A MÁGIA DA INCERTEZA
“Não exijas que os eventos aconteçam como desejas, mas deseja que os eventos aconteçam como acontecem, e terás uma vida tranquila.” – Epicteto
Epicteto, o filósofo estoico que viveu durante o século I d.C., deixou um legado filosófico que ecoa até os dias atuais. Nascido como escravo e posteriormente liberto, sua vida foi marcada por desafios, o que o levou a explorar a natureza da vida e do controle humano. Dentro do contexto estoico, ele destacou a distinção entre aquilo que podemos influenciar e o que está além de nossa esfera de controle. Entre essas últimas está o acaso, uma força intrínseca à condição humana. Epicteto argumentava que, embora possamos moldar nossas ações e atitudes, não detemos controle absoluto sobre os resultados ou sobre as circunstâncias externas que nos afetam. Nesse sentido, o acaso desempenha um papel crucial, representando a parcela da vida que escapa à nossa vontade e previsão.
No entanto, ao invés de temê-lo ou resistir a ele, Epicteto nos encoraja a aceitar o acaso como parte integrante da existência e a cultivar uma atitude de serenidade. Ele nos convida a concentrar nossa atenção naquilo que podemos controlar, reconhecendo a finitude de nossa influência sobre os resultados e as circunstâncias externas. Assim, compreendemos que o acaso desempenha um papel essencial na trajetória de nossas vidas, representando aquilo que está além de nossa vontade e previsão. É através desse entendimento que podemos nos preparar para as intervenções imprevistas do acaso, desenvolvendo uma maior capacidade de adaptação, aprendizado e desafios.
No contínuo paradoxal entre nossos valores, desejos e coragem, o acaso se revela como um desafio à nossa própria resiliência diante da vida. Enfrentamos a necessidade de tomar decisões em meio a uma névoa de possibilidades, onde cada passo adiante demanda uma profunda conexão com nossa essência humana para enfrentar o desconhecido. É como navegar em águas turbulentas, onde a angústia de escolher o curso muitas vezes nos prende em um estado de estagnação, incapazes de tomarmos controle de nosso próprio caminho. Entretanto, é crucial reconhecer que o acaso não é apenas um obstáculo, mas sim responsável por despertar algo inerente ao sentimento humano: a incerteza.
Apesar de passarmos a vida evitando-a, a incerteza representa uma oportunidade para crescimento e autodescoberta. Ao abraçarmos a dúvida que ela nos causa, nos preparamos para discernir o que realmente valorizamos, ampliar nossos horizontes e fortalecer nossa capacidade de lidar com os obstáculos da vida incluindo nele o próprio acaso.
Mesmo sendo fruto do acaso, a incerteza representa um dos sentimentos mais importantes para nós, e é nela que encontramos lições e aprendizados que empoderam nossa vida em todos os sentidos. Em outras palavras, a incerteza é uma espécie de catalisador para a nossa evolução pessoal e espiritual. Ela nos força a sair da zona de conforto, questionar nossas crenças e buscar novos caminhos.
Quando nos deparamos com o desconhecido, somos compelidos a olhar para dentro de nós mesmos, buscar respostas e encontrar a coragem necessária para seguir em frente, mesmo quando tudo parece incerto. Nesse sentido, a incerteza não é apenas uma condição passageira a ser evitada, mas sim uma oportunidade para nos reinventarmos e nos tornarmos mais resilientes.
Nos momentos de maior vulnerabilidade, descobrimos nossa verdadeira força, nossa capacidade de adaptação e nossa resiliência. Em vez de nos sentirmos paralisados pelo medo do desconhecido, podemos encarar a incerteza como uma aliada em nossa jornada de autodescoberta e crescimento pessoal. Em outras palavras, ao invés de temermos a incerteza e suas consequências imprevisíveis, devemos abraçá-la como parte integrante da experiência humana. É através dela que podemos aprender, crescer e nos tornar a melhor versão de nós mesmos. Afinal, são nos momentos de maior desconforto que somos desafiados a explorar nossa verdadeira força interior e a encontrar soluções para obstáculos aparentemente intransponíveis.
