
ERRAR É EVOLUIR COM CORAGEM: A NEUROCIÊNCIA DA FALHA E O RENASCIMENTO DO EU AUTÊNTICO
Pare um instante o que está fazendo. Respire fundo. E reflita honestamente sobre esta frase:
“O sucesso não é a ausência de falhas, mas a capacidade de aprender com elas e melhorar continuamente.” — James Clear
Quantas vezes você já se viu paralisado diante de uma falha?
Quantas vezes deixou de perceber que todo processo verdadeiramente evolutivo exige rupturas internas e colapsos momentâneos de percepção?
Vivemos tempos em que a falácia do sucesso contínuo ainda impera como um ideal inquestionável. No entanto, o que raramente se discute — e que poucos se dispõem a vivenciar de forma consciente — é que todo desenvolvimento humano genuíno exige desestabilização.
Sem o desconforto provocado pelo erro, não há cognição expandida.
Sem o abalo das certezas, não há neuroplasticidade real.
E, sobretudo, sem encarar o fracasso como parte constitutiva da identidade em formação, não há maturidade emocional e nem liderança consciente.
Por isso, hoje, quero te provocar:
E se o fracasso — esse espectro temido que assombra mentes brilhantes — fosse, na verdade, o alicerce oculto do sucesso sustentável?
A frase de James Clear não é apenas motivacional; ela carrega uma convocação profunda para ressignificarmos nossa relação com os revezes da vida. Não se trata de evitar o erro, mas de compreendê-lo como catalisador do crescimento, reorganizador interno e revelador de potencialidades adormecidas.
Em um mundo obcecado pela performance infalível, essa perspectiva nos desafia a abandonar o pensamento linear e abraçar a complexidade sistêmica do desenvolvimento humano.
E a ciência, mais do que confirmar — nos inspira:
Estudos de neuroimagem revelam que, ao errarmos, uma região cerebral chamada córtex cingulado anterior é ativada instantaneamente, sinalizando uma quebra de expectativa. Esse “alarme cognitivo” inicia um processo de ajuste interno fundamental para o aprendizado e adaptação. Em outras palavras:
Errar reorganiza seu cérebro. Literalmente.
Agora pense em situações cotidianas:
• Um profissional que apresenta uma proposta mal recebida e, ao invés de recuar, revisita seus argumentos, escuta com mais presença e ajusta sua comunicação — está refinando sua plasticidade cognitiva.
• Uma líder que toma uma decisão estratégica equivocada e tem a humildade de assumir o erro diante de sua equipe — está não apenas humanizando a liderança, mas fortalecendo a segurança psicológica, fator-chave de performance em equipes, como evidenciado pelo projeto Aristotle, do Google.
• Um jovem que falha em uma prova importante e, ao invés de se autossabotar, investiga seus padrões mentais, cultiva autorregulação emocional e estrutura novos hábitos de estudo — está aplicando, na prática, os fundamentos da Teoria da Aprendizagem Autorregulada, de Barry Zimmerman.
Esses exemplos não são heroicos. São humanos.
Mas quando acolhidos com presença e consciência, transformam-se em plataformas invisíveis de evolução profunda.
Como nos ensinou Vygotsky, o erro é uma zona de desenvolvimento proximal — um território entre o que já sabemos e o que ainda não fomos capazes de realizar. Ele nos convida a sair do lugar seguro da performance previsível e nos lança ao desconhecido da autotransformação contínua.
O neurocientista Eric Kandel demonstrou que, diante de desafios e ajustes comportamentais, as conexões sinápticas se fortalecem. Cada falha, portanto, é um impulso à plasticidade neural e ao refinamento da consciência adaptativa.
Imagine um executivo enfrentando resistência em uma reestruturação organizacional. Em vez de sucumbir à autocrítica, ele escuta, analisa os pontos de fricção, refina sua abordagem e emerge mais estratégico.
O erro, nesse cenário, não é o fim — é o início de um novo ciclo de liderança evolutiva.
E que isso fique claro:
Não se trata de romantizar o erro. Trata-se de compreendê-lo sob a lente da complexidade, da ciência e da filosofia.
