas mudanças, seja estratégico e defina com segurança quando, onde e como pretende alcançar seus objetivos.
A essência de Autodeterminação está de acordo com que pode entender de qual é o seu propósito, compreendendo as suas próprias escolhas. Somente você é capacitado de ser especialista de você mesmo porque ninguém conhece você melhor que você, logo quem tem que descobrir o melhor jeito de você viver é você mesmo, através da liberdade que tem nas escolhas e nos próprios valores. Lembre-se que aquilo que é importante para você não necessariamente será importante para outras pessoas e vice-versa.
O que você pensa está a serviço do que sente, não é possível interpretar os pensamentos sem entender o que sentimos, fato o qual não se pode fugir das próprias emoções. A vida é um conjunto de relações únicas e exclusivas que jamais irão se repetir. Viver é estar em relação, a qualidade de viver é diretamente proporcional com a qualidade das relações que cada um mantém de forma peculiar com o mundo.
“O futuro não é um lugar para onde estamos indo, mas o lugar que estamos criando. O caminho para ele não é encontrado, mas construído, e o ato de fazê-lo muda tanto o realizador quando o destino. ” (John Schaar – Sociólogo)
REFERÊNCIAS DE PESQUISA
ASSOR, A. et al. Combining vision with voice: a learning and implementation structure promoting teachers’ internalization of practices based on self-determination theory. Theory and Research in Education, v. 7, p. 234-243, 2009.
AUSTIN, J.; RENWICK, J.; McPHERSON, G. E. Developing motivation. In: McPHERSON, G. E. The child as musician: a handbook of musical development. Oxford: Oxford University Press, 2006. p. 213-238.
BAUMAN, Z. & DONKIS, L. Cegueira Moral: a perda da sensibilidade na modernidade líquida. 1. Ed. – Rio de Janeiro: Zahar, 2014.
BARROS, C. A dinâmica dos Afetos. Acessado em: < https://www.youtube.com/watch?v=1-Yly_l4l3Q>
BROPHY, J. Motivating students to learn. 2th ed. Mahwah, New Jersey: Lawrence Erlbaum, 2004.
Ciência para mudar hábitos, 2017. Revista Mente e Cérebro, 2017.
Dinucci, A. Introdução ao Manual de Epicteto. Sergipe: Editorial Prometeus, 2012.
DECI, E. L.; RYAN, R. M. Intrinsic motivation and self-determination in human behavior. New York: Plennum Press, 1985.
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MARTIN, A. J.; DOWSON, M. Interpersonal relationships, motivation, engagement, and achievement: yields for theory, current issues, and educational practice. Review of Educational Research, v. 79, n. 1, p. 327-365, 2009.
Sobre o autor:
Meu nome é Marcello de Souza. Uma pessoa simples ao mesmo tempo inquieto com a vida. Estudioso, escritor, pesquisador e admirador da psicologia social, vivo em busca constante do conhecimento intelectual e comportamental humano. Apaixonado pela vida, vivencio a mais ampla oportunidade de carreira que me possibilitou a encontrar experiências únicas que me permitem a cada instante aprender um pouco mais sobre a vida e o ser humano e suas relações com a vida. Por isto dedico sempre compartilhar minhas experiências, ideias e tudo aquilo que conheço, pesquiso e que amo estudar. Tratando de assuntos referentes a comportamento, gestão, liderança e tudo que me fascina no cotidiano nas mais diversas formas na qual estão diretamente relacionadas ao Desenvolvimento Da Mente & Comportamento Humano.
Na mais ampla oportunidade de carreira, exercito a encontrar experiências únicas que me fazem a cada instante aprender. Tenho muito orgulho no que faço, honro minha história e sinto muito prazer de afirmar o privilégio de fazer o que sou apaixonado. Nada mais extraordinário que compartilhar meu tempo e minha profissão junto com a pessoas maravilhosas e saber que ao lado delas, poderei ajudar, apoiar e contribuir, cada uma de forma muito especial, a alcançar novas possibilidades em suas vidas, e que juntos, geramos a todos os instantes, conhecimento, descobrindo um pouquinho mais sobre nós.
Sou fã em ouvir e aprender com formas diferentes de pensar, por isto, respeitarei sempre a sua opinião. Incentivo o diálogo para discussões abertas, inteligentes e construtivas, mesmo quando contrárias as ideias e pensamentos existentes descritos através das minhas palavras. Em todo meu trabalho no qual divido com vocês, é o patrocino e a busca por uma comunicação assertiva indo de encontro por uma nova estruturação no modo de pensar e perceber a si mesmo, as pessoas e o mundo. Proponho a desconstrução de pensamentos e crenças lineares e a construção de uma vida sistêmica, com novas possibilidades, buscando observar o todo, as partes e a interação entre elas.
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