Fato é que a incerteza é inerente à existência humana. Navegar pelo mar da incerteza requer não apenas coragem para enfrentar o desconhecido, mas também sabedoria para aceitar o fluxo constante da vida. É nessa intersecção entre o caos e a serenidade que descobrimos o verdadeiro propósito da jornada humana, onde cada desafio nos capacita e cada incerteza nos guia em direção a novas perspectivas e descobertas significativas.
Não entendeu? Então, imagine se vivêssemos em um mundo onde cada detalhe de nossa jornada fosse previsível, onde cada passo fosse cuidadosamente planejado e calculado. Nesse cenário, estaríamos condenados à monotonia e à estagnação, privados da emoção da descoberta e da vitalidade que vem da imprevisibilidade. Seria como assistir a um filme cujo enredo já conhecemos de cor e salteado, privando-nos da adrenalina de cada reviravolta surpreendente.
E se nos relacionássemos apenas com pessoas cujas ações e palavras fossem previsíveis como um script? Seríamos capazes de experimentar o verdadeiro vínculo emocional, a profundidade de conexão que vem da autenticidade e da espontaneidade? São nos momentos de incerteza, onde não conhecemos o desfecho, que verdadeiramente nos conectamos com os outros e conosco, pois é aí que está nosso contínuo aprendizado.
Assim como na leitura de um livro, é a imprevisibilidade que nos mantém envolvidos, nos fazendo virar cada página com antecipação e excitação. Da mesma forma, nas relações humanas, são as nuances inesperadas e os momentos de imprevisibilidade que nos surpreendem e nos enriquecem, tornando cada interação única e memorável.
Porquê A Incerteza Nos Dá Tanto Medo?
Filosoficamente, a incerteza foi contemplada por diversos pensadores ao longo da história. Søren Kierkegaard, um filósofo existencialista, afirmou que a incerteza é uma condição fundamental da existência humana. Ele argumentou que a angústia e a incerteza são inevitáveis, mas também são oportunidades para exercitar a liberdade e a autenticidade. Da mesma forma que Epicteto ensinavam que devemos focar no que podemos controlar e aceitar o que não podemos, encontrando paz na aceitação da incerteza.
Já os estudos neurocientíficos revelam que nosso cérebro é suscetível à incerteza devido à forma como processa informações e toma decisões. As palavras que usamos para descrever a incerteza têm um impacto significativo em nossa resposta emocional. Durante séculos, a incerteza foi retratada como uma desvantagem à nossa prosperidade, perpetuando a ideia de que era algo negativo a ser evitado. No entanto, pesquisas recentes indicam que a incerteza é uma parte inerente da condição humana e pode, na verdade, ser benéfica para o nosso desenvolvimento e crescimento pessoal. Tentativas de eliminar ou evitar a incerteza são muitas vezes fúteis, pois é impossível saber ou controlar tudo. Aceitar e aprender a lidar com a incerteza é essencial para superar a frustração, desespero e bloqueio que ela pode causar.
Do ponto de vista neurocientífico, a incerteza ativa circuitos de recompensa no cérebro, especificamente no sistema dopaminérgico. A dopamina, um neurotransmissor associado à sensação de prazer e motivação, é liberada não apenas em resposta a recompensas certas, mas também em contextos de incerteza, incentivando a exploração e o aprendizado. Isso sugere que a incerteza pode ser intrinsecamente motivadora, promovendo a busca por novas informações e experiências.
De acordo com um estudo realizado pela Universidade de Maastricht, na Holanda, quase todo mundo prefere receber uma descarga elétrica imediata a enfrentar a incerteza de aguardar uma possível descarga no futuro. Isso sugere que a incerteza pode ser percebida como aversiva ou desconfortável, muitas vezes causando mais desconforto do que até mesmo eventos negativos imediatos. A percepção da incerteza não é apenas uma questão de emoção, mas também de neurociência.
A neurociência revela que a forma como nosso cérebro processa a incerteza está profundamente enraizada em sua estrutura e funcionamento. Quando confrontados com situações incertas, regiões específicas do cérebro, como o córtex pré-frontal dorsolateral e o córtex cingulado anterior, são ativadas. Essas áreas estão envolvidas no processamento de informações complexas, tomada de decisões e regulação emocional.