De reconhecê-lo como um portal para novos repertórios internos, desde que atravessado com coragem, escuta e intenção genuína de crescer.
Este artigo é um convite.
Vamos juntos desmistificar o erro, resgatar sua inteligência oculta e descobrir como ele pode se tornar o nosso mais potente aliado no caminho da excelência pessoal, relacional e organizacional.
O ERRO COMO RUPTURA EPISTEMOLÓGICA
Nas organizações, o erro ainda é tratado com estigmas quase punitivos. E, por isso mesmo, são raros os ambientes que genuinamente favorecem a inovação. Como esperar que pessoas pensem fora da caixa se toda tentativa de ousadia é recebida com punição ou descrédito? O erro precisa deixar de ser marcador de incompetência para se tornar evidência de uma tentativa genuína de expansão.
Nietzsche nos ensinava que é no abismo que o ser se encontra consigo mesmo. E não há abismo mais necessário — e fecundo — do que aquele entre quem você é agora e quem está por se tornar. Nesse intervalo de reinvenção, o erro funciona como catalisador. É sinal de movimento. Sintoma de uma busca legítima por sentido, identidade e autorrealização.
Ao encontrar um significado para o sofrimento, ele deixa de ser paralisante e passa a ser formativo. Quando compreendido sob essa ótica, o erro deixa de ser falência e passa a ser fundamento.
Lembro-me de um CEO que instituiu a prática de reuniões de “lições aprendidas” ao final de cada projeto — independentemente do grau de sucesso. Essa simples mudança de lógica transformou falhas em fontes de aprendizado, fortaleceu a cultura de inovação e elevou, substancialmente, a maturidade coletiva da equipe.
A CONSTRUÇÃO DO EU AUTÊNTICO PASSA PELO COLAPSO DO EU IDEALIZADO
A maioria das pessoas — mesmo as mais cultas ou experientes — ainda tenta evitar o erro não por falta de inteligência, mas por medo de desintegrar a imagem idealizada de si mesmas. No plano psicológico, errar nos confronta com a possibilidade de não sermos aquilo que gostaríamos — ou que os outros esperam — que sejamos. E isso abala profundamente a sustentação do chamado self ideal.
Erving Goffman, em A Representação do Eu na Vida Cotidiana, mostra que construímos personagens sociais que interpretam papéis, buscando aceitação e pertencimento. Criamos “máscaras de desempenho” que nem sempre refletem quem realmente somos. Mas quando falhamos, essas máscaras racham. O verniz do controle se desfaz, e o que emerge é o eu cru, vulnerável — mas real. E isso, longe de ser fraqueza, pode ser o início da autenticidade.
Donald Winnicott, por sua vez, já alertava sobre o risco de mantermos por muito tempo o falso self — um eu moldado para atender expectativas externas, que se sobrepõe ao self verdadeiro. Ele dizia:
“É somente sendo verdadeiro que se pode viver. O falso self leva à sensação de irrealidade ou vazio.”
A falha, nesse contexto, atua como catalisador da verdade subjetiva. É na quebra do personagem idealizado que começamos a acessar camadas mais genuínas do ser. O colapso, portanto, não é fim — é renascimento.
Aqui entra a beleza do paradoxo: só conseguimos sustentar um “eu autêntico” quando estamos dispostos a ver ruir aquilo que nunca fomos de verdade.
Ao adentrar o universo sistêmico, compreendemos que o erro não é apenas individual, mas também coletivo. A Psicologia Social, com Solomon Asch e Stanley Milgram, nos mostra como a cultura e o grupo moldam nossa percepção do erro. Pierre Bourdieu, por sua vez, demonstra como o habitus — esse sistema de disposições incorporadas — molda silenciosamente nossas decisões. Em outras palavras, muitas vezes o “erro” é apenas o sintoma visível de um sistema disfuncional.
