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Diz-me quem amas e eu …

Hoje, durante um atendimento, uma reflexão profunda me veio à mente — algo próximo que Gaston Bachelard expressou:

“Diz-me quem amas e eu te direi quem és — mas diga-me como amas, e eu te direi em que feridas ainda acreditas.”

Não é apenas sobre quem amamos, mas fundamentalmente sobre como amamos. O modo como nos relacionamos com o outro reflete o mapa invisível das nossas feridas internas, das crenças inconscientes que carregamos desde a infância — camadas que moldam nossa percepção do amor, da segurança e da vulnerabilidade.

Nesse sentido, o amor torna-se um terreno fértil onde antigas dores se manifestam disfarçadas de reações, conflitos e padrões repetitivos.

Jiddu Krishnamurti nos lembra que “observar sem julgar é a mais alta forma de inteligência”. Ao praticar essa observação atenta e livre de julgamento sobre nossa forma de amar, podemos começar a identificar essas feridas e seus efeitos nas dinâmicas afetivas.

É um exercício de presença, de consciência profunda — que desafia a mente a transcender o automatismo das emoções e comportamentos reativos. Não por acaso, muitos relacionamentos terminam sem terminar — porque permanecem feridas não nomeadas, monstros não enfrentados, que se manifestam em ciclos repetitivos.

É preciso coragem para ir além da superfície e nomear essas sombras juntos.

Viktor Frankl diz que o amor maduro não é a ausência de conflito, mas a coragem de nomear seus monstros juntos, nos convidando a enxergar no sofrimento uma oportunidade para dar sentido e encontrar a liberdade interior.

Assim, o amor se torna uma escultura viva — construída no diálogo entre limites firmes e vulnerabilidades expostas, onde o respeito pelo outro é também um ato de cuidado consigo mesmo.

Que esta reflexão te provoque hoje a olhar para seus relacionamentos com um novo olhar — mais consciente, mais compassivo, mais corajoso.

Como você ama? E quais feridas ainda ecoam em seu modo de amar?

Imagine que seu relacionamento é uma escultura viva. Que gesto você poderia esculpir hoje para representar:

• Um limite saudável?
• Uma vulnerabilidade oferecida?

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