Ao lidar com a incerteza, nosso cérebro tende a buscar padrões e criar previsões para reduzir a sensação de desconforto. No entanto, quando as informações disponíveis são insuficientes para fazer previsões precisas, nosso cérebro tenta relacionar experiências passadas com resultados futuros. O problema surge quando, ao longo da vida, temos poucas experiências para lidar com novidades. Em outras palavras, quanto mais oportunidades de enfrentar desafios tivermos, mais ampla será nossa capacidade de lidar com incertezas, assim, quanto mais lidamos com a incerteza, mais estaremos dispostos a enfrentá-la.
É importante distinguir entre desafiar a incerteza e se aventurar. Desafiar a incerteza envolve uma abordagem consciente e estratégica para enfrentar o desconhecido. É sobre tomar decisões informadas, avaliando riscos e consequências, e estar preparado para adaptar-se às circunstâncias à medida que elas se desenrolam. Por outro lado, aventurar-se é agir sem consideração adequada dos riscos, sem preparação e sem uma compreensão clara das possíveis consequências.
Nesse sentido, é preciso ter claro que o cérebro é naturalmente predisposto a explorar o mundo. No entanto, se nos condicionarmos a evitar os desafios da vida e simplificarmos nossas escolhas, acabamos atrofiando nossa capacidade cerebral de lidar com a incerteza. Quando não enfrentamos este paradigma natural da vida, tendemos a encarar a incerteza como um mal, um problema, algo que nos faz sentir incapazes. Isso não ocorre por acaso: a ansiedade e o estresse resultantes são motivados pelo medo, devido à liberação de neurotransmissores como a noradrenalina e o cortisol, que estão associados à resposta de paralisia, luta ou fuga.
Por outro lado, a exposição desafiadora à incerteza pode fortalecer conexões neurais e promover a plasticidade cerebral. Isso ocorre porque o cérebro é forçado a se adaptar e encontrar soluções criativas diante de situações desafiadoras e imprevisíveis. Essa capacidade de adaptação é fundamental para o desenvolvimento pessoal e a resiliência.
Compreender os mecanismos neurobiológicos por trás da resposta à incerteza pode nos ajudar a cultivar uma atitude mais equilibrada em relação a ela. Em vez de temê-la, podemos aprender a reconhecê-la como uma oportunidade para o crescimento e a aprendizagem contínua. Em outras palavras, sob a perspectiva neurobiológica, a incerteza é benéfica porque desafia o cérebro a se adaptar e encontrar soluções criativas. Isso fortalece as conexões neurais, promove a plasticidade cerebral e estimula o desenvolvimento pessoal e a resiliência. Em vez de ser vista como uma ameaça, a incerteza pode ser encarada como uma oportunidade para o crescimento e a aprendizagem contínua.
A Incerteza É A Base Da Evolução Humana
Não! Não é nenhuma novidade! Desde os primórdios da humanidade, o mundo sempre foi um lugar complexo e imprevisível. Embora tenhamos avançado em diversas áreas e conquistado feitos notáveis, ainda somos confrontados diariamente com o desconhecido e o incontrolável. Em tempos de crises extremas, como a que enfrentamos atualmente, o caos externo muitas vezes se reflete em um tumulto interno, gerando ansiedade, estresse e desespero. A incerteza desempenhou um papel crucial na evolução humana, moldando nossas habilidades cognitivas, comportamentais e sociais. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a incerteza está relacionada à evolução humana:
Adaptação e Flexibilidade
- Seleção Natural: A incerteza ambiental e de recursos forçou nossos ancestrais a se adaptarem para sobreviver. Aqueles que conseguiam lidar melhor com incertezas, como mudanças climáticas e disponibilidade de alimentos, tinham mais chances de sobreviver e passar seus genes adiante.
- Desenvolvimento Cognitivo: A necessidade de lidar com incertezas levou ao desenvolvimento de habilidades cognitivas complexas. O cérebro humano evoluiu para processar informações, resolver problemas e tomar decisões em contextos imprevisíveis, dando origem à nossa capacidade de raciocínio abstrato e pensamento crítico.
Criatividade e Inovação
- Inovação Tecnológica: A incerteza sobre como resolver problemas específicos levou à inovação e invenção de novas ferramentas e técnicas. A criatividade e a capacidade de pensar de maneiras novas e diferentes foram vantajosas para a sobrevivência e prosperidade.
