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VOCÊ ESTÁ NO JOGO (QUERENDO OU NÃO): COMO A TEORIA DOS JOGOS PODE TRANSFORMAR SUA CARREIRA PROFUNDAMENTE

Imagine sua carreira como um tabuleiro vivo, onde cada movimento — ou a ausência dele — carrega consequências. Não se trata apenas de quem avança mais rápido, mas de quem compreende as regras não ditas do jogo. A verdade desconfortável? Você já está jogando, mesmo que não tenha percebido. E pode estar perdendo — silenciosamente.

Em ambientes organizacionais, o comportamento humano é moldado por incentivos, padrões de interação e estruturas implícitas — tudo isso forma o “campo do jogo”. Compreender esse tabuleiro é um exercício de autopercepção estratégica, inteligência emocional e agilidade comportamental. Aqui entra a potência da Teoria dos Jogos aplicada à vida real.

A Teoria dos Jogos não é sobre jogos de tabuleiro ou cassinos. Trata-se de uma ciência que estuda como tomamos decisões em ambientes onde outros também estão decidindo. Criada nos anos 40 por John von Neumann e Oskar Morgenstern, e posteriormente expandida por John Nash (sim, o mesmo do filme Uma Mente Brilhante), essa teoria ganhou reconhecimento mundial por mostrar como estratégias moldam comportamentos em mercados, política, relações e, claro, carreiras.

Você não precisa estar numa negociação de milhões para estar jogando. Muitas das interações mais críticas acontecem em silêncios, decisões cotidianas e jogos psicológicos sutis. Veja como eles se manifestam:

1. Jogos de Soma Zero

O que um ganha, o outro perde. Clássico nas organizações onde promoções são escassas e a competição interna é feroz. Se você não estiver atento, pode ser peão em um jogo desenhado para beneficiar poucos.

2. Jogos de Soma Positiva

Todos ganham, mas apenas se colaborarem. Aqui entram os projetos interdisciplinares, as parcerias e as redes de apoio. Quem joga bem neste cenário sabe compartilhar mérito, estimular cooperação e cultivar alianças que elevam o todo.

3. Jogos de Soma Negativa

Todos perdem. E pior: continuam jogando. Ambientes tóxicos, culturas de medo, sabotagem passiva, competição sem sentido. Quem permanece nesses contextos está apenas adiando uma frustração inevitável.

Um dos conceitos mais fascinantes da Teoria dos Jogos é o Equilíbrio de Nash — quando nenhum jogador tem incentivo para mudar sua estratégia unilateralmente. Em termos de carreira, isso ocorre quando você aceita permanecer em uma função, cultura ou cargo por acreditar que “qualquer movimento pioraria sua posição”. O problema? Às vezes, a zona de conforto é apenas um equilíbrio subótimo.

Você está jogando pequeno?

Jogar pequeno é quando você se adapta às regras visíveis, mas ignora o jogo maior: o de construir relevância, legado, influência ética e impacto. Não basta seguir as jogadas esperadas — é preciso entender quem está definindo as regras, e se elas ainda servem à sua evolução.

Um exemplo real: você entrega projetos com eficiência, cumpre prazos, evita ruídos e resolve problemas com maestria. Ainda assim, o reconhecimento vai para outros nomes. Injustiça? Pode ser. Mas talvez você esteja jogando em um tabuleiro invisível sem conhecer as regras.

Em jogos organizacionais, valor percebido é tão decisivo quanto valor gerado. Ser estratégico, aqui, é alinhar contribuição com visibilidade, sem apelar à autopromoção vazia — mas sim à narrativa de valor com autenticidade.

O jogo que vale a pena jogar

A Teoria dos Jogos nos ensina que o mais importante não é vencer, mas entender qual jogo estamos jogando. E, mais ainda, se esse é mesmo o jogo que queremos jogar.

No fim, tudo se resume a uma pergunta:

Como você pode construir uma carreira onde todos evoluem — inclusive você?

Esse é o verdadeiro jogo. E ele só se vence com maturidade, estratégia e consciência.

O resto… é apenas movimento de peões.

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