SIMPLES DICAS PARA A PERSISTÊNCIA
As pessoas que resolviam as coisas em geral tinham muita persistência e um pouco de sorte. Se a gente persistisse o bastante, a sorte em geral chegava. Mas a maioria das pessoas não podia esperar a sorte, por isso desistia. (Charles Bukowski)
Com frequência, os melhores propósitos costumam ser alvo de nossa própria sabotagem. Não faltam artifícios criados por nós mesmos para justificar nossa procrastinação. Ninguém melhor que nossa própria consciência para nos manter dentro da zona de conforto, e isso é verdade! Mas não se sinta mal por isso, faz parte de nossa própria evolução e da natureza humana tendermos a nos manter nesse tal subjetivo conforto. Por isso mesmo, muitas vezes precisamos lutar contra nós mesmos, e conscientemente mostrar para nossa mente que hoje às coisas são diferentes e que a resiliência é fator determinante se quisermos dar “voos mais altos” como também para conseguirmos sobreviver em um mundo de tantas cobranças que não para de mudar.
Realizar objetivos que só dependem de nosso próprio empenho – em geral referente à saúde, ao tempo que dedicamos a nós mesmos, a pessoas queridas ou ao aprimoramento pessoal e profissional – não costuma ser tarefa fácil. Porém os estudos comportamentais tem algumas boas descobertas que ajudam a driblar armadilhas que nós mesmos criamos por nossa mente tão criativa quando se trata de se autossabotar, veja algumas delas:
- Pesquisas mostraram que aqueles que mantêm a atitude ativa de aprender para alcançar seus objetivos costumam ser os que mais obtêm sucesso.
- Sentir a busca pelas metas como uma aventura também ajuda o fortalecimento emocional. Os retrocessos podem ser reviravoltas necessárias (e interessantes) e jamais devem ser vistos como sinal de incapacidade de convertidos em culpa e recriminações.
- Não há problema ou demérito nenhum em reexaminar as próprias ações para encontrar o que poderia ter feito de forma diferente e mudar estratégia, aliais hoje já se sabe que isso faz bem e ajuda a aprimorar a visão sobre às metas a serem alcançadas.
- A frustração de vez enquanto e na dose certa também é importante porque mexe com nossas emoções e sentimentos como também provoca a nossa autoestima.
É preciso ficar alerta aos sinais. Se sentimos decepcionados ou frustrados, talvez também seja um grande alerta de que não estamos realmente nos importemos o suficiente em relação às nossas metas e por isso mesmo procuraremos uma desculpa para não as alcançar. Logo, é imprescindível entender a importância de ter clareza do que realmente queremos.
Saiba que a chance de tentar mais uma vez é algo positivo e não sinal de fracasso, desde que numa segunda tentativa se aprenda que ao utilizar de forma mais amadurecida as experiências aprendidas tornam-se fundamentais para o sucesso.
Um outro ponto o importante é entender que não é nada produtivo se torturar com cobranças excessivas. É preciso compreender que reconhecer as próprias fragilidades e limitações é bem diferente de permitir a se atormentar e se apequenar por algo que vai exigir muito mais de nós, das dificuldades serem muito maiores que esperávamos ou que não estamos tão preparados para alcançar os resultados desejados em um determinado momento. Esse tipo de pensamento negativista jamais vai ajudar a chegar a algum lugar.
Na terapia comportamental trabalhamos para que a impaciência e a irritação não possam surgir quando se tenta modificar o jeito de agir evitando que isso interfira nas chances de obter sucesso. Em outras palavras, na prática, culpar a nós mesmos e cultivar o sentimento de que temos pouco valor nos impedem de descobrir o que mudar para ter sucesso numa próxima tentativa.
Outro ponto importante da terapia é que incentivamos a construir estratégias bem definidas. É fundamental para o sucesso usar estratégias não só para alcançar o objetivo como também para diminuir o estresse em geral, considerando que temos mais dificuldade em lidar com as emoções quando estamos esgotados física e mentalmente. Incentivamos e entendemos como fundamental saber dar tempo, seja entrando em contato com a natureza, praticar atividade física ou meditar podem trazer, além do relaxamento necessário, insights interessantes.
Faz grande diferença entender a persistência como uma escolha, uma atitude a ser reforçada e não como um traço de personalidade, privilégio de algumas poucas pessoas de sorte, por isso também é útil, quando possível, procurar um retorno crítico e objetivo de pessoas que tenham competência para mentorar sobre seu desempenho ou ter um especialista comportamental para estar ao seu lado. Saiba que na terapia comportamental trabalhamos seu comportamento com um retorno especializado e competente para impulsionar seu desempenho e fortalecer sua autoestima e seu autodomínio; concentrando-se no que é preciso aprimorar, desenvolver e ressignificar ajudando a se concentrar no que precisa realmente fazer para mudar.