- Aprendizagem e Exploração: Enfrentar incertezas incentivou a exploração e o aprendizado. A curiosidade e a disposição para explorar o desconhecido resultaram em descobertas que beneficiaram a espécie humana, desde a descoberta do fogo até a navegação em mares desconhecidos.
Desenvolvimento Social e Cooperação
- Estruturas Sociais: Em ambientes incertos, a cooperação e a formação de estruturas sociais complexas foram essenciais. A habilidade de trabalhar em grupo e formar comunidades coesas aumentou as chances de sobrevivência em situações imprevisíveis.
- Empatia e Altruísmo: A incerteza sobre o bem-estar futuro incentivou comportamentos altruístas e empáticos. Ajudar os outros em tempos de incerteza reforçou laços sociais e criou redes de apoio mútuo.
Resiliência e Saúde Mental
- Resiliência Psicológica: Enfrentar incertezas ao longo da evolução ajudou a desenvolver resiliência psicológica. A capacidade de manter a calma e a compostura diante de desafios inesperados é uma característica que aumentou as chances de sobrevivência e sucesso reprodutivo.
- Regulação Emocional: A necessidade de lidar com emoções desencadeadas pela incerteza levou ao desenvolvimento de mecanismos de regulação emocional. A capacidade de gerenciar o estresse e a ansiedade tornou-se uma vantagem evolutiva.
Evolução Cultural
- Transmissão de Conhecimento: A incerteza sobre o futuro e o ambiente levou à transmissão de conhecimento entre gerações. As culturas desenvolveram mitos, histórias e tradições que ajudaram a preparar os indivíduos para lidar com incertezas.
- Rituais e Religiões: Muitos rituais e práticas religiosas evoluíram como respostas à incerteza. Eles fornecem conforto, coesão social e explicações para eventos imprevisíveis, ajudando a reduzir a ansiedade coletiva.
A incerteza, longe de ser apenas um desafio, foi um motor essencial na evolução humana. Ela impulsionou o desenvolvimento de nossas capacidades cognitivas, sociais e emocionais, moldando quem somos hoje. A habilidade de lidar com a incerteza não só aumentou nossas chances de sobrevivência, mas também nos permitiu prosperar e inovar em um mundo em constante mudança. Portanto, a incerteza deve ser vista como uma força propulsora que continua a nos empurrar para o crescimento e a adaptação contínuos.
COMO LIDAR COM A INCERTEZAS DA VIDA?
É curioso como somos capazes de prever o movimento de um cometa para os próximos quinze mil anos, mas não podemos saber o que acontecerá amanhã com nosso companheiro ou companheira, negócio e carreira profissional. Mas, falando de cometas, sabe o que as estrelas pensam? Que os fugazes somos nós. No breve espaço de tempo que passamos por aqui, você realmente prefere seguir por caminhos mortos por medo do que pode ou não acontecer? Tenho confiança de que, ao considerarmos a incerteza como algo positivo, podemos encontrar luz nestes tempos estranhos. O mais importante é reconhecer que cada um de nós é essa luz. Embora não possamos prever o futuro, temos o poder de ressignificar nossas experiências sempre que elas se tornarem passado.
Com base em anos de estudo e experiência prática, desenvolvi um modelo único para abordar a incerteza em todas as áreas da vida, denominado ‘Caminho da Incerteza Consciente’. Este caminho, composto por uma série de etapas estratégicas, oferece uma abordagem holística para enfrentar desafios e tomar decisões em meio à incerteza.
Ele começa com o principal incentivo: Mantenha a Calma. O mundo sempre foi muito complexo, nunca pudemos entendê-lo e controlá-lo totalmente, mas desde o início dos tempos fluímos com esse caos até obter cotas inimagináveis de prosperidade. O problema, em crises extremas como a atual, chega quando o caos exterior nos gera esse outro caos interior que é o que realmente nos destrói. Como fazer para não gerarmos estresse de maneira reativa?