Em um projeto recente de consultoria, detectamos que a alta rotatividade de uma empresa era erroneamente atribuída à “falta de comprometimento” dos colaboradores. Ao observarmos o sistema, identificamos falhas estruturais: lacunas na comunicação, ausência de feedbacks e metas desalinhadas com a realidade. Após ajustes inspirados em abordagens ágeis, alinhamento sistêmico e feedbacks contínuos, a rotatividade caiu 40% em seis meses. O erro inicial de diagnóstico se converteu em trampolim para a transformação organizacional.
Do ponto de vista da Psicologia Social, esse processo é ainda mais profundo. A teoria da dissonância cognitiva, de Leon Festinger, demonstra que o desconforto gerado por contradições entre comportamento e autoimagem ativa mecanismos de reavaliação interna. Quando bem conduzido, esse movimento favorece um realinhamento identitário mais robusto — mais coerente com nossos valores centrais. Em outras palavras: errar nos torna mais íntegros, não menos.
Mas atenção: esse caminho não é automático. Exige que a falha não seja negada ou projetada, mas elaborada. Que a vergonha seja substituída pela curiosidade. Que a rigidez ceda lugar à autocompaixão e à autorresponsabilidade. Só assim o colapso do eu idealizado deixa de ser trauma e se torna transição. Um rito psíquico necessário para emergirmos mais autênticos, mais humanos, mais inteiros.
Afinal, como disse Carl Jung:
“Eu prefiro ser inteiro a ser bom.”
POR QUE EVITAMOS O ERRO MESMO SABENDO QUE ELE É PARTE ESSENCIAL DO CRESCIMENTO?
“Há quem veja na queda o fim da caminhada. Mas há também os que nela descobrem asas escondidas nas costas da alma.” – Marcello de Souza
Saber racionalmente que o erro é necessário não nos torna emocionalmente preparados para ele. Essa dissonância entre saber e sentir tem raízes profundas — neurobiológicas, psicológicas e culturais. Evitamos o erro não porque ele nos ameaça de fato, mas porque ativa circuitos cerebrais ligados à dor social, à vergonha e ao medo de exclusão.
A neurociência da ameaça
Quando erramos, especialmente diante de outros, o cérebro interpreta isso como uma ameaça ao status social. A amígdala cerebral, centro primitivo de detecção de perigo, entra em ação. Junto a ela, o córtex pré-frontal dorsolateral tenta responder de forma racional, mas frequentemente é sabotado pela reação instintiva de fuga ou congelamento.
Estudos como os de Matthew Lieberman, da UCLA, demonstraram que o cérebro processa a exclusão social nos mesmos circuitos da dor física. Isso explica por que o medo de errar em público pode ser visceral. E, nos ambientes corporativos, esse medo se intensifica: ao errar, não arriscamos apenas a reputação — mas o pertencimento, a estabilidade, o futuro.
Como nos ensina Brené Brown, especialista em vergonha e vulnerabilidade, o erro frequentemente desencadeia narrativas internas de insuficiência: “Eu sou um fracasso”, em vez de “cometi um erro”. Essa confusão entre fato e identidade é uma das principais razões pelas quais nos bloqueamos diante da falha.
Segundo Brown:
“Vergonha é o sentimento intensamente doloroso de que somos defeituosos e, portanto, indignos de amor e pertencimento.”
A vergonha paralisa. Ao contrário da culpa, que pode gerar responsabilidade ativa, a vergonha cria silêncio, isolamento e autopunição. Organizações que não diferenciam erro de incompetência alimentam esse ciclo, sufocando a criatividade e a inovação.
Vieses cognitivos e o “ponto cego” da autoconsciência
Além disso, somos vítimas de nossos próprios vieses cognitivos. O viés da confirmação nos faz buscar evidências de que estamos certos, evitando confrontar contradições. O viés do “erro fundamental de atribuição” nos leva a julgar nossos erros como resultado de fatores externos, mas os dos outros como falhas de caráter.
Essa arquitetura mental nos protege da dor, mas nos impede de crescer. Errar conscientemente exige a suspensão temporária do ego e uma coragem brutal: a de ver-se com honestidade.
