
“The greatest blessing that we have
Is the dawn of each new day
A chance to finish what we started
And made a mess of yesterday
As day comes out of night
A chance to get it right
A chance to start again
A chance to get it right”
— Marillion, Happiness Is The Road
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Quantas vezes nos pegamos presos em nossos próprios labirintos mentais? Revisitando erros, lembranças dolorosas, arrependimentos, como se fossem correntes que nos impedem de avançar. A mente humana é mestre em reviver o passado e projetar o futuro com suas incertezas e temores, deixando pouco espaço para o agora, para o que realmente importa: o presente.
É neste exato momento — na aurora de cada novo dia — que reside a maior dádiva: a possibilidade de recomeçar. E é essa possibilidade que Marillion traduz poeticamente em Happiness Is The Road. A felicidade não é um destino longínquo, uma meta a ser alcançada após um percurso árduo, mas o próprio caminho que escolhemos trilhar, um passo de cada vez.
O peso invisível do passado
É comum que carreguemos em nosso peito uma bagagem invisível, feita de culpas, mágoas e arrependimentos. As linhas da preocupação se aprofundam em nossos rostos e corações, criando uma crise silenciosa que corrói nossa capacidade de viver plenamente. O passado, com seus erros e perdas, parece lançar sombras densas sobre o presente.
Mas essa carga é uma construção mental — um hábito arraigado de torturar-se com o que já passou e se preocupar excessivamente com o que está por vir. A mente encontra formas sutis e cruéis de ser inimiga de si mesma, produzindo uma narrativa interna que alimenta o sofrimento.
E, no entanto, como nos lembra a canção, “Você é escravo da sua mente, mas você não é sua mente. Você não é sua dor.” Reconhecer essa separação é um passo transformador, a chave que abre a porta para a liberdade interior.
A essência da felicidade: o agora
Em um mundo que cultiva a pressa e o imediatismo, a felicidade é muitas vezes confundida com conquistas futuras — o sucesso, a estabilidade, a resolução definitiva de problemas. Essa ilusão cria uma ansiedade constante, que nos impede de desfrutar o momento presente.
Mas o presente é o único tempo que realmente existe. É aqui e agora que a vida pulsa, que a experiência acontece. A felicidade, então, é a escolha consciente de estar plenamente presente, aceitando as imperfeições, os medos, as dores, e também as alegrias e as possibilidades.
Essa consciência exige coragem e vulnerabilidade. Exige que deixemos de lado as expectativas irreais e o julgamento severo sobre nós mesmos. É um convite para abraçar a vida como ela é — complexa, imperfeita, porém bela e cheia de significado.
O milagre da renovação diária
Cada novo amanhecer simboliza um renascimento. Assim como cada bebê representa um nascer do sol humano, nós também temos dentro de nós a capacidade de renascer a cada dia, a cada momento.
Essa capacidade não é mera abstração filosófica, mas um fenômeno real e comprovado pela neurociência — a neuroplasticidade. Nosso cérebro é capaz de se reorganizar, aprender, adaptar-se e transformar-se ao longo da vida, mesmo após as maiores adversidades.
Portanto, a estrada da felicidade é feita de pequenos passos conscientes, de escolhas diárias de recomeçar, de perdoar, de se permitir ser humano e imperfeito.
Entre a mente e a alma: o encontro do ser
Quando nos deixamos dominar pela mente ansiosa, desconectamo-nos do nosso ser mais profundo. É preciso um esforço intencional para redescobrir nossa essência, aquela parte que sente, que se conecta com o mundo e com os outros com autenticidade e presença.
Essa reconexão acontece no silêncio interior, na escuta profunda, na aceitação compassiva de si mesmo. É o encontro entre o racional e o emocional, o corpo e a alma, que possibilita uma vida mais integrada e feliz.
Na estrada da felicidade, o ser humano caminha não só com os pés, mas com o coração aberto, pronto para acolher o que vier, com resiliência e esperança.
Um chamado para viver o caminho
A felicidade não está na linha de chegada de um percurso idealizado. Ela é o próprio caminho, a estrada que percorremos com todas as suas curvas, subidas e descidas.
Quando compreendemos isso, paramos de nos martirizar pelas falhas do passado e deixamos de temer o futuro. Passamos a valorizar cada passo, cada respiração, cada instante.
Este é o convite mais precioso que a vida nos oferece: a oportunidade constante de recomeçar, de ser melhor, de viver com mais plenitude.
Convido você a refletir:
• Quais são os pesos que você carrega do passado? Está pronto para deixá-los ir?
• Como você tem vivido o presente? Está aberto para perceber a felicidade que já habita no caminho que trilha?
• De que forma pode cultivar a presença, a compaixão e a coragem para recomeçar hoje, agora?
Que este texto seja um estímulo para que você abrace a jornada da vida com amor e consciência, reconhecendo que a verdadeira felicidade está em cada passo do caminho. por isto deixo cinco pontos a se fazer:
Será que?
“Muitos relacionamentos morrem tentando prever o que não pode ser visto.”
Será que?
“O controle mata o que o amor deveria proteger.”
Será que?
“Não carregue a prisão do ontem nem a ameaça do amanhã. Caminhe.”
Será que?
“A felicidade não está no fim da estrada. A felicidade é a estrada.”
Será que?
“Quem tenta ver tudo no outro, perde a beleza do que ainda está por nascer.”
Para fechar, o texto original que inspirou esta reflexão profunda, pois merece ser lido e sentido em sua totalidade:
The greatest blessing that we have
Is the dawn of each new day
A chance to finish what we started
And made a mess of yesterday
As day comes out of night
A chance to get it right
A chance to start again
A chance to get it right
The people here
Full of love and comfortable in themselves
Not scared to let go
No fear round here
I met this man
In Utrecht Netherlands
He was a doctor of the body and the soul
He said to me
“Man, there’s a book you have to read
I feel your pain. It makes me cry
But these tears are yours, not mine”
You’re focussing on all of your bad yesterdays
The worry lines are getting deeper every day
And deep inside you
No surprise there’s a crisis!
You might have been to blame
But you can’t go on this way
Must I watch and pray?
While you torture yourself with what’s behind ya
Torture yourself with what awaits ya
Draggin’ that guilt and regret inside ya
Anxious of the goals that always evade ya
Your mind will find a way to be unkind to you somehow
But all we really have is happening to us right now
Happiness is the road
Happiness is the road
Happiness is the road
Happiness is the road
And each baby
A human sunrise
Each baby, a human sunrise
Look around you
Feel your soul inside you
Look inside you
Feel the life course through you
The life that’s giving in every thing that’s living
The plants and the trees
The birds and the bees
And apes like you and me
Happiness is the road
Happiness is the road
Happiness is the road
Happiness is the road
You’re a slave to your mind
But you are not your mind
You are not your pain
Say it again
You are not your pain
Say it again
You are not your pain
Happiness aint at the end of the road
Happiness aint at the end of the road
Happiness is the road
The road
Happiness is the road — Marillion, Happiness Is The Road
Para quem lê estas palavras — seja você que luta contra fantasmas antigos,
Ou aquele que simplesmente busca sentido no silêncio do cotidiano —
Saiba que a felicidade não é um destino longínquo.
Ela é a estrada que percorremos com coragem e presença.
Permita-se olhar para sua vida com novos olhos,
Abraçar o imperfeito, o inacabado, o incerto.
Sinta o sol nascendo dentro de você a cada novo amanhecer,
E encontre, finalmente, a paz na jornada que é só sua.
“Happiness is the road” — a felicidade é o caminho.
E esse caminho começa exatamente agora.
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