Por exemplo, os exercícios utilizados por pacientes terminais para lidar com a incerteza oferecem insights valiosos sobre como enfrentar circunstâncias adversas com resiliência e esperança. No tratamento paliativo, onde a incerteza sobre o futuro é uma constante, pacientes e cuidadores desenvolvem técnicas para viver no presente e encontrar significado nas pequenas vitórias do dia a dia. Práticas como a gratidão pelas pequenas conquistas diárias e a terapia narrativa, que envolve reformular a história pessoal para transitar do drama e pessimismo para a esperança e resiliência, são fundamentais. Estas técnicas mostram como é possível transformar a incerteza e o medo em uma fonte de força e crescimento.
A essência do Caminho da Incerteza Consciente reside na compreensão de que a incerteza não é apenas uma barreira a ser superada, mas sim uma fonte inestimável de oportunidades e crescimento pessoal. Ao adotar uma postura ativa e consciente em relação à incerteza, podemos transformar a insegurança, o caos e a mudança em impulsionadores para o sucesso.
Cada etapa do Caminho da Incerteza Consciente é cuidadosamente projetada para fortalecer nossa capacidade de lidar com a imprevisibilidade da vida e nos capacitar a tomar decisões informadas e confiantes, independentemente das circunstâncias. Em vez de temer a incerteza, devemos abraçá-la como uma aliada em nossa jornada, reconhecendo seu poder de catalisar nossa evolução pessoal e nos guiar em direção a novos horizontes de realização e autodescoberta
Um desses exercícios simples, mas profundamente transformador, é cultivar a gratidão pelas pequenas conquistas do dia a dia. Em vez de nos deixarmos consumir pela frustração e pela preocupação com o que ainda falta resolver, podemos direcionar nossa atenção para as bênçãos e os momentos de alegria que encontramos em nosso caminho. A prática da gratidão não apenas nos ajuda a manter uma perspectiva positiva, mas também fortalece nossa capacidade de lidar com a incerteza, proporcionando conforto e tranquilidade mesmo em tempos difíceis.
Outra estratégia poderosa é a “terapia narrativa”, que nos convida a reavaliar a história que contamos a nós mesmos sobre nossas vidas. Ao reconhecermos o poder da narrativa e sua influência sobre nossa percepção da realidade, podemos transformar o drama e o pessimismo em esperança e resiliência. Ao reformularmos nossa história pessoal, somos capazes de encontrar significado e propósito mesmo nas situações mais desafiadoras, encontrando força para seguir em frente com coragem e determinação.
Além dessas práticas individuais, é fundamental reconhecer que somos parte de algo maior do que nós mesmos. Assim como os cometas e as estrelas, estamos todos conectados em uma teia complexa de interações e influências. Em vez de nos sentirmos perdidos ou insignificantes diante da vastidão do universo, podemos nos lembrar de que cada um de nós é uma fonte de luz e esperança. Ao reconhecermos nossa própria capacidade de criar o futuro, nos tornamos agentes ativos de mudança, capazes de moldar nosso destino de acordo com nossos valores e aspirações.
Estratégias Práticas para Navegar na Incerteza
Para lidar eficazmente com a incerteza, podemos adotar outras estratégias práticas inspiradas por diferentes áreas do conhecimento:
- Mindfulness e Meditação: Essas práticas ajudam a cultivar a consciência do momento presente e a reduzir a ansiedade associada à incerteza. Estudos mostram que a meditação pode aumentar a resiliência ao estresse e melhorar a capacidade de regular emoções.
- Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): A TCC pode ajudar a reestruturar pensamentos negativos e catastróficos sobre a incerteza, promovendo uma perspectiva mais equilibrada e adaptativa.
- Exercícios de Gratidão: Focar nas pequenas conquistas e no que já temos pode aumentar o bem-estar e reduzir a sensação de falta de controle.
- Planejamento Flexível: Manter planos flexíveis permite ajustar-se às mudanças e incertezas de maneira mais eficaz, evitando a rigidez que pode levar à frustração.
- Conexões Sociais: Fortalecer as relações com amigos e familiares fornece um sistema de apoio que pode oferecer conforto e orientação durante tempos de incerteza.
- Exploração e Curiosidade: Adotar uma atitude de curiosidade pode transformar a incerteza em uma oportunidade para aprender e crescer, em vez de uma ameaça a ser temida.
- Aceitação e Compromisso: Inspirado na Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT), aceitar a incerteza como parte da vida e comprometer-se com ações alinhadas aos nossos valores pode aumentar nossa resiliência e bem-estar.