O ERRO COMO TABU ORGANIZACIONAL
Culturalmente, o erro ainda é um tabu. Empresas promovem discursos de “cultura do aprendizado”, mas punem silenciosamente a experimentação que não dá certo. Como resultado, surgem ambientes onde todos fingem excelência, mas poucos ousam inovar de verdade.
É nesse contexto que se destaca o conceito de segurança psicológica, cunhado por Amy Edmondson, da Harvard Business School. Ela demonstra que equipes com maior liberdade para errar abertamente e aprender em conjunto apresentam melhores resultados, maior engajamento e inovação contínua. O Google confirmou isso em seu projeto Aristóteles, ao identificar a segurança psicológica como o fator número 1 para alta performance em times.
Errar, portanto, não é apenas um processo individual — é um fenômeno sistêmico. Somos moldados por culturas, sistemas de crenças e estruturas que ora sufocam, ora potencializam nosso desenvolvimento. E quando o erro é tratado com honestidade, escuta ativa e amparo social, ele se transforma no que deveria sempre ter sido: um ensaio para o acerto.
Platão via o erro como caminho para o autoconhecimento. Espinosa, por sua vez, nos convidava a refletir sobre a potência de agir que se esconde atrás de cada desvio. Quando compreendemos o erro não como falha moral, mas como alquimia — um processo que transmuta ignorância em sabedoria —, abrimos espaço para uma nova estética do aprender.
Imagine um líder que, ao cometer um erro estratégico, decide expor sua vulnerabilidade com autenticidade diante da equipe. É possível encontrar sentido no fracasso e transformar a adversidade em atmosfera de confiança. Isso não é fragilidade — é maturidade evolutiva. Como dizia Sêneca:
“O homem verdadeiramente sábio é aquele que se alegra com os erros, pois sabe que cada um deles o levou a compreender melhor a si mesmo.”
O erro é mais do que uma falha — é portal. Uma travessia entre o eu condicionado e o eu autêntico. A abordagem sistêmica revela que não erramos sozinhos. Cada falha carrega uma cartografia invisível de relações, contextos e aprendizados coletivos. O fracasso é convite à reconstrução — não só interna, mas também intersubjetiva.
E nesse processo, nasce a verdadeira transcendência.
Mas errar, por si só, não ensina nada. O que transforma o erro em mestre é a forma como o interpretamos, metabolizamos e integramos emocionalmente essa experiência. A diferença entre uma falha estéril e uma falha transformadora está em duas habilidades-chave: metacognição e autorregulação emocional.
1. Metacognição: da falha ao refinamento da consciência
John Flavell, que cunhou o termo metacognição, mostrou que indivíduos capazes de observar e analisar seus próprios pensamentos aprendem de forma mais profunda. Eles não apenas identificam o que deu errado, mas também reconhecem os padrões mentais que os levaram ao erro: premissas não questionadas, vieses inconscientes, atalhos cognitivos.
Essa competência — pensar sobre o próprio pensar — é a base do modelo de aprendizagem autorregulada de Barry Zimmerman. O erro se torna, nesse contexto, um mecanismo de realinhamento interno: reformula estratégias, refina objetivos e amplifica a consciência sobre si e sobre o mundo.
2. Autorregulação emocional: o músculo invisível da evolução
Transformar falhas em sabedoria exige musculatura emocional. E isso começa por suportar a dor do erro sem colapsar em autocrítica destrutiva. A autorregulação emocional envolve nomear, acolher e transformar emoções intensas — e está ancorada neurobiologicamente no córtex pré-frontal ventromedial, responsável por inibir impulsos e reorganizar ações diante de frustrações.
Pesquisas de Richard Davidson, da Universidade de Wisconsin, mostram que pessoas que cultivam consciência emocional e compaixão autêntica têm maior resiliência diante do fracasso. Práticas como o mindfulness fortalecem o eixo córtex pré-frontal–amígdala, promovendo estabilidade emocional e clareza de decisão — mesmo em contextos adversos.
3. Crescimento pós-falha: a dor como arquitetura de sentido
Errar dói. Mas a dor não precisa ser vazia. A Teoria do Crescimento Pós-Traumático, desenvolvida por Richard Tedeschi e Lawrence Calhoun, revela que experiências desafiadoras podem gerar expansão do senso de identidade, renovação de propósito e fortalecimento de vínculos humanos.
Mas essa evolução não é automática. Ela depende da capacidade de narrar o erro de forma coerente, conectando dor a significado. Quando integramos nossas quedas à biografia de quem estamos nos tornando, o erro deixa de ser cicatriz — e se torna arquitetura de sentido.
4. Micropráticas para transformar o erro em sabedoria
Nas organizações e na vida, não basta apenas ter uma nova mentalidade — é preciso criar práticas concretas que sustentem a aprendizagem experiencial. Algumas estratégias com base científica:
• Journaling reflexivo: Escrever regularmente sobre decisões, emoções e aprendizados ativa o neocórtex e favorece a metacognição (Pennebaker, 1997).
• Feedback de precisão: Solicitar e oferecer devolutivas baseadas em fatos — e não em julgamentos — transforma o erro em dado, não em drama.
• Círculos de confiança: Espaços seguros onde vulnerabilidades são compartilhadas coletivamente estimulam inovação emocional e pertencimento.
• Psicoeducação emocional: Ensinar líderes e equipes sobre emoções, vieses e neurociência aplicada ao erro aumenta a maturidade e a competência adaptativa em momentos críticos.
DO EGO DA PERFEIÇÃO AO EU DA INTEIREZA
O verdadeiro salto de consciência ocorre quando deixamos de ver o erro como ameaça à identidade e passamos a reconhecê-lo como rito de passagem para a vida complexa. Como ensinava Jung:
“A sabedoria começa quando reconhecemos a sombra em nós mesmos.”
E a sombra do erro não precisa ser exorcizada. Precisa ser escutada.
Pois é ao escutá-la que transcendemos o ego da perfeição e renascemos no solo fértil da humildade consciente.
Ali, onde falhamos com lucidez, crescemos com integridade.
E recomeçamos, não como quem volta ao início,
mas como quem já sabe — pela experiência —
qual é o próximo nível de si mesmo.
ERRAR NÃO É CONCLUIR — É RENASCER CONSCIENTE
Errar é inevitável. Mas amadurecer com cada erro é uma escolha — uma escolha que exige coragem, presença e a renúncia da ilusão de controle. No âmago de toda falha mora uma possibilidade de expansão: reorganizar a percepção de si mesmo e do mundo com mais humildade, mais sabedoria e mais integridade.
Quando deixamos de interpretar o erro como uma negação de valor e passamos a enxergá-lo como matéria-prima do autoconhecimento e do desenvolvimento neurocomportamental, algo extraordinário acontece: acessamos o nosso Eu mais autêntico. Aquele que não se define pelas conquistas visíveis, mas pela coerência entre o que sente, aprende, transforma — e compartilha.
A neurociência já não nos deixa dúvidas: somos sistemas adaptativos em constante reconstrução. A plasticidade cerebral, o crescimento pós-traumático, a metacognição e a autorregulação emocional não são apenas conceitos — são tecnologias internas que podem ser cultivadas. Mas, para isso, precisamos substituir o medo do erro pela prática da reflexão; o julgamento pela curiosidade; e a punição pela responsabilidade ampliada.
Na prática cotidiana, nas organizações que formamos, nas relações que cultivamos e nas escolhas que renovamos a cada dia, há sempre uma pergunta silenciosa pedindo resposta:
“Você está disposto a crescer, mesmo que isso signifique se despir da imagem idealizada de si e se reconstruir a partir do seu ponto mais vulnerável?”
Se a resposta for sim, então o erro deixa de ser fim — e se torna rito. O fracasso deixa de ser derrota — e se transforma em ponte. E a dor deixa de ser interrupção — e se revela como convite à reintegração do ser com sua própria potência evolutiva.
Que este texto seja mais do que leitura: que seja um espelho e um chamado. Um lembrete de que crescer exige coragem — mas errar com consciência é, talvez, a expressão mais profunda dessa coragem.
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