Por fim,
a incerteza não é apenas uma companheira constante na jornada humana; é uma força dinâmica que molda nossa resiliência e nos oferece oportunidades únicas de crescimento e conexão. Compreender e aceitar sua presença nos permite transformar o caos em uma fonte de criatividade, inovação e desenvolvimento pessoal. Navegar pela incerteza com coragem e sabedoria nos capacita não apenas a sobreviver, mas a prosperar em um mundo repleto de possibilidades desconhecidas.
Em vez de temer o desconhecido, devemos abraçá-lo como uma oportunidade para crescimento e aprendizado. Adotar uma postura de curiosidade e abertura diante da incerteza nos capacita a transformar o medo em coragem, a dúvida em confiança e a insegurança em empoderamento. Ao invés de nos prendermos ao que não podemos controlar, concentremo-nos no que está ao nosso alcance e nas ações que podemos tomar para criar um futuro mais brilhante e significativo.
Em suma, ao navegarmos pelas águas da incerteza, recordemos que somos capazes de encontrar calma e clareza mesmo nos momentos mais turbulentos. Com práticas simples e eficazes, começando pela aceitação e depois usando técnicas simples como como a gratidão e a terapia narrativa, podemos enfrentar os desafios da vida com coragem e determinação, transformando a incerteza em uma oportunidade para crescimento e autoconhecimento. Que cada onda de incerteza seja vista como uma oportunidade para aprender mais sobre nós mesmos e o mundo ao nosso redor, impulsionando-nos em direção a uma jornada de descoberta contínua e realização pessoal.
“O único homem que nunca comete erros é aquele que nunca faz nada.” – Theodore Roosevelt
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OBRIGADO POR LER E ASSISTIR MARCELLO DE SOUZA EM MAIS UMA PUBLICAÇÃO EXCLUSIVA SOBRE O COMPORTAMENTO HUMANO
Olá, Sou Marcello de Souza! Comecei minha carreira em 1997 como líder e gestor de uma grande empresa no mercado de TI e Telecom. Desde então atuou frente a grandes projetos de estruturação, implantação e otimização das redes de telecomunicações no Brasil. Inquieto e apaixonado pela psicologia comportamental e social. Em 2008 resolvi me aprofundar no universo da mente humana.
Desde então, tornei-me profissional apaixonado por desvendar os segredos do comportamento humano e catalisar mudanças positivas em indivíduos e organizações. Doutor em Psicologia Social, com mais de 25 anos de experiência em Desenvolvimento Cognitivo Comportamental & Humano Organizacional. Com uma ampla carreira, destaco minha atuação como:
• Master Coach Sênior & Trainer: Oriento meus clientes em busca de metas e desenvolvimento pessoal e profissional, proporcionando resultados extraordinários.
• Chief Happiness Officer (CHO): Promovo uma cultura organizacional de felicidade e bem-estar, impulsionando a produtividade e o engajamento dos colaboradores.
• Expert em Linguagem & Desenvolvimento Comportamental: Potencializo habilidades de comunicação e autoconhecimento, capacitando indivíduos a enfrentar desafios com resiliência.
• Terapeuta Cognitivo Comportamental: Utilizo terapia cognitivo comportamental de ponta para auxiliar na superação de obstáculos e no alcance de uma mente equilibrada.
• Palestrante, Professor, Escritor e Pesquisador: Compartilho conhecimento e insights valiosos em eventos, treinamentos e publicações para inspirar mudanças positivas.
• Consultor & Mentor: Minha experiência em liderança e gestão de projetos permite identificar oportunidades de crescimento e propor estratégias personalizadas.
Minha sólida formação acadêmica inclui quatro pós-graduações e doutorado em Psicologia Social, bem como certificações internacionais em Gerenciamento, Liderança e Desenvolvimento Cognitivo Comportamental. Minhas contribuições na área são amplamente reconhecidas em centenas de aulas, treinamentos, palestras e artigos publicados.
Coautor do livro “O Segredo do Coaching” e autor do “O Mapa Não É o Território, o Território É Você” e “A Sociedade da Dieta” (1º de uma trilogia sobre o comportamento humano na contemporaneidade – 09/